Capítulo 10

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"Quando você sentir o meu calor

Olhe nos meus olhos

É onde meus demônios se escondem

É onde meus demônios se escondem

Não se aproxime muito

É escuro aqui dentro

É onde meus demônios se escondem

É onde meus demônios se escondem

Quando as cortinas se fecharem

Vai ser pela última vez

Quando as luzes se apagarem

Todos os pecadores rastejarão

Então eles cavam as suas sepulturas

E os mascarados

Virão apontar

O estrago que você fez

Não quero decepcionar você

Mas estou destinado ao inferno"



Demons - Imagine Dragons






















Dominik Petrovisk












Há manhãs em que acordamos e mal contemplamos o nascer do Sol. Não porque não é belo ou pouco convidativo, mas sim, porque a beleza das pequenas coisas se tornam tão insignificantes quanto parar em um singelo segundo do início de um novo dia para observar o astro rei.

Os raios solares passeiam pela pele que já não se lembrava do calor tão característico e reconfortante. Fecho a janela abandonando a visão do Sol passeando pelas gramas que parecem ser infinitas.

As palavras de Valentina foram tão sinceras que, chega a ser no mínimo ridículo chegar a conclusão que em momento algum parei para visualizar a situação por outro ponto de vista.

Não queria simplesmente vê-la como uma espécie de "vítima" ou alguém cujo julguei precipitadamente. Contudo, o que poderia fazer? O que tinha naquele momento era a porra de um nada. Um muro que cegava de tudo que iria além da minha dor. Apenas sentir foi o que restou. Viver sob o desejo do que poderia ter sido caso Angelique não tivesse morrido é um fardo pesado demais para que retirasse a culpa daquela que sempre pensei ter sido uma "isca". Isso sem falar em como aquela garota se comportou em meio a um bordel.

- Señor? - Pablo adentra a sala. - Don Petrovisk enviou todos os documentos que deixou em seu apartamento em San Pertesbug. - Avisa. - Ele já chegaram. - Me viro e e noto o embrulho farto nas mãos do homem que me encara respeitosamente. - Acredito que tenha mais que papéis. - Especula e nego com a cabeça.

- Obrigada, Pablo. - Coça o queixo e percebo o desconforto em casa gesto. - Há algo que queira me dizer? - Indago e ele solta um longo suspiro.

- Somos hijos de la familia. - Afirma. - Contudo, no sé como o señor interpretará minhas palavras ou até mesmo pense em me tirar do cargo de Consejero. Mas, há muito que não sabe e, em meio a tamanho silêncio da chica Valentina... - Passa a mão na nuca. - Me vejo em una situação complicada. - O fito atento e aponto para a cadeira.

Azul Turqueza - Cores da Máfia Livro 2Where stories live. Discover now