sᴘᴇᴄɪᴀʟ: ғɪɴɢᴇʀs

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[🌙]








Pés pesados e cobertos por um par de meias amarelas alcançaram o chão. Hwan respirou fundo, tomando coragem suficiente para levantar-se ao notar o vazio ao seu lado na cama. A passos lentos e preguiçosos, seu corpo percorreu o corredor silencioso dado-se este por Dohyun estar na casa de Gunmin, possivelmente ele havia buscado-o enquanto ainda estava a dormir pois lembrava-se de em algum momento ouvir a voz distante do pequeno.

Na sala, Youngjo concentrado a finalizar alguns trabalhos no computador, ouvira o eco produzido por aquele e automaticamente sorriu ao ver a figura do amado a caminhar em sua direção, com ambas as mãos apoiadas a própria cintura e carregando uma expressão de cansaço em seu semblante. Aquilo resumia bem como foram os últimos três meses.

— Bom dia, meu amor.

Deixou o aparelho ao lado, trazendo-o para seu colo com cuidado e o seu olhar respondia com um belo "bom dia para quem? "

Instantaneamente a mão livre tocou o protuberante barrigão, quando um riso bobo preencheu o ambiente ao sentir a leve movimentação. Inclinou-se, apoiando a face ali e desejando também um bom dia ao pequeno ser que sempre reagia da mesma forma sob seu toque ou principalmente, a voz de Dohyun. Um coro de vozes, diariamente cantava ao bebê que já era eufórico ainda mesmo antes de vir ao mundo.

— Alguém acordou agitado hoje.

Hwan sorriu, seus dedinhos enrolando-se aos cabelos do Kim a fazê-lo carinhos.

Existiam duas informações a cerca de sua gestação, a primeira que optaram por descobrirem o sexo somente ao nascimento e segundo que, em três dias, completavam-se nove meses então a qualquer momento poderia entrar em trabalho de parto. Esta ideia era nova e assustadora a Youngjo, deixando-o apreensivo, talvez até mais que o próprio Yeo.

— Minha coluna está me matando. — resmungou ao sentir o toque suave alheio deslizando por ela, num pedido quase mudo por massagem.

Ajudou-o a sentar-se de costas para si, com carinho suas mãos encaixando-se nas curvas tão conhecidas, massageando-as, outrora, percorrendo-lhe os ombros. Dos lábios entreabertos deste, suspiros em deleite e satisfação respondiam-lhe.

Momentos como aquele tornaram-se constantes a medida do passar dos dias e ao desenvolvimento saudável do feto. Hwan agradecia diariamente pelo tamanho de sua barriga não exceder ao de uma melancia, como na gestação de Dohyun, em compensação, fora demasiada agitada em questão de enjoos e a própria do bebê, bom, para além dos desejos estranhos que deixaram o Kim um tanto assustado em vários momentos. Como na madrugada em que encontrou-o a devorar uma cebola como se tratasse de uma barra de chocolate e de longe, ainda não fora o "pior" deles.

Ou então, seu dobrado apetite sexual, não que estivesse a reclamar, muito pelo contrário.

A obstetra disse-lhes que era normal, levando em conta muitos fatores dos quais bom, realmente não entendera.

Mas naquelas últimas semanas, as intensas dores espalhadas por seu corpo, deixavam-o de molho na cama durante grande parte do dia. Youngjo e o pequeno passavam horas ao seu lado, mimando-o e dando-lhe a atenção que, no quinto mês, Hwan acusou-os, chorando de não o dar, o que de fato não era verdade mas era compreensivo devido as alterações hormonais. O filho quem ficara completamente confuso com a mudança repentina de humor de seu papai em diversos momentos mas gracejava sempre que o Kim tentava acalmá-lo e acabava por ser alvo de travesseiradas. Todavia, minutos depois queria colo.

Dohyun estava extremamente animado com a chegada do bebê e praticamente todos os dias, perguntava a Hwan quando seu irmãozinho ou irmãzinha iria nascer. Fora ele quem escolhera a maior parte da decoração do quarto do novo membro, em amarelo e branco, até mesmo levara suas pelúcias para o cômodo ao lado do seu.

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