Capítulo 24

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Olá meus leitores, ansiosos para esse capítulo né? Então, boa leitura.

               POV Bianca Andrade

Levar uma vida mais divertida, era mais fácil na teoria do que na prática, especialmente depois de uma desilusão amorosa.

Depois que Rafaella me rejeitou pela segunda vez, prometi fazer exatamente o que eu queria que ela fizesse, seguir em frente. Ela tinha sentimentos por mim, mas claramente não estava disposta a deixar de lado seu passado e eu não tinha certeza se ela conseguiria deixar.

Sempre que pensava nisso, sentia vontade de chorar, mas não conseguiria salvá-la de si mesma. Eu só podia fazer a minha parte.

Concentrei-me na minha lista.
Assim, me inscrevi em aulas de culinária. Assisti tutoriais online.
Li meus livros de receitas. Fiz listas de coisas de que eu necessitava na cozinha e enchi meus armários e gavetas com panelas e engenhocas.
Fiz compras com um olhar crítico, escolhendo produtos locais orgânicos sempre que pude. Diminuí as vezes
em que comi fora. Convidei meus amigos para experimentar o meu pesto, piccata e batatas gratinadas.

Algumas vezes, me controlei para não tirar fotos de meus triunfos culinários e enviá-las para Rafaella para que ela pudesse ver meu progresso e ficar orgulhosa de mim. Eu andei a cavalo três vezes e me convenci a comprar meu próprio cavalo.

Havia algo nesse relacionamento de que eu realmente sentia falta. Outra vez, lutei contra o desejo de telefonar para Rafaella e compartilhar minha euforia, não havia nenhuma outra pessoa na minha vida que entendia o vínculo entre um cavalo e humano como ela.

Através de um amigo, envolvi-me com a Fair Food Network, uma organização sem fins lucrativos, dedicada ao fortalecimento das economias locais e aumento do acesso a alimentos saudáveis. Um de seus objetivos era aumentar o
financiamento para Double Up Food Bucks, que ajuda famílias de baixa renda a fazer escolhas alimentares saudáveis e a comprar de agricultores da região.

Usei as conexões de minha família para conseguir fundos e apoio e também me ofereci para criar materiais de marketing e assim, ajudar a espalhar informações sobre o programa; ensinar as pessoas sobre os benefícios econômicos e para saúde do consumo e compra de produtores locais; e para anunciar os dias, locais e horas de feiras locais que aceitam as trocas como moeda. Eu estava sozinha abolindo a pobreza? Não, mas o trabalho era gratificante e eu tinha a sensação de estar contribuindo para o bem maior.

E... fiz minha tatuagem. Foi inspirada principalmente em uma de minhas
histórias favoritas, The Awakening – O despertar –, de Kate Chopin. No começo, eu só estava querendo fazer um pequeno pássaro em algum lugar nas costas, um pequeno símbolo do meu próprio despertar. Mas então, percebi que nunca seria capaz de vê-la. Decidi fazer no meu antebraço e também escolhi palavras em vez
de um símbolo. Ficou maior e mais visível do que pensei, mas não era esse o objetivo? Agora, quando olhava para baixo, via estas palavras cobertas na minha pele clara:

O pássaro que voa acima do plano da tradição e preconceito deve ter
asas fortes.

Linhas feitas com uma letra elegante que me lembravam que eu não devia
deixar que o medo me enjaulasse, medo do que as pessoas pensam ou esperam. Eu era minha própria dona e poderia fazer minhas próprias escolhas. A força era uma coisa bela.

Naturalmente, foi inspirada por Rafaella também e queria muito que ela a visse. Noite após noite, examinei tudo em minha mente, tentando encontrar o lugar onde erramos, mas nunca encontrei. Éramos diferentes, mas era aí que estava a nossa química. Eu ainda sentia aquela dor no peito sempre que pensava nela.

Depois Que Caímos #Rabia G!PWhere stories live. Discover now