ᴄʜᴀɴᴄᴇ

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[🌙]










— Como eles estão?

Hwan minuciosamente analisou a expressão da mulher a sua frente ao que degustava seu café. A maquiagem carregada, não condizia nenhum pouco com seu tom de voz e era nítido aquele sentimento em meio às iris escuras.




— Não vou deixar você sozinha com ela, depois de tudo que ela te fez! — Gunmin deixou tais palavras novamente, lançando um olhar firme a mulher que encolheu-se, assimilando que a culpa era inteiramente sua por causar tamanha mudança de humor no ambiente.

— Gunminnie, está tudo bem, posso resolver isso sozinho.

Este, não ficara nada contente em deixá-lo sozinho com ela mas confiava no melhor amigo e que era seu desejo enfrentar de cabeça erguida aquele fantasma e no fim, a contra gosto, vira-o deixar o prédio ao que Keonhee levava-o para tomar um ar após também presenciar tamanha tensão.




— Dohyun está bem. — suspirou, antes de continuar. — Mas Youngjo anda imerso em pensamentos e nos últimos dias, teve pesadelos, acordando no meio da noite e dificilmente voltando a dormir.

Apertava-lhe o coração despertar quando a escuridão ainda cobria a cidade e encontrá-lo sentadinho ao seu lado, por vezes observando a si. Situação que também atingia principalmente ao próprio Hwan que adormecia abraçadinho com o Kim e a cada movimento um pouco mais suspeito, pegava-se olhando-o e retornando ao sono somente ao comprovar que era apenas leves impulsos do corpo alheio.

Decidira permanecer em seu apartamento desde aquele dia em específico, tinha em mente que ele não estava verdadeiramente bem e prometera estar ao seu lado, cuidando dele.

O filho era a fonte de alegria, arrancando-lhes risos até a barriga doer. E vê-los sorrir, tornava-se a sua dose de alegria, Youngjo também compartilhava das sensações, de estar com a sua família, de poder enchê-los de beijo e carinhos mas no fundo aquele ponto, mal resolvido, ainda estava.

A vira calar-se outra vez, encarando qualquer outro ponto que não fosse o rosto do Yeo. Quanto mais aprofundava-se nos próprios sentimentos e pensamentos, mais dava-se conta de todo mal que causara a seu menino, da infelicidade que vivera em anos passados.

— Sei o que se passa em sua mente agora. — era pressuposto que ela tivesse algo a dizer-lhe, afinal, quem havia lhe procurado mas não descarregaria aquele peso já inexistente em si sobre a Kim, estava vivendo as consequências de todas as atitudes errôneas. — Instinto.

— Você parece diferente daquele garoto desbocado que sempre me desafiava. — Hwan sorriu.

— Há coisas que não mudam, sequer com o tempo, Youngsoo. Ainda estou bem aqui, apenas amadureci para lidar com situações que estavam longe do meu domínio.

Ao concordar, esta observou a sua postura firme e um tanto indiferente. Hwanwoong era uma grande pessoa, carregando consigo uma personalidade brilhante, exalando beleza e carisma por dentro e por fora. Todavia, talvez abrira os olhos para isso de forma tardia, a sua ganância verdadeiramente lhe cegara a ponto de jogar tão baixo.

— Afinal, por quê está aqui?

— Porque preciso do seu perdão.

Notoriamente, suas ações eram diferentes de dias atrás, em que palavras não transpassavam a confiança que deveria. Era duvidoso a veracidade, por mais que visivelmente partilhasse daquela emoção com o filho.

Para alguém que mentira e omitira ao extremo, nada poderia ser impossível. Preferira não tocar em tal assunto com Youngjo, pois isso, devera-se inteiramente aos dois, não iria interferir, apenas o apoiaria em suas decisões tendo em vista o próprio ponto. Bastava de tantas injustiças.

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