sᴘᴇᴄɪᴀʟ: sʟᴇᴇᴘʏ

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A lua estava em sua mais bela forma naquela noite, iluminando a imensidão escura do céu noturno livre de nuvens, para além das extensas constelações que desenhavam-se interligadamente, recebendo devida atenção. Hwan os criava em sua imaginação, ligando cada pontinho brilhante, como num dia ensolarado era feito com as grandes junções de gases atmosféricos, formando figuras naquelas que mais assemelhavam-se a algodão. Era um ótimo momento para apreciá-lo e deixava-o imerso nas lembranças recentes. Um leve sorriso brotou em seus lábios ao sentir a brisa gelada acarinhar-lhe a face.

Cansado, seria uma ótima palavra para definir como sentia-se mas nada que um longo banho não resolvesse. Acostumara-se a ter parte de suas energias subtraídas por três criaturinhas eufóricas, e sim, Youngjo tornava-se a peça principal em diversas situações, por mais que no fim do dia, estivesse tão esgotado quanto a si.

Minju, mal completara três meses de vida e já estava a rolar pela casa, no sentido literal da palavra. A pequena garotinha era bastante agitada, como o previsto durante a gestação. As perninhas e bracinhos gordinhos, estavam sempre a buscar qualquer objeto que estivesse ao seu alcance e levá-lo diretamente a boca, era preciso estar atento e bom, Dohyun cumpria esse papel muito bem, não era difícil encontrá-lo a brincar com a irmã, em especial por estar em período de férias de verão, isso lhes trazia a tranquilidade em muitos momentos no qual infelizmente estavam ocupados com outras questões, todavia, dividiram trabalhos e o pequeno atentava-se a cada detalhe de como seus papais cuidavam da pequenina, para quando for "grandinho", poder também ajudá-los.

Hwan até tinha uma imagem perfeita de quando seus dentinhos estivessem a nascer e isso lhe deixava de cabelos em pé.

De toda forma, a melhor sensação era reviver tudo aquilo outra vez, desde o princípio, completando-se em compartilhá-la com o Kim. Vê-lo aprender a trocar fraldas, vê-lo pela manhã com a garotinha no colo, conversando com o filho enquanto preparavam o café, ou ao menos tentavam, aquela era a sua cena favorita de bom dia. Vê-lo adormecer em muitos momentos no qual fora dar um beijinho de boa noite em Dohyun e obviamente, o pequeno adorava acordar durante a madrugada e encontrar seu papai a dormir consigo, era nítido que a exaustão chegava com maior intensidade em certos dias. Em principal, quando Minjung não os deixava dormir e nas primeiras vezes que isso ocorrera, Youngjo chorou juntamente a filha por ainda não discernir que tratava-se de cólica. Ela era somente um bebê, contudo, estava aprendendo a ser tão manipuladora como o irmão.

A satisfação e aquele sentimento que o fazia dormir com um sorriso no rosto, vinha acompanhada de suas últimas palavras quando encontravam-se agarradinhos embaixo dos lençóis, antes do amado também cair no mundo dos sonhos, seus olhinhos brilhavam, estampando um "eu te amo" que seu corpo entendia perfeitamente e em meio a um beijinho ele lhe sussurrava um "obrigado".

Em pouco tempo, completariam o primeiro ano de casados e por vezes refletia o quão importante tal passo fora no relacionamento. E todos os dias, ao descansar a mente, afirmava com cada letrinha que fora uma de suas melhores decisões.

Foram anos de aprendizado para ambos, conviver com a saudade que pesava no peito e com a dolorosa realidade de que, nada, está em nossas mãos. Confessava que fora egoísta ao pensar que o Kim, nunca conheceria o filho e que em algum momento precisaria contá-lo sobre o passado, sim, arrependia-se somente em acreditar que poderia ser responsável por tirar de Youngjo o melhor sentimento. E tudo, diferenciou-se quando encontrou-o naquele fim de tarde, por um acaso. Quando contou-lhe sobre o pequeno, aquele era o seu maior desejo, sabia disso e não esperava outra reação, para falar a verdade. Mas as possibilidades lhe assustavam, afinal, ainda trazia consigo aquele vazio no peito, o pedaço que fora tirado com tamanha frieza. E, exatamente como ele o conquistara pela primeira vez, fizera-o novamente.

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