Capítulo 4

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Olá meus leitores ❤️
E então o que estão achando da fanfic? Deixem os seus comentários.

          POV Rafaella Kalimann

— Espere um minuto. Para bem aí.
— meus irmãos e eu estávamos
sentados na mesa da cozinha de Igor e Manoella analisando as despesas, quando Igor disse algo sobre um orçamento de marketing.

— Por que nós precisamos de um orçamento de marketing, afinal?

— Bem, para começo de conversa, a consultora de relações públicas virá
amanhã e eu tenho certeza de que ela espera ser paga pelo tempo que vai gastar — disse Lee.

Olhei para ambos. — Que consultora de relações públicas?

— A que contratamos na semana passada para nos ajudar a promover o que estamos fazendo aqui — disse Igor. — E você pode, por favor, falar baixo?

Henrique está quieto, finalmente.
— Não tenho ideia do que você está falando — disse, apesar de tentar falar mais baixo.

Meu sobrinho de um ano, Henrique, tinha dificuldade para dormir nas
noites em que Manoella estava trabalhando.

Eu o adorava, e sussurrei: — Nunca
concordei em contratar nenhuma consultora.

— Está certo, não concordou. — Lee estava estranhamente calmo. — Mas somos dois e você apenas uma. Nós temos esse negócio em sociedade e cada um de nós tem peso igual para dizer como será feito.

— Então você nem me disse que foi em frente com isso? — Eu estava
gritando de novo, mas não conseguia evitar. Eu odiava quando eles jogavam a bomba em cima de mim.

— Ei, foi você quem saiu correndo depois que não conseguiu que as coisas fossem feitas do seu jeito
— disse Igor. — Nós nos sentamos aqui e discutimos por um tempo.
E decidimos que valeria a pena a despesa adicional para contratar
alguém que nos ajudasse a promover.

— Não podemos pagar — disse, cruzando os braços.

— Também não podemos nos dar ao luxo de não fazer nada — disse Lee.
— Papai era um bom fazendeiro com ideias à frente de seu tempo, mas era um péssimo empresário, por isso herdamos uma dívida enorme quando assumimos. Então tivemos que comprar a parte da mamãe quando ela se mudou para a Flórida.

— Não sou uma idiota — disse. — Eu sei de tudo isso.

— Nós também temos família e nossas contas a pagar.

Eles tinham famílias. Eu não, e o lembrete não ajudou.

— Ei, não é problema meu se você tem uma ex-mulher que te processou
por causa da pensão alimentícia. Talvez você devesse ter pensado nisso antes de transar com ela.

— Ei — Igor tentou nos advertir.
— Não seja uma idiota. Estamos fazendo coisas boas aqui, Rafa, mas a agricultura orgânica não é barata. E que bem farão nossos princípios e trabalho intenso se não pudermos manter as contas pagas?

— E a concorrência está mais forte agora — disse Lee. — O mercado está ficando saturado. Precisamos fazer o que pudermos para nos destacar.
Eu me recostei na cadeira, com uma carranca. Não precisava de lembretes
sobre a concorrência ou saturação do mercado, ou sobre dívida ou hipotecas  nem qualquer outra coisa na lista de razões pelas quais os agricultores são os profissionais que mais se suicidam.

Igor pôs a mão no peito. — Ouça. Sou cozinheiro, não empresário, Rafa. Você é uma ex-sargenta do Exército com a agricultura em seu sangue e um compromisso de fazê-la
responsavelmente, mas se queremos manter este lugar vamos ter de começar a pensar nisso como um negócio também. — Sua voz se tornou mais baixa. — Eu sei que sempre foi um sonho seu e de Gizelly. Mas agora é mais do que um sonho, Rafaella. É realidade. Para todos nós. E se você quer mantê-lo, temos que investir
nele.

Depois Que Caímos #Rabia G!PWhere stories live. Discover now