Capítulo 1

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  Olá meus leitores! Quem acompanhou Máfia do Sangue #Rabia. Sabe que eu disse que retornaria com outra fanfic e aqui estamos.Espero que gostem. Deixem os comentários e votos, são muito importante.
Vamos começar? Boa leitura ❤️

       
         POV Bianca Andrade

Eu não joguei a torta longe.

E, sinceramente, eu acho que é nisso que todos deveriam se concentrar: a
moderação suprema, o autocontrole budista, a porra da natureza soberana com a qual olhei para a premiada torta Delícia de Cereja e mudei de ideia. (Só para constar, só me contive por causa da camisa que ele usava. Por mais furiosa que estivesse, não conseguiria profanar uma camisa social tão branquinha e engomada
da Brooks Brothers como aquela. Eu não sou um monstro.)

Não que atirar uma bandeja cheia de bolinhos  um de cada vez, com uma
péssima pontaria, claro, em seu ex-namorado seja um comportamento digno de elogios. Entendo
perfeitamente. E quem me conhece vai dizer que eu estava completamente fora de mim.

Eu, Bianca Andrade me orgulho da minha capacidade de controlar minhas emoções. De continuar graciosa mesmo sob pressão. De manter a calma e seguir adiante. Raramente desço do salto e certamente não faria isso em uma sala cheia de aliados da campanha de meu pai para o Senado.

Sinceramente, eu nunca arremessei comida na minha vida. Na verdade,
nunca joguei nada, e provavelmente por isso tive certa dificuldade em acertar obalvo, pedi mil desculpas à Sra. Biltmore pelas roupas manchadas. E mais desculpas pelo vaso Belleek, e certamente não sou de arremessar coisas em casa.

Porque fui criada com boas maneiras. Com bons modos, à moda antiga dos
ricos. Acreditando na compostura, na gentileza e, acima de tudo, na discrição. Haja o que houver, nós não fazemos cena.

De acordo com minha mãe, Marcela
(conhecida por todos como Mar), nada mostra mais quem tem mau gosto, ou
pior, quem é emergente, do que fazer cena. Ela me disse que eu fiz uma cena da qual as pessoas falarão por muitos anos. Isso provavelmente é verdade. Eu posso explicar.

Foi uma mensagem que ninguém quer receber de um ex-namorado à uma
da manhã, em uma noite de terça-feira. Nem em nenhuma outra noite, para falar a verdade.

Diogo: Preciso te ver. Estou aqui fora.

Eu: Está muito tarde. Podemos conversar amanhã?

Diogo: Não, tem que ser hoje. Por favor. Eu preciso de você.

Franzindo o cenho para meu telefone na escuridão, fiquei me perguntando
sobre o que poderia ser. Havíamos terminado há bem mais de um ano e apesar de termos mantido um relacionamento cordial, ainda que tenso, desde então, não éramos próximos, nem sequer tínhamos conversado cara a cara desde a noite em que terminamos. Enquanto eu tentava pensar em como lidar educadamente com aquele pedido, ele mandou outra mensagem.

Diogo: Por favor, boca rosa. É importante.

Eu amoleci ligeiramente com o apelido, não porque gostasse dele tanto assim, mas porque ele me fazia lembrar dias melhores. Nós nos conhecíamos há muito tempo, nossas famílias eram próximas, e em um momento cheguei a pensar
que passaríamos o resto de nossas vidas juntos. Poderia ser gentil com ele.

Eu: OK. Me dê um minuto. Porta da frente.

Usei esse minuto para fazer um rabo de cavalo, vestir um sutiã sob a blusa
que usava para dormir e uma calça de pijama de seda rosa. Uma chuva pesada de verão batia no telhado da mansão, então desci as escadas apressada para abrir a porta da frente  mas claro, Diogo estava totalmente seco.

Depois Que Caímos #Rabia G!PWhere stories live. Discover now