Mais um capítulo, para compensar o que não teve ontem. ❤️
POV Rafaella Kalimann
— Diga-me sobre estas. — As mãos de Bianca passaram sobre a tatuagem
na lateral do meu corpo, e senti um arrepio na espinha. Provavelmente porque estávamos há uma hora na banheira, as bolhas haviam desvanecido e a água já não
estava nem mesmo quente. Mas eu relutava em sair. Não está chovendo hoje. Não tenho motivo para ficar.— Elas são andorinhas — eu disse.
— Posso vê-las?
Eu me virei e sentei para ficar de costas para ela.
— Você tem duas delas. — Ela as traçou com os dedos.
— Dois turnos de serviço.
— Ah! Elas te trouxeram boa sorte?
Fechei os olhos. Ouvi tiros disparados. Corpos decapitados no assento
dianteiro. Cheiro de sangue.
Engolindo em seco, contraí o corpo e forcei a lembrança feia para fora da
minha cabeça. Aqui e agora. Aqui e agora. Aqui e agora.— Só as fiz quando voltei.
— Então elas são mais um símbolo de uma viagem concluída do que um
amuleto de boa sorte?— Algo parecido.
— Você se sente bem com isso? Por ter entrado para o exército?
— Eu me fiz muito essa pergunta. E acho que a resposta é sim. Quero
dizer, se tivesse que fazer novamente, sei que faria de novo.— Sabe, você é a primeira mulher da minha idade que eu já conheci nas
forças armadas.Eu olhei para ela. — Sério?
— Sim. Acho que alguém na minha turma de graduação foi para a
Academia Naval, mas eu nunca conheci pessoalmente um soldado, a menos que você conte veteranos da Segunda Guerra Mundial ou algo assim.— Uau. — Sua vida tinha sido tão diferente da minha. Muito diferente.
Ela beijou meu ombro. — Nunca conheci ninguém tão corajosa como você.
Eu bufei, mas gostei do elogio.
— Obrigado.— Ou alguém que trabalha tão duro ou sabe tanto sobre coisas que eu não
sei.— Ou alguém cujas mãos ficam tão sujas quanto as minhas, todos os dias.
Aposto que a maioria das pessoas que você conhece usa ternos para trabalhar. Roupas chiques. Salto alto. Hidratam o cabelo com regularidade. Barcos próprios, tacos de golfe e ações. Difícil não me comparar com essas pessoas.— Ei. — Ela me cutucou nas costas.
— Eu gosto que você suje as mãos
todos os dias.Não acreditei muito nela.— Mesmo?
— Sim. Faz você diferente das outras pessoas que conheço. Mesma coisa
com suas tatuagens. — Suspirando, ela passou os braços pelo meu pescoço e
recostou-se contra a banheira, levando-me com ela. — Eu não tenho tatuagens.Minhas costas descansaram contra seu peito, minha cabeça em seu pescoço. A tensão havia sido drenada de meus músculos. Queria nunca ter que deixar esta banheira.
— Não achei que você teria.
— Por que não?
— Você só não me pareceu ser o tipo de garota que teria tatuagens.
— Eu não tenho — ela disse depois de um momento. — Você está certa. A
verdade é: acho que elas podem ser bonitas, mas parecem muito exóticas e proibidas para mim. Algo para pessoas que são mais corajosas do que eu.
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Depois Que Caímos #Rabia G!P
FanfictionRafaella Kalimann não é o meu tipo! Cowgirls sensuais e polêmicas são boas nos filmes, mas na vida real, prefiro um vestido estiloso e saltos. Boas maneiras. Maquiagem bem feita. Rafaella Kalimann pode ser linda, mas ela também é desalinhada, mal hu...