14- Tem que funcionar

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Fiz algumas panquecas com mirtilos e mel. Betty desceu quando eu estava quase acabando, puxando uma cadeira e se sentando na mesa. Ela vestia uma calça moletom cinza, como a minha, e um sutiã branco.

Coloquei nossos pratos na mesa e me sentei na frente dela. Ela fez uma cara discreta de impressionada.

Mirtilos? — Ela perguntou.

Você não gosta? — Perguntei.

São minhas favoritas. — Ela disse indiferente, mas logo soltou um sorrisinho.

Enquanto comíamos, reparei em algo em seu pulso, meio escondido sob suas pulseiras de pano.
Pareciam ser... Cortes?

O que? Espera... Como eu nunca reparei nisso?

Olhei para o outro pulso descoberto, consegui ver com mais nitidez. Com certeza eram cortes.

Não falei nada. Eu não tinha esse direito de me intrometer. Mas aquilo começou a me corroer por dentro. Ela está bem? E se alguma coisa estiver acontecendo com ela.

Betty de alguma forma percebeu meu desconforto e relou sua perna na minha.

    — O que foi? Tá tudo bem? — Ela me perguntou colocando um último pedaço de panqueca na boca, eu apenas assenti com a cabeça. — Jughead... — Ela se levantou e se sentou no meu colo, pondo uma perna em cada lado do meu corpo. — O que aconteceu? — Ela disse segurando meu rosto.

    — Nada... só estou um pouco cansado. — Respondi.

Ela arqueou as sobrancelhas e se ajeitou em meu colo.

    — Eu sei que não é só isso, Juggie.

Juggie? Merda... agora eu tenho certeza de que eu sinto alguma coisa por ela.

    — Por que não me diz o que houve? — Ela depositou leves beijos em minha bochecha.

    — Betty... — Falei pegando sua mão e passando levemente o dedo pelas cicatrizes.

Ela me olhou nos olhos, indiferente.

    — Por que fez isso? — Perguntei.

Ela soltou um suspiro, colocando uma mecha de cabelo atrás de sua orelha.

    — São coisas do passado, Jones. Não se preocupe comigo. — Ela acariciou meu cabelo.

Abri a boca para falar mas ela me puxou para um beijo lento antes que eu dissesse qualquer coisa.

Puxei sua cintura nua para perto. Não era um beijo desesperado, pela minha parte era um beijo com sentimento, de certa forma ela preenchia um vazio em mim que eu nem sabia que eu tinha. Mas para ela era só mais um simples beijo, uma simples transa, um simples abraço...

Ela separou nossas bocas e me deu um sorrisinho, deixando um último selinho em meus lábios.

    — Colocou canela nas suas panquecas? — Ela perguntou e eu assenti com a cabeça. — Sua boca tá com um gostinho bom. — Ela sussurrou.

É, gosto de amor da sua vida... O QUE? PORRA JUGHEAD CALA A BOCA.

    — Então por que parou de me beijar? — Perguntei com um sorrisinho sacana.

Ela grudou nossas bocas novamente, explorando cada canto da minha boca.

Ela passou as mãos pelos meus cabelos, dando uma puxada em meu lábio. Ela pressionou meu membro já ereto, me fazendo soltar um pequeno gemido contra sua boca.

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