Cap. 19 - O mecânico

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Olá meus amores, hoje não é sexta-feira, mas eu não consegui postar, então estou aqui, hoje, de peito aberto para vocês lkkkkkkk
Fiquem agora com dois pedidos de desculpas em forma de capítulos.

CHEED

Acordo confuso, demoro alguns instantes para processar onde estou. Abro os olhos lentamente, levando minhas mãos a frente deles, afim de protege-los da claridade. No momento em que executo a ação, uma dor latejante invade a lateral esquerda de minha face. As minhas roupas de ontem à noite estão dobradas sobre a cômoda. É quando me caí a ficha, estou deitado na minha cama, no meu apartamento no Brasil. Rapidamente me recordo dos acontecimentos de ontem à noite.

Cheguei na festa um pouco mais tarde, como Michele estaria trabalhando, optei por marcar presença rapidamente. Entrar e sair discreto, levar minha namorada para casa e matar a saudade que eu estava sentindo dela. Esse era o plano, sem falhas.

Ledo engano...

Já no evento, conversei com algumas figuras importantes, circulei no salão. Infelizmente tive o desprazer de cruzar com algumas pessoas desagradáveis, como André, que já apresentava sinais de embriaguez quando nos esbarramos pelo salão. Segui em frente ignorando-o e esperei pacientemente minha namorada terminar seu trabalho, para só então, finalmente, me aproximar sem atrapalhar suas funções. Ela estava perfeita, só ouvi elogios sobre seu profissionalismo e brilhantismo. Michele é realmente incrível e eu me sentia um cara de sorte!

Havia planejado levar Michele para casa depois do evento e formalizar um outro convite, para o nosso primeiro Natal juntos. Estamos apenas a uma semana do feriado de Natal. Seria a ocasião perfeita para formalizar nosso compromisso perante a minha família, estão todos curiosos para entender o motivo pelo qual decidi voltar para o Brasil e aqui permanecer, especialmente o meu pai.

A noite tinha tudo para ser perfeita, mas não foi. 

Eu estava tranquilo, trocando amenidades com o seu colega de trabalho enquanto Michele finalizava a cobertura. Eu não a estava observando nem nada, mas por acaso eu avistei ele, André, caminhando em direção a ela, que se dirigia até Angel e eu. Fiquei imediatamente em alerta, a essa altura, não preciso nem dizer o quão desagradável ele é dentro e fora do esporte. 

Conhecido por suas provocações desnecessárias, geração de conflitos e um longo histórico de escândalos envolvendo colegas de trabalho, André era a "persona non grata" daquele evento. Sóbreo ele já apresentava perigo, naquela situação, o dobro, pois ele estava completamente bêbado e se aproximando da minha namorada, alheia à sua presença toxica. Até ele lhe puxar os cabelos

Eu nunca perco o controle, mas foi inevitável. Assim que vi a cena, uma fúria líquida pareceu tomar conta do meu sangue e cruzei o salão tão rápido quanto pude. Minha intenção inicial era retira-la de sua presença cordialmente e diz-lhe algumas coisas nada cordiais. Puxar os cabelos de alguém? Isso não se faz! Não era apenas pelo fato de ser Michele, minha namorada. Ela estava ali a trabalho e merecia o devido respeito, ela e qualquer outra pessoa naquele salãoMichele era esperta, ela teria saído sozinha da situação, mas aquele imbecil estava enchendo o saco de todos há um bom tempo e havia acabado de ultrapassar todos os limites, ele precisa ouvir umas poucas e boas. Eu não tinha a intenção de socar sua face nojenta em público. 

Mas aí ele conseguiu me tirar do sério. André  transcendeu todos os limites, vale ressaltar, não restavam mais limites para serem ultrapassados . Somente a lembrança de suas palavras, já me deixam indignado novamente. Ele proferiu ofensas xenofóbicas e sujas, a tocando sem permissão. Ele violou o corpo de uma mulher. Eu assisti aquela cena em uma espécie de câmera lenta maldita. Quando ele a tocou, eu cruzei a distância que nos separava em uma velocidade quase inumana, não pensei duas vezes antes de atingir em cheio seu nariz empinado e sua boca asquerosa.

Depois da CurvaOnde histórias criam vida. Descubra agora