Capitulo 33 - Onde tudo começou - Parte 1

1.1K 101 14
                                    

Ellie

Nesse exato momento estou dentro dessa banheira voadora que as pessoas chamam de avião. As lagrimas não pararam de cair desde que eu sai de Londres, o aperto no meu coração só aumenta e a saudade do Nathan começa a ficar mais forte. Por mais que isso me machuque eu sei que é o certo a se fazer. Um sorriso toma conta do meu rosto quando eu começo a me lembrar da primeira vez que eu vi o Nathan dentro do avião, ele parecia o pecado em forma de homem , era muita beleza para uma única pessoa.

Inicio do Flashback:

- Ah, oi!  Eu sou o Nathan. Nathan Summer, acho que como vamos passar no mínimo 12 horas nesse avião devemos pelo menos ser apresentados, qual é o seu nome?

-Ahh errr... É oi! Pois é 12 horas com deus, omg , quer dizer com voo, quer dizer no voo, é muita coisa. Eu sou... É, nossssa...

-Você ta bem? Quer que eu chame a aeromoça?

- Não, não! Estou ótima. Eu é é desculpe, tenho problemas com aviões, só isso! Sou a Ellie, Ellie Bennett. Prazer. 

-Não precisa ter medo de aviões, eu tomo conta de você darling. Será um prazer.

Fim do flashback.

Acho que me apaixonei assim que coloquei os olhos nele. O jeito convencido me irritava e me encantava ao mesmo tempo, mas por trás de tudo aquilo existia um rapaz doce que conseguiu conquistar meu coração.

Inicio do flashback:

-O que foi?!?

-Err, aii jesus, lembra sobre o problema com aviões? Pois ai esta, mãos soando e cara de pateta...

-Eu achei que o negócio do avião fosse uma desculpa por você ter ficado toda desastrada assim que me viu.

-Aff, idiota.

-Relaxa sweet, logo passa e tudo lá fora volta a ser claro e límpido assim como esses seus olhos.

Fim do flashback.

Confesso que o sotaque do Nathan me fez ficar arrepiada desde da primeira vez que ele abriu a boca, e o que dizer sobre aqueles olhos que são capazes de ler a minha alma?

Olho para a minha mão e vejo a aliança, eu não tive coragem de deixar ela pra trás, de certa forma é como se um pedacinho dele tivesse vindo comigo...

Inicio do flashback:

- 5 Dólares por seus pensamentos sweet.

- Se eu te contar sobre o que eu estava pensando você vai me chamar de patricinha.

-E não é isso que você é? Uma patricinha?

- Ei, não. Como assim?!?

- Pra começar você esta em um avião com um salto de uns 2 metros de altura, e se bem conheço essa marca você pagou os olhos da cara. Sem falar na bolsa, nos óculos, na blusa, no celular...

-Ok, eu assumo! Mas, como você conhece todas essas marcas? Homens não ligam muito pra isso, a não ser que... OMG você é gay?!? Nada contra mas seria um desperdício e tanto!

Fim do flashback.

Dou risada quando lembro que perguntei pro Nathan se ele era gay, me sinto uma idiota por ter perguntado isso agora, afinal, o Nathan é mais quente que o inferno em época de verão! E eu definitivamente me entreguei de corpo e alma pra ele, e eu não me arrependo nem um pouco, ele foi muito carinhoso comigo, de certa forma eu sentia que ele queria me proteger de tudo.

Horas depois...

Acordo com a aeromoça anunciando que vamos pousar, nossa eu nem percebi que tinha pegado no sono. Me levanto e espero minha vez de sair do avião, assim que desço vou atrás das minhas malas e depois pego um taxi rumo a minha casa. Durante todo o trajeto eu ignoro o meu celular, resolvo manter ele desligado, mesmo por que eu acredito que deve ter varias ligações e varias mensagens do Nathan e se eu ouvi-las agora é bem provável que eu volte para trás.

Chego ao meu condomínio e digo para o porteiro não anunciar para os meus pais a minha chegada, afinal eu nem avisei que estava vindo embora.

- Sem problemas senhorita Ellie, pode entrar! Seus pais estão morrendo de saudades... - O porteiro diz.

- Obrigada John!

Paro em frente a porta de casa. Eu realmente senti falta desse lugar, mas confesso que a falta do Nathan é ainda maior. Aperto a campainha e quando minha mãe abre a porta ela fica surpresa, mas não tão surpresa como eu imaginava que ela iria ficar.

- Filha! O que aconteceu? - Ela pergunta e eu nem penso duas vezes, me jogo no colo dela e começo a chorar.

Minha mãe me leva para nos sentarmos no sofá, e depois de muito choro eu consigo explicar tudo pra ela, no final minha mãe esta tentando conter as lagrimas e me consolar ao mesmo tempo.

Depois de conversar com a minha mãe eu resolvo ir para o meu quarto tomar um banho, meu pai esta trabalhando e eu falo pra mamãe não avisar que eu cheguei, se não ele viria correndo. Tomo um longo e demorado banho, tento fazer com que a água leve minha tristeza embora, mas isso é impossível. Saio do banheiro, me troco e deito na minha cama. Minha cachorrinha, que se chama Chanel, se deita ao meu lado e eu a abraço enquanto as lembranças voltam a invadir minha cabeça, me lembro da primeira noite que Nathan dormiu na mesma cama que eu, depois que ele teve uma crise de ciúmes.

Inicio do flashback:

- Nathan mais o que é isso?!?

- Só durmo assim, as vezes até pelado. Você vai dormir de roupa?

- Não, mais você vai fechar o olho enquanto eu me troco! Vai anda logo!

Fim do flashback.

Um sorriso toma conta do meu rosto ao me lembrar disso, mas a angustia faz o meu coração ficar mais apertado. Resolvo ir para um lugar que sempre me acalmou desde quando eu era criança, vou para o quintal de casa, onde meu pai mandou construir uma casa na arvore pra mim, quando eu tinha apenas 7 anos.

Subo na casa da arvore e fico ali, perdida em pensamentos. Será que aquela famosa frase do livro Anna e o beijo francês é verdade? Aquela que diz : "É possível que lar seja uma pessoa e não um lugar?" Por que nesse momento eu sinto que meu lugar é ao lado do Nathan, as lagrimas insistem em voltar e eu me rendo a elas.

*******************

Muito obrigada a todos que estão lendo...

Comentem e deem estrelinhas =)

Beeijos <3

Acasos do DestinoWhere stories live. Discover now