Capítulo 13

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Ola meus leitores, boa leitura ❤️

               POV Bianca Andrade

Eu pensei que seria estranho fingir que nada tinha acontecido. Pensei que poderia ser difícil conversar com ela. Eu pensei que seria seguro falar sobre a esposa dela pensei que ouvir sobre ela me ajudaria a lembrar que ela estava fora do meu alcance.

Mas foi divertido. E fácil.
E delicioso e drasticamente perigoso.

Quando entrei no restaurante, me senti um pouco desconfortável sem saber exatamente como fingiria que não tínhamos feito o que fizemos. Mas então ele me convidou para sentar, fez uma piada e sorriu.

E riu, Deus, a risada dela me
deixava tão feliz. Eu queria tocá-la, pegar tudo dela para mim, sentir tudo. Ela parecia tão bem. Não conseguia parar de olhar para ela. Adorava seus
cabelos ondulados partido ao meio.
Adorava seus lábios carnudos e tinha dificuldade para desviar o olhar cada vez que ela levava a garrafa de cerveja aos lábios. Adora olhas seus olhos claros, e como ela os fechava quando contava algo.

Adorei ver que as mangas da sua camisa azul mostravam aqueles antebraços bronzeados, sua tatuagem. Ela estava aberta rebelando a regata branca, mostrando um pouco sua barriga. Ela até estava usando um relógio de pulso, grande e redondo, azul marinho e com uma faixa de
couro marrom e costura branca.
Também usava a aliança de casamento.

E quando falou de Gizelly, tomei
isso como um convite para perguntar sobre ela, embora eu tenha ficado surpresa em perceber como ele se abriu. Eu tive a sensação de que ela estava surpresa, também, pelo tanto que estava revelando sobre si mesma, mas isso me deixou feliz porque vi que ela se sentia confortável e segura comigo.

Mas em vez de diminuir minha atração por ela, aconteceu o contrário, depois de ouvir sobre o romance delas, me vi ainda mais intrigada. Ali estava aquela ex-soldada alta e cheia de si, falando sobre seu primeiro amor, da gratidão que sentia por ela, de como ela o havia a salvado. E quando ela disse que não pôde salvá-la, meu coração ficou apertado e os sentimentos por ela começaram a aumentar.

Talvez se ela não tivesse perguntado sobre meu cavalo. Talvez se ela não
tivesse se interessado em saber sobre minha família. Talvez se ela não tivesse me dito que se alistou depois do 11 de setembro ou falado tão carinhosamente sobre seu sobrinho ou sorrido tão alegremente ao saber de meu apelido. Talvez então, eu
ficasse segura. Mas, em vez disso, passei a desejá-la novamente  tanto  e lamentando as circunstâncias que tornaram tudo aquilo uma péssima ideia.

Tentei não flertar. Tentei não tocá-la. Eu tentei fingir que nada tinha
acontecido, mas quando ela pagou a conta  e insistiu em pagar  estávamos
ambos meios bêbados e incapazes de lembrar das regras.

— Ei, desorientada — ela brincou, virando-me ao ver que eu estava indo pelo caminho errado, procurando a saída. — Nenhum de nós deve voltar dirigindo para casa, então eu vou te levar para a sua casa. De lá, vou andando para a minha.

— Você não tem que me levar de volta!

Ela ergueu a mão. — Por favor. Se eu não te ajudar, você provavelmente terminará em outra cidade.

Eu ri. — E a sua caminhonete?

— Ela vai ficar bem. Ah, merda. — Um trovão ressoou enquanto nós
andávamos na calçada no escuro. O ar quente e úmido tinha um cheiro
ligeiramente metálico, mas não estava chovendo ainda. — É melhor nos
apressarmos.

Tive que correr para acompanhá-la e estava sem fôlego por termos
percorrido um quarteirão inteiro.

— Vá devagar — falei, rindo. — Você é sempre tão rápida em tudo.

Depois Que Caímos #Rabia G!PWhere stories live. Discover now