Capítulo 6

1.6K 157 25
                                    


       

          POV Rafaella Kalimann

Permaneci longe da casa por toda a tarde, por mais que tenha ficado louca pensando que eles estavam falando sobre a minha fazenda, fazendo planos que a afetariam. Planos que me afetariam. Claro, eu tecnicamente possuía apenas um terço dela, mas nenhum de meus irmãos tinha investido o coração e a alma aqui
como eu.

Igor só pensava em seu restaurante e Lee ficaria feliz em dividir a terra
em lotes e vendê-la.

Então vá lá e enfrente tudo sozinha. Bata o pé. Diga não..

Mas eu não podia fazer isso. Eram dois contra uma e eu não ia ganhar.
E agora eles tinham aquela porra de Barbie ao lado deles. Como podiam
pensar que aquela mulher sabia alguma coisa sobre agricultura? Ela parecia não saber a diferença entre um galo e uma galinha.

Talvez eu perguntasse para ela.
O pensamento realmente me fez dar um sorriso quando eu deixei o celeiro depois de verificar um dos cavalos mais velhos que parecia estar sofrendo com o calor, mais do que os outros.

Você já viu um galo, Barbie?
Eu ri quando imaginei a expressão em seu rosto. Suas bochechas ficando
rosadas. Os olhos se arregalando.
Ela tinha olhos bonitos, eu tenho que admitir. Castanhos, enormes e brilhantes. Um lindo sorriso também.
Mas ela não fazia meu tipo. Eu gosto de naturalidade. Pés no chão.

Gizelly vivia de jeans e botas, o nariz ao sol e acredito que ela sequer possuía um secador de cabelos. Ela sempre deixava os cabelos
encaracolados secando naturalmente.

A Barbie estava usando roupa de trabalho, provavelmente com saltos altos. Sua pele dava a impressão de que ela nunca saía de casa e seus
lábios estavam artificialmente rosados. Seu cabelo era bonito, embora fosse todo liso, preto e brilhante. Como seria agarrar aquelas mechas entre os dedos? Com as
mãos?

Quando meu pau respondeu à pergunta se contraindo dentro da minha calça, eu me forcei a parar de pensar nela e passar para a próxima tarefa. Ela não era nada para mim.

Por volta de cinco da tarde, Igor saiu para ir à pequena estufa que eu tinha
construído com nosso pai e me encontrou preparando algumas mudas de couve para plantio. Eu precisava alterar algumas mudas no fim de semana.

— Ei. Quer ajuda?

— Estou quase acabando aqui. Mas essa ajuda seria bem-vinda para
reparar a cerca ao longo da divisa oeste da propriedade, se você tiver tempo.

— Tenho, sim.

Pegamos o jipe e dirigimos em silêncio, eu estava morrendo de vontade de saber o que havia sido discutido na reunião, mas era muito teimoso para perguntar, Igor provavelmente estava tentando encontrar uma maneira de abordar o assunto sem que eu cortasse a cabeça dele. Eu cedi primeiro.

— Como foram as coisas com a Barbie do marketing?

Igor suspirou. — Ela é muito legal, Rafa. E também é esperta. Acho que ela vai nos ajudar muito.

— Por quanto? Você viu o que ela dirige? Um Mercedes clássico em
perfeito estado. Você tem ideia de quanto custa?

— Não.

— Nem eu. Mas aposto que é muita grana.

— Sabe, você não tem que ser uma idiota em relação a isso. Ninguém está conspirando contra você ou quer tirar alguma coisa que te pertence.

— O que diabos eles levariam, afinal? Como você disse, eu não sou dono
dessa fazenda, não tenho uma casa, nem sequer tenho uma família. — Retruquei, enquanto estacionava próximo à parte da cerca que precisava de reparo.

Depois Que Caímos #Rabia G!PNơi câu chuyện tồn tại. Hãy khám phá bây giờ