Capítulo 15

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  Olá meus leitores.
Boa leitura ❤️

           POV Bianca Andrade

Já que estava claro e não muito quente, decidi caminhar até a fazenda. Tinha parado de chover, mas o céu estava nublado e o clima abafado. No meu trajeto até a rua íngreme, do chalé em direção à estrada, liguei para Ann e fiquei
surpresa quando ela atendeu, já que ainda era cedo.

— Ah, oi, Ann. Eu estava indo te deixar uma mensagem e dizer que decidi não ir para casa mais cedo.

— Ah, que bom! — Ela disse. — Fico muito feliz. Você sobreviveu ao
pequeno apagão de ontem à noite?

— Claro. Acendi uma vela e tive uma noite perfeitamente agradável. —
Quer ouvir sobre os meus quatro orgasmos?

— Que bom saber disso. Aproveite o resto da sua estadia e me avise se
precisar de alguma coisa.

— Vou aproveitar. Obrigada.

Atravessei a rua em frente à casa de Valentini e vi Manoella sair pela porta
da frente, segurando um copo de café.

— Bom dia! — Ela chamou da varanda, acenando.

— Bom dia! — Eu acenei de volta e me dirigi para o caminho de cascalho
em direção a ela.

— Eu vi você atravessando a estrada. O que a traz aqui tão cedo? — Ela
sorriu para mim por cima da caneca.

Porra, o que devo dizer? Meu rosto ardeu antes que eu pudesse formular
uma resposta.

— Uh, eu pensei em oferecer ajuda a Rafaella de novo. — Gesticulei por cima do meu ombro na direção do lago. — Não é um bom dia para ir à praia.

— Não. — Ela parecia estar se divertindo. — Rafaella sabe que você vinha?

— Não. — Enfiei as mãos nos bolsos da calça. — Sinceramente, ela diria
para eu não me incomodar. Não tenho certeza se fui muito útil aquele dia.

Ela riu.— Qualquer ajuda é ajuda. Mas por que você não entra para uma xícara de café primeiro? Ela não sabe que você viria, então não sentirá sua falta, certo?

— Certo — sorri, apesar de estar meio ansiosa para vê-la. — OK, obrigada. O café parece bom. — Segui com ela para dentro da casa e no fim do
corredor que levava até a cozinha, Henrique estava sentado no chão brincando com recipientes de plástico e tampas.

Eu acariciei seus cachos. — Olá, gracinha.

— Creme e açúcar? — perguntou Manoella, entregando uma caneca para mim.

— Sim, por favor.

Sentei-me no balcão e ela colocou uma xícara fumegante de café preto, um
jarro de creme e açúcar na minha frente.

— Aí está. Prontinho.

Adicionei os acompanhamentos ao meu café até deixá-lo como queria, e
tomei um gole.

— Perfeito. Obrigada.

Segurando o copo com as duas mãos, ela se inclinou sobre os cotovelos à
minha frente e sorriu como o gato que ainda não comeu o canário, mas sabe onde ele mora. Ela suspeita de algo.
Novamente meu rosto se aqueceu e eu tentei esconder o rubor atrás da
xícara de café.

— Eu não sou boa em guardar segredos — disse ela.

— Oi?

— Não, não quando estou tão curiosa.
— Ela pousou a xícara e endireitou-
se. — Ontem à noite, quando vim para casa do trabalho, notei que o carro de Rafaella não estava lá. Então, hoje cedo eu a vi dirigindo para casa. E estou tentando imaginar onde ela poderia ter passado a noite. — O brilho em seus olhos me disse que ela tinha um bom palpite.

Depois Que Caímos #Rabia G!PWhere stories live. Discover now