Capítulo 5

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             POV Bianca Andrade

Eu bati na porta de madeira com tela da pitoresca casa branca de fazenda
de Igor e Manoella às 13h para nosso almoço de negócios. Enquanto esperava na varanda, olhei em volta. A casa estava a cerca de cem metros da estrada, no lado oeste, mas voltada para leste em direção ao lago e, embora eu estivesse vindo de carro, poderia facilmente ter vindo andando.

A casa parecia velha, porém bastante conservada  a pintura nova no exterior, cestas de flores penduradas na varanda, cadeiras confortáveis em ambos os lados da entrada.

À esquerda da casa havia algumas bétulas, um balanço de bebê e alguns
outros brinquedos espalhados no gramado. Um celeiro vermelho gigante se localizava atrás das árvores e outro branco, mais para trás. À direita da casa, havia uma garagem e do outro lado, árvores menores plantadas em fileiras duplas.

Maçãs, talvez? Além disso, havia uma estrada de terra e, do outro lado, uma velha e enorme construção vitoriana, aparentemente abandonada, com a pintura descascando e jardins descuidados.

Eu estava prestes a bater novamente, quando a mulher que eu tinha
visto na foto abriu a porta com um menino pequeno no colo. Seu cabelo era bem curto, na altura do queixo, e o corpo muito magro.

— Oi, Manoella?

Ela me cumprimentou com um sorriso. — Você deve ser Bianca. Entre. — Entrei na saleta e estendi a mão.

— Bianca Andrade. — Depois de me dar um aperto firme, ela fechou a
porta e ajeitou seu filho nos braços.

— Manoella Kalimann. E este é Henrique. Eu estou prestes a deitá-lo para tirar uma soneca.

— Bons sonhos, Henrique — eu disse, sorrindo para o garotinho bochechudo.

— Vá para a cozinha — disse Manoella gesticulando no corredor. — O Igor
está preparando o almoço para nós. Você comeu?

— Na verdade, não. Nem tomei café da manhã.

— Perfeito. Encontro vocês em cinco minutos. — Ela subiu as escadas que
rangiam, e voltei a olhar na direção da cozinha, onde Igor estava à frente do
balcão, usando um avental e cortando tomates com uma rapidez alarmante.

— Olá — sorri quando ele olhou para a frente. — Sou Bianca. Sua esposa
disse para eu vir aqui.

— Claro. — Ele deixou a faca na bancada, enxugou as mãos em uma
toalha para me cumprimentar. — Igor Kalimann, prazer em conhecê-la. Sente-se.

— Obrigada. — Eu me acomodei em um dos banquinhos à frente do
balcão e olhei ao redor. — Que bela cozinha. Era original da casa?

Igor balançou a cabeça, negando, e voltou a olhar para o prato de legumes.

— Não, meus pais acrescentaram essa parte há vinte anos. E como você
pode ver, não foi mexida desde então.

Eu ri. — Não está ruim. — A decoração era um pouco antiga, mas eu estava
acostumada com casas nas quais nada mudava por um bom tempo.
— Quando a casa foi construída?

— Há cerca de cem anos. Como foi o trajeto até aqui?

— Nada mal. Levei menos de duas horas.

— E você vai ficar por perto?

— Do outro lado da rua, algumas quadras para baixo em direção ao lago. Eu tive sorte. Alguém tinha reservado o chalé durante todo o mês de agosto e acabou cancelando no último minuto.

— Isso é sorte, mesmo. Estamos na alta temporada aqui.

Eu admirei a maneira confiante com que ele se movia pela cozinha.
— Ouvi dizer que tanto você quanto a Manoella eram chefs.

Depois Que Caímos #Rabia G!PTempat cerita menjadi hidup. Temukan sekarang