ᴡᴀʀᴍᴛʜ

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[🌙]






Omma?

Youngjo afundou-se nos sentimentos adversos e em conflitos ao que analisava a sua progenitora. O som proveniente de saltos ecoaram dentre os poucos passos que sucedera até si, envolvendo-o num abraço.

— Meu menino, feliz aniversário!

Paralisado, deixou-se estar naquele contato, tão surpreso que não sabia como reagir. Esta, afastou-se brevemente e apertou-lhe as bochechas, costume desde a infância, admirando-lhe cada detalhe.

— Já não responde minhas tentativas de contato a tempos, filho. Estava com tanta saudade do meu bebê e resolvi fazer uma visitinha.

Como sempre, do seu jeito. Obviamente, Youngjo também sentia, afinal era a sua mãe e existia aquele laço. Aquela que lhe dera colo e amor mas por outro lado, tirou-o por pura ganância. A Kim tinha jovialidade estampada em sua face e no modo firme ao caminhar, transparecendo um pouco de sua personalidade forte.

Ela abraçou-o novamente e adentrou seu lar. O corpo deste, ainda não respondia verdadeiramente as ações enviadas pelo cérebro mas entrara em estado de alerta, voltando a realidade.

Woong e Dohyun.

Acompanhou seus passos, em silêncio e a observou pairar bruscamente no cômodo seguinte. Confessava aguardar ansioso por tal momento, todavia, não estava pronto para encará-lo e tratando-se de sua família, os protegeria de todas as formas possíveis.

O pequeno, ao ouvir aqueles sons que em sua concepção eram assustadores, escondeu-se nos braços de seu papai, fechando os olhinhos. Sentia-se dentro dos contos que costumava ouvir, em que a pessoa má machucava pessoas boas. Não queria que seus papais machucassem-se novamente.

A garganta de Youngsoo fechou-se ao que seus olhos cruzaram com os de Hwanwoong, também num misto de emoções. Não, ela não esperava vê-lo bem ali, que o passado estivesse diante de si, contudo, sua atenção fora desviada, diretamente a figura em seu colo. Cada poro seu, arrepiou-se.

Involuntariamente, caminhou lentamente, analisando o rostinho assustado e envolto de curiosidade. Tão idêntico e conhecido para si, uma verdadeira cópia. Mas ao agachar-se e estender a mão para tocar-lhe, este, intensificou o aperto em torno do Yeo, enterrando-se em seu pescoço.

A mulher, recolheu-se, em choque, dando-se conta do que acabara de fazer. A expressão alheia, manteve-se passível, não vacilando diante dela, aquela postura que somente uma vez fora diferente.

— Olá, Kim Youngsoo.

— Por que não acomoda-se, omma. Acho que temos muito a conversar. — o Kim apontou-lhe para o sofá mas esta, recusou, mantendo-se frente para os três.

Em silêncio, gravou aquela imagem em sua mente, sentindo com maior intensidade o sabor denso na boca, aquele que jazia consigo a bastante tempo. Amargura, de si mesmo.

— Filho? — Hwan acarinhou-lhe com delicadeza até ter os olhinhos brilhantes encarando-o. — Vá para o quarto do papai e não saia até que um de nós busque-o, entendeu?

Concordando, lançou um último olhar a seu outro papai, em seguida, a mulher desconhecida de lábios vermelhos e obedeceu a ordem do Yeo, buscando por Sunny que até então estava em seu quartinho.

Entrelaçou seus dedos aos de Youngjo, notando, visivelmente a tensão em seu semblante, demasiado além do presente no ambiente. Tinha em mente o quanto lhes era sensível tal assunto, como, ironicamente, fora citado longos minutos antes e talvez, no fundo, seria o mais afetado. Ele o sorriu, um sorriso pesado mas sincero. Estava ao seu lado, então sentia-se verdadeiramente seguro.

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