🔸️ Capítulo 12° 🔸️

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Acho que levei uma surra!

Meus ossos doem, minha cabeça dói, cada célula do meu corpo doi!

Flashbacks da noite anterior passam por minha mente. O lobo de pelagem escura e de olhos vermelhos, a forma como ele falou " meu ", ele é mesmo meu companheiro?

Por que os pesadelos com ele me atormentam desde pequena. Apenas perguntas sem respostas.

Lembro de quando eu acordava gritando ofegante e suando frio quando sonhava com ele, sempre o mesmo sonho, nunca mudava.

Mamãe tentou descobrir o que tinha de errado comigo, indo até bruxas, porém nenhuma delas soube explicar o que significava.

Lembro-me do uivo de dor de Jackson. Jackson! Onde está Jackson?! Será que a fera o matou?

Forço meu cérebro a lembrar de mais alguma coisa da noite anterior, mas nada, apenas o som do meu corpo sendo chocado contra a água, e tudo escureceu.

Forço meus olhos a se abrirem, aos poucos vou me acostumando com a claridade, de olhos abertos começo a observar o lugar. Estou em o que parece ser um quarto, meus olhos correm pelo local.

As paredes são em um tom claro de bege, o piso é de madeira escura, os belos móveis de madeira negra, dão um belíssimo aspecto ao quarto, o belo lustre sobre o teto me chama atenção, o formato de lua minguante com pequenas estrelas penduradas nas bordas.

Me lembro de mamãe que contia uma maravilhosa coleção de jóias em formato de lua minguante. Ela tinha muita admiração por essa fase da lua, lembro-me de ver um dos seus colares da sua coleção, ela dizia que era seu favorito, pois papai a havia lhe dado.

Desperto de meus pensamentos ao lembrar da minha mochila.

O livro!

Rapidamente ponho a mão no meu pescoço a procura do colar, suspiro aliviado ao senti-lo no mesmo lugar. O colar pode se esticar quando me transformo, então não preciso correr o risco de perde-lo.

Levanto rapidamente da cama, não conseguindo conter um gemido de dor que sinto sobre todo o meu corpo. Avalio novamente o lugar a procura das minhas coisas, até que encontro minha mochila em cima de uma poltrona. Observo atentamente, nada aparenta ter sido mexido, suspiro aliviado.

Olho para meu corpo e sinto meu rosto queimar.

Eu estou nu!

Pego na minha mochila uma calça jeans, e uma camisa branca solta, não acho meus sapatos, então decido ficar descalço.

Me visto com bastante dificuldade por conta das dores. Vou até uma das portas que aparenta ser de um banheiro, abro a porta me deparando com um belo banheiro de mármore, com banheira e ducha. Caminho até a pia e observo meu reflexo no espelho.

Minha cara está péssima! Grandes hematomas contornam meus olhos misturadas com profundas marcas de olheiras, meu cabelo está terrível! Pedaços de folhas e pequenos galhos se enroscam com os fios.

Pego um pente que estava jogado e começo a desembaraçar meus fios.

Volto para o quarto disposto a sair dali.

Onde realmente estou?

Me aproximo da porta, onde lentamente viro a maçaneta, meus pés descalços tocam os frios pisos de mármore nos corredores, fazendo um arrepio subir na minha espinha.

Caminho a passos lentos até o final do corredor onde encontro a escada, porém o som em uma das salas me chama atenção, amplio minha audição, mas não consigo entender nada.

Minha curiosidade ainda vai me matar!

Me aproximo cuidadosamente da porta de onde o som veio, vejo que ela está meio aberta. Observo a cena com atenção sentindo meu lobo se agitar.

Uma mulher está sentada no colo do homem e eles se beijam. Meu coração dói, meu lobo uiva de raiva e tristeza, sinto lágrimas mudarem meus olhos, tento me afastar, mas acabo dando um passo descuidado para frente me fazendo esbarrar na porta e abri-la, chamando atenção do homem e da mulher, no momento em que meus olhos se cruzam com o homem, eu sei, ele é meu companheiro.

E me traiu!

Sua expressão é de surpresa e arrependimento, desvio o olhar para a mulher que me encara confusa e com nojo.

Antes que ele possa falar alguma coisa, corro em direção às escadas, minhas pernas fraquejam, mas eu me nego a cair. Seguro firme no corrimão e término de descer.

Olho por todos os lados a procura da saída, avisto o lugar onde parece ser a cozinha, uma mulher de belos cabelos castanhos cozinha algo no fogão enquanto cantarola algo.

- Espere! - Ouço a voz do meu suposto " companheiro ", e me concentro a encontrar a saída.

Volto meu olhar para a mulher quando ouço algo cair de suas mãos, ela me encara com expressão surpresa, desvio o olhar para a grande porta a minha direita.

Forço minhas pernas a correrem em direção a saída, abro a porta sentindo a forte brisa passar sobre meus cabelos, sinto a grama úmida sob meus pés descalços.

Volto a correr, observo o local, posso ver a bela vista da floresta, casas por todos os lados, campos de flores e uma leve movimentação a distância.

Estou na alcatéia?

Meu corpo estremece ao ouvir um uivo, começo a ver vários homens se aproximarem, volto a correr o mais rápido que posso, paro na beira de um lago, quando percebo que estou cercado. A adrenalina corre por minhas veias, sinto a raiva me dominar quando o vejo.

Ele caminha a passos rápidos em minha direção, sua expressão é de preocupação.

Dou um passo para trás ao velo se aproximar, o fazendo parar instantaneamente. Sinto meus pés em contato com a água gelada, me fazendo soltar um grunhido de dor.

Ele tenta se aproximar mais uma vez, só que não recuo, apenas rosno para que ele pare. Vejo o olhar surpreso de todos devido a minha atitude.

Meu lobo está enfurecido! Ele que tomar o controle, porém não permito.

- Deixe-me explicar! - Fala o homem que se diz meu companheiro.

Rio irônico.

- Se explicar? - Volto a rir. - Eu sei bem o que vi " companheiro ". - Falo em tom de deboche.

Um dos homens ao redor tentam se aproximar, mas eu rosno o fazendo recuar.

- Fique, longe, de, mim! - Falo pausadamente.

Olho para a casa da qual eu fugi, e vejo a vadia de cabelos loiros oxigenados, e um vestido que ela deve ter roubado de uma garota de quinze anos, nos observando atentamente.

O ódio toma conta do meu corpo e eu posso sentir algo estranho acontecer comigo. Minha visão fica vermelha, e tudo o que consigo sentir é ódio, um tremendo ódio que corre em minhas veias.

- Seus olhos! - Fala um homem espantado.

Olho atentamente para o meu reflexo na água e vejo. Meus olhos estão vermelho sangue.

Sinto meu corpo pesar e quando estou prestes a desmaiar, sinto braços fortes rodearem minha cintura.

E tudo volta a escurecer.
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Foi esse o capítulo meus amores!

Assim que puder posto o próximo!

Não se esqueçam da estrelinha ⭐! Me ajuda muito!

Bjs!!🥰

O Alfa Supremo | JJK+PJM | ABOWhere stories live. Discover now