Cap. 11 - Sobrar na curva

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Olá amadinhos! Eu estou sem internet, essa semana muitas coisas aconteceram para mim (eu até parecia a Michele kkk). 
Então não sei se terei internet até sexta, por isso vou deixar um presentinho para vocês hoje, enquanto o vizinho não descobre que estou roubando sinal e troca a senha haha. 
Brincadeirinha, hoje estou na casa de uma amiga, mas amanhã retorno ao lar sem conexão. Aproveitem! 

MICHELE

Estou no elevador. Meus lábios formigam, eu os toco com a ponta dos dedos. Estou ofegante, pois deixei a recepção do prédio correndo, fugindo o mais rápido que pude. Virei as costas e saí sem dizer nada. Eu não queria dizer nada, queria fazer! Eu queria beija-lo, provar mais dele... o pouco que senti foi incrível. Doce, com sabor de menta e coco, parecia o melhor doce mundo. E o cheiro... ah, o cheiro! Quando ele me abraçou, eu senti o melhor cheiro do mundo, algo como canela e menta, com um leve toque de tangerina e sei lá mais o que, só sei que era incrível. Eu poderia morar naquele abraço, naquele cheiro, naquele quase beijo... 

Foram os segundos mais demorados e maravilhosos de toda minha vida! Mas aí eu ouvi minha a mãe. Eu à ouvi e à vi, me censurando dentro de minha cabeça. Ela me apontou o dedo e bradou "Você vai jogar o seu futuro no lixo por causa de um homem. Faça como eu e não terá nada daqui a vinte anos". E então eu fugi.

Pelos deuses, eu tive a semana mais dura da minha vida, ralei muito. Não posso correr riscos. 

Quando Pietro disse que não teriam mais "brincadeiras", ele certamente falou brincando, de novo. Porque a própria tarefa de "provar" o merecimento de minha permanência, já era uma pegadinha. Assim que saí da sala do Chefe-cão na segunda-feira, Angel repassou minhas próximas tarefas. Eu tinha cinco atletas, dos mais variados esportes, deveria fazer com eles a mesma coisa que fiz com Cheed, escrever um perfil sobre a trajetória e a vida deles, trazendo uma nova perspectiva.

Fácil, certo?

Errado!

Os meus escritos fariam parte de um projeto semanal, desta vez, sem colher de chá. Eu teria que conseguir as entrevistas sozinhas e montar o projeto, com nome, design e estilo para ser apresentado no sábado, caso tivéssemos uma boa recepção do público. Do contrário, nada seria apresentado.

Ou seja, a minha tarefa semanal seria criar, do zero, uma coluna para uma revisa já estabelecida! Além de ser uma grande responsabilidade e um trabalhão sem precedentes, ele poderia não sair do papel se:

Número um, o público não gostasse do que fiz com Cheed.

Número dois, não conseguisse fechar com os cinco atletas.

Eu estava determinada a provar para Pietro e minha mãe que sim, eu sou capaz. O desafio do Chefe-cão e o desaforo de minha mãe, me deram o empurrão definitivo para começar. Iniciei a segunda-feira tentando contato com os agentes. Eu pensei que seria moleza, ledo engano. Começou a dar errado exatamente aí, queimei a largada antes mesmo de começar. Precisei da ajuda do Angel para negociar as entrevistas, mais vezes do que julgo ser aceitável. Por sorte, ele se comoveu com a situação ajudou-me tanto quanto pôde.

A semana inteira eu cheguei em casa cansada, estressada e me sentindo um fracasso total. Ninguém da redação parecia simpatizar comigo, a não ser Angel. Estava certa sobre virarmos amigos, quer dizer, de minha parte já havia se tornado uma amizade, pois ele me auxiliou nas negociações, leu meus escritos e deu suas opiniões, lá para o meio da semana eu já não me sentia tão sozinha. Eu esperava que tudo desse certo. As coisas estavam fluindo, eu tinha um amigo e estava focada, nada de homens, sinais ou sensações confusas. Eu estava vivendo para minha carreira, exatamente como planejado, certo? Errado!

Depois da CurvaWhere stories live. Discover now