ᴇʏᴇs

174 26 4
                                    

[🌙]

Hwanwoong perdera a conta de quantas vezes olhara aquela foto apenas naquele dia. O sorriso de seu pequeno, a forma como seus olhinhos encolhiam-se e as ruguinhas ficavam visíveis mas por outro lado, Youngjo abraçado a ele, o carinho esbanjado no brilho de seus olhos, aquela imagem era tão bonita e aquecia o seu coração.

Em muitos momentos perguntou-se se algo como aquilo aconteceria um dia, contudo, não iria apegar-se a essa ideia, iludir a si mesmo. Não sabia as questões que levara o Kim a fazê-lo e de toda forma, não iria odiá-lo, não o conseguia. E também não o faria a Dohyun, quem sabe num futuro lhe explicaria o que realmente ocorrera, quando estivessem preparados para isso. Contudo, as peças mudaram de posições e ele estava bem ali. Seu garoto parecia muito feliz com o novo amigo, o que sentiria e pensaria se soubesse que era o seu outro papai?
Indiretamente, sabia que um bebê não se gerava sozinho, claro, em muitos casos. Mas sua mente ainda era mínima para isso e não iria prender-se a esse assunto, de todo não se tratava de algo tão importante até mesmo para a sua curiosidade.

Não lhe esconderia isso por muito tempo, afinal, também havia o Kim naquilo. Sempre se colocava em ambos os lados por mais que fosse a sua história. Desejava que Youngjo vivesse aquilo como deveria, que pudesse chamá-lo de filho e vê-lo correndo em sua direção de braços abertos ou poder observá-lo a dormir e ver a forma adorável como seus lábios se transformavam num coração, igualmente a si. Não tinha como negar o quão eram iguais e Hwan sempre mencionava disso, deixando claro este detalhe.

A foto seguinte da galeria fora a que Gunmin havia registrado no parque, em que estavam a segurar uma mão cada, do pequeno. Notara que Dohyun estava a sorrir para si, igualmente a Youngjo. Aquele sorriso. O mesmo brilho nos olhos presente em todas as fotografias.

Chacoalhou a cabeça, afastando possíveis pensamentos afins.

As colocaria num quadro também.

Aquela aproximação estava sendo benéfica para ambos os lados mas deixava Woong de cabelos em pé. A energia que compartilhavam era a mesma, então tinha em mente que precisaria conversar com o Kim para controlar-se e não fazer todas as vontades do filho, ele sabia bem como manipular quando queria e o outro era um bobo nessa questão, o dia em que fora buscá-lo na escola e tomaram sorvete juntos era uma prova.

— De novo? — Hwan assustou-se, acabando por bater com a testa no queixo do melhor amigo, que caiu sobre a cadeira a choramingar, levando as mãos ao local atingido.

— É o karma. — disse-lhe entre risos, ignorando a pequena dor da colisão em si. — Aliás, por que seu rosto está tão vermelho? — semicerrou os olhos, desconfiado. 

— Deve ser impressão sua! — resmungou, cobrindo as bochechas.

— Você está todo sem jeito e corado, o que estava fazendo, hum? — lançou-se sobre a mesa, aproximando-se um pouco mais do Lee, sorrindo-lhe lascivo.

— Não sei do que está falando. — deu de ombros, não conseguindo defender-se na caneta que viera em sua direção em seguida.

— Pare de me esconder os seus namoricos, patife! Sei que você sente alguma coisa pelo Keonhee e não é apenas raiva. — acusou-o.

— Não estou escondendo nada e também não sei de onde tirou isso, não me acuse sem provas! — respondeu tão rápido que embolou-se nas próprias palavras, deixando claro as acusações do Yeo.

STAND BY जहाँ कहानियाँ रहती हैं। अभी खोजें