28- Eu preciso de você

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    — Betty me explica o que aconteceu. — Falei tentando manter a calma, mas quanto mais ela chorava mais minhas mãos tremiam.

    — Por favor... só fique comigo agora. Eu preciso de você. — Ela falava entre soluços. — Por favor Jughead. — Ela disse chorando ainda mais contra meu peito.

    — Tá bem, tá bem... — Falei baixinho tentando acalma-la. — Eu estou aqui... estou bem aqui. — Acariciava os cabelos dela, sem sabe o que fazer para melhorar aquela situação.

Me sentia incapaz de confortá-la, mas sabia que tudo o que ela precisava agora, era alguém que pudesse fazê-la se sentir segura.

Sentia suas lágrimas desesperadas descendo pelo meu peito nu. Nunca tinha visto Betty chorar daquele jeito.

Olhei para o relógio pendurado na parede, iluminado apenas pela luz da lua que passava por minha janela aberta. Eram duas da manhã.

Betty chorava sem parar, e eu não sabia como ajudá-la. Não sabia o que estava acontecendo.

Percebi algo vermelho escorrendo pelo meu peito. Era... sangue?

Que porra é essa?

    — Betty! — Falei desesperadamente, me pondo sentado.

Puxei seus braços para a minha visão, e foi aí que eu vi, seus pulsos estavam sangrando. Uma tonelada de culpa veio em minha consciência. Minha respiração ficou trêmula.

    — Merda, merda, merda. — Falei me levantando e correndo até a cozinha, onde eu sabia que ficava um maleta de primeiros socorros no armário.

Voltei para o quarto o mais rápido que eu pude.

Tentei pegar seu braço, mas ela resistiu. Uma expressão de pavor surgiu em seu rosto enquanto ela chorava desesperadamente.

    — Betty, eu não vou te machucar! — Falei percebendo seu medo. — Eu prometo!

Ela deixou que eu pegasse sua mão. Olhei seus pulsos, não eram cortes tão profundos, mas o suficiente para estarem sangrando daquele jeito.

Fui ao banheiro e lavei bem minhas mãos com água e sabão. Voltei e peguei um antisséptico e algumas gazes na maleta.

Isso vai arder. — Falei. — Aperta minha perna se sentir muita dor.

Ela assentiu com a cabeça. Passei um pouco de antisséptico na gaze e limpei os cortes com cuidado. Betty cravou as unhas em minha perna, prendendo um grito de dor.

Meu coração se apertou, odiava tanto a ideia de que ela estava sofrendo, que nem reparei em quão forte ela apertava minha perna.

Peguei seu outro pulso e limpei os cortes também. Enrolei gazes com cuidado em seus cortes.

Suas mãos relaxaram em minhas pernas e ela limpou as lágrimas que escorriam em seu rosto sem parar.

Me levantei da cama enquanto guardava as coisas que havia usado na maleta novamente.

A dor passou um pouco? — Perguntei colocando uma mecha de cabelo atrás de sua orelha. Ela apenas assentiu com a cabeça.

Me sentei em uma cadeira em frente à cama e fiquei observando Betty, preocupado.

    — Por que está fazendo isso? — Ela me perguntou.

    — Isso o que?

    — Está olhando como se estivesse me julgando.

Respirei fundo.

    — Por que se corta? Em que isso ajuda? Você podia ter morrido! — Falei.

    — Você não entende Jughead... não é você que sente. E isso não importa. — Ela disse, se recompondo.

    — Isso importa sim, Betty! Você acha que eu ficaria bem sabendo que fez isso por minha causa? Por minha culpa? — Percebi que levantei um pouco a voz e respirei fundo. — Desculpe. Não queria ser grosso. — Falei. — Eu acabei de perceber que eu realmente te amo, Betty. Não sei o que faria sem você aqui comigo.

Ela abaixou os olhos.

    — Isso não é culpa sua, Juggie. Nunca foi. — Ela se explicou. — Minha própria mente me sabota diariamente.

Fiquei em silêncio.

    — Será que podemos conversar... sobre hoje? — Ela perguntou baixinho.

    — Não acho que seja uma boa hora. — Respondi.

    — E quando vai ser? — Ela falou. — Você nem me olha nos olhos!

    — Não aja como se isso fosse minha culpa. — Rebati.

    — Porra, eu sei que toda essa merda é culpa minha! Não estou agindo como se não soubesse disso. Por isso que quero conversar com você. Preciso esclarecer o que estou sentindo!

Respirei fundo e fiquem em silêncio por um tempo.

    — Quero saber o que há com você. — Falei. Betty pareceu se espantar com isso. — Eu quero saber a verdade, sobre o que você sente por mim. Só assim eu poderia te dizer o que está na minha mente.

Fiz uma pausa.

    — Eu estive te desejando tanto, mas parece que eu não posso chegar até você. — Continuei. — Pensei que eu era bom, mas ainda me sinto triste... me diga o que você quer fazer? — Soltei um suspiro. — Me deixe saber... eu me sinto confuso sobre você.

    — Eu sei... eu entendo como se sente.

    — Então me diga como você está se sentindo.

Ela respirou fundo e deu tapinhas na cama para que eu me sentasse ao lado dela. Soltei um suspiro me sentei na cama.

    — Eu... — Ela tentou falar mais não conseguiu.

    — Você o que? — Perguntei.

    — Eu te amo, Juggie.

Espera... o que? — Perguntei confuso.

Ela se sentou em meu colo, pondo uma perna em cada lado do meu corpo e segurou minha nuca.

JJ me disse se eu te visse com qualquer outra garota, ficaria destruída. E é verdade. — Ela falou se ajeitando mais em meu colo. — Eu ficaria destruída porque eu te amo. Eu te amo e não quero te perder. Não quero ter que vê-lo com outra para perceber isso.

Apertei os lábios para conter a vontade de beija-la. Pude ver a decepção em seu rosto.

    — Não vai dizer nada? — Ela acariciou meu rosto.

    — Eu não consigo te entender. — Falei.

    — Como assim?

    — Você percebeu de uma hora para a outra que me amava? — Perguntei confuso.

Ela balançou a cabeça negativamente.

JJ tem razão. — Ela admitiu. — Quando senti medo, coloquei outro sentimento para cobrir o que eu realmente sentia.

Olhei bem no fundo de seu olhos. A coloquei deitada na cama e deitei ao lado dela enquanto ela se ajeitava em meu peito.

Melhor você refletir um pouco. — Falei.

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