Capítulo 12

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  Olá meus leitores. Como vocês estão? Espero que bem.
Boa leitura ❤️

             POV Bianca Andrade

Eu estava uma pilha de nervos na manhã seguinte. Tinha tomado muito
café e isso havia me deixado nervosa, com pouquíssimo sono na noite passada e pensando muito em como Rafaella tinha me perturbado. Eu não me sentia bem comigo mesma.

Passei a manhã tentando me concentrar no trabalho de outros clientes, mas eu lutava para me concentrar. A sensibilidade entre as pernas, a dor nos músculos
do abdome, lembranças de minhas pernas enroladas na cintura dela me distraíram o tempo todo.

Pare! Isso nunca aconteceu!

Depois do almoço, dei uma caminhada na praia, esperando que um pouco
de exercício e vitamina D pudessem ajudar. Não funcionou.

Tentei tirar uma soneca, o que foi um desastre, já que o que eu realmente
fiz foi me deitar e imaginar cada centímetro do corpo nu de Rafaella  a parte boa que eu tinha ganhado ao olhar para ela na árvore e repassei na minha cabeça cada segundo da foda-que-nunca-aconteceu.

Irritada, sentei-me e peguei meu telefone. Eu estava com vontade de falar sobre isso para alguém, mas hesitei antes de ligar para Flay por duas razões  primeiro: eu disse que não iria transar com a cliente, e segundo: eu deveria estar fingindo que nada aconteceu. Contar a ela era um passo na direção contrária.

Eu sempre poderia ligar para Mariana, pensei. Eu teria que começar desde o início, já que ela ainda não sabia nada sobre Rafaella, mas...

Meu telefone vibrou em minha mão. Mamãe ligando. Eu me retraí. Minha mãe era a última pessoa com quem queria conversar agora, mas atendi.

— Alô?

— Olá, Bia. É sua mãe.

Não importa quantas vezes eu dissesse que ela não tinha que se anunciar,
ela nunca deixou de fazê-lo.

— Oi, mãe. Como você está?

— Bem. Joguei tênis esta manhã e estou prestes a encontrar a tia Dodie
para almoçarmos.

— Parece ótimo. — Nada nunca muda em seu mundo.

— Então eu tenho que correr — ela respondeu rápido, como se não tivesse feito o telefonema —, mas queria te dizer que pode voltar para casa em breve. Diogo foi apanhado em flagrante com uma garçonete no clube. Com tantos lugares, foi logo no vestiário dos homens! Não consigo entender por que uma mulher
entraria ali.

Fiquei de queixo caído. — Sério?

— Sim, as pessoas só falam nisso. Mimi Jewett está fora de si, mas na
minha opinião, ela mereceu por ter feito fofoca sobre você e o incidente.

— Certo.

— Então eu não sei quais são os seus planos, mas venha ao evento
beneficente da Sociedade Histórica no final do mês. Somos anfitriões e é
importante para a campanha do seu pai.

— Qual é o tema?

— Gatsby.

— De novo?

— As pessoas gostam de tradição, querida.

Suspirei. Era inútil discutir com Mar sobre o tema da tradição. Era a base
de sua vida. Da minha também, em sua maior parte.

— Estarei lá. Tchau, mãe.

Desliguei o telefone e olhei pela janela para o lago. Então, graças a Diogo
que idiota, eu podia dar as caras em casa novamente. E mesmo que eu tivesse pagado para ficar por mais nove dias, sabia que adiar minha estadia mais do que o necessário seria, provavelmente, uma má ideia.

Depois Que Caímos #Rabia G!PWhere stories live. Discover now