Capítulo 5

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"Imagine que não existe paraíso

É fácil se você tentar

Nenhum inferno sob nós

Acima de nós apenas o céu

Imagine todas as pessoas

Vivendo o presente

Imagine que não há países

Não é difícil de fazer

Nada por que matar ou morrer

E nenhuma religião também

Imagine todas as pessoas

Vivendo a vida em paz

Imagine que não existe propriedades

Será que você consegue?

Sem ganância ou fome"





Imagine - John Lennon























Dominik Petrovisk






- Canta uma música, russo? - Ergo a sombracelha intrigado. - Ah, não faz careta. - Dá um leve tapa em meu ombro. - Só queria escutar uma música... - Assume, fitando o seu estrelado. - Tenho uma coisa para te contar. - Aperta os dedos entrelaçados, deixando evidente o anel azul. - Fiz uma amiga! - Revela, temerosa.

Engulo em seco e encaro o vasto oceano a minha frente.

- Nós já conversamos sobre isso. - Afirmo, sério e ela nega com a cabeça.

- Não, por favor. - Súplica. - Não quero ir embora. - Passo a mão na nuca. - Você prometeu! Prometeu que me deixaria viver! - Petrifico. - Viver uma vida longe das regras. Do ódio que semeia nossa existência. - Fecho os olhos. - Nossa família acabou! E você ainda não se deu conta disso. - Uma lágrima abando as íris azuis cristalinas. - Eu só... - Apoia a cabeça nos braços e chora.

Seu pranto é constante e me faz senhor um merda.

A porra de um homem sem um pingo de sentimentos.

Mas, como poderia ser condescendente com essa situação?!

Não posso arriscar a vida dela.

A vida da única pessoa que faz com que a minha vida tenha sentido.

- Angelique. - Ergue a cabeça e limpa a face manchada pelas lágrimas que não cessam. - Não diga isso novamente. - Peço, me sentando ao seu lado. - Você sabe o quão amada foi e é. Você é a única coisa que restou de uma vida que... - Respiro fundo. - Enfim, eu só quero que você seja feliz, Sol da manhã. - Dá um sorriso fraco e pula em meus braços.

- Eu te amo mais que o horizonte. - Sussurra. - Ah, você fica lindo quando rir, russo. Deveria fazer isso mais vezes. - Pisca o olho e corre até às águas mornas. - Quem chegar por último é a mulher do padre! - Avisa e a fito confuso.

- Onde aprendeu essa frase sem sentido? - Se vira e me encara com um semblante risonho.

- Foi a Val. - Revela. - Ela é minha amiga para todo o sempre! - Se joga nas águas e observo o quão feliz está.

Azul Turqueza - Cores da Máfia Livro 2Where stories live. Discover now