O Alfa Supremo | JJK+PJM | ABO

🔹️ Capítulo 1° 🔹️

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Finjam que o cara da foto está que nem a roupa que irá ser descrita.

Bjs!

Revisado ☑

Medo!

Pavor, fobia, horror, pânico; todos sinônimos; se expandindo rapidamente pelo meu corpo como uma onda de adrenalina correndo pelas minhas veias.

Estou eu aqui novamente, correndo desesperadamente pela floresta noturna e sombria.

A terra úmida e fria sobre meus pés descalços enviam choques de dor pelo meu corpo, o ar rarefeito e irresponsável permeia em meus pulmões como agulhas perfurando minha traquéia, me sufocando lentamente a cada segundo.

Eu não sabia para onde ir, apenas corria como se minha vida dependesse disso, e dependia.

Meu terno vermelho escuro - quase vinho - estava rasgado, destruído pelos pequenos galhos cortantes que me golpeavam no antes suave tecido de seda, grandes manchas de terra se espalhavam pela bainha antes delicada e perfeita.

A noite fria e congelante de inverno fazia meu corpo tremer, era uma péssima época para todos, muitos fugiam das florestas por medo das criaturas sombrias que nela habitavam.

Meus olhos lacrimejam quando sinto minha pele ser golpeado pelos galhos anavalhados das árvores negras e retorcidas.

Meus passos não são rápidos o suficiente para fugir da criatura que me persegue, grito quando sinto meu braço ser agarrado e meu corpo ser lançado violentamente contra uma árvore, berro em agonia ao sentir uma dor aguda se espalhar pelas minhas costas, o ar parece fugir dos meus pulmões me deixando atordoado.

Tento me mover, mas a única coisa que consigo é soltar um gemido sôfrego de dor. Minhas costelas parecem ter se partido durante o impacto, juntamente com meu braço que foi agarrado, grandes marcas de garras espalham-se pelo mesmo.

Ergo os olhos assustado ao ouvir o som estrondoso ecoar dentre o silêncio aterrorizante da floresta, pavor percorre meu corpo quando emfim vejo a criatura.

Um grande lobo, com a pelagem tão escura quanto as próprias trevas, seus olhos vermelhos como sangue reluzem pelo brilho ofuscoso da lua. Exalando dominância e escuridão, ele se aproxima lentamente como um predador faminto, avançado lentamente, pronto para simplesmente atacar sua presa.

Tento gritar sentido o desespero pulsar em todo meu corpo, porém minha voz sai como um esganiçado gemido de dor. Pânico me percorre quando a criatura sanguinária se aproxima.

— Venha até mim! — Sua voz estrondosa rosna em minha mente fazendo tremores ressaltarem em minha pele.

— NÃO! — Me desperto, soando frio e ofegando, tentando puxar o ar para meus pulmões flamejando. Olho ao redor alarmado, então percebo que não havia saído dali, respiro fundo passando as mãos pelo cabelo suado.

Sempre é assim, o mesmo pesadelo, as mesmas imagens, a mesma voz, as mesmas sensações, e então eu desperto antes que possa tentar entender a situação, pisco para me acostumar com a luz ardente do sol e me levanto indo em direção ao pequeno banheiro da suíte.

Meu reflexo no espelho me assusta, eu estou péssimo, meu rosto pálido e úmido pelo suor destacam as olheiras profundas abaixo dos meus olhos azuis, agora mais opacos e sem vida do que antes.

— Por que ainda me atormentam? — Sussuro para meu reflexo pavoroso.

Tomo um banho gelado forçando meu corpo a parar com os tremores ainda presentes em meu corpo febril, escovo os dentes com uma das escovas ainda embaladas sobre a pia e término de me arrumar voltado para o quarto de hotel.

Dois dias de hospedagem já foram o suficiente para conseguir novas informações sobre seu novo destino, a tão procurada alcatéia Lua Negra, destino para lobos como eu, ômegas frágeis, raros e rejeitados. O único lugar onde posso finalmente recomeçar.

A última coisa que prometi aos meus pais debruçado sobre seus túmulos.

Suspiro afastando os pensamentos sombrios para o fundo da minha mente bagunçada. Olho para a mesa cabeceira ao lado da cama e resmungo torcendo os lábios.

— Exatamente cinco da madrugada... esses pesadelos ainda vão me deixar louco. — Resmungo passando a mão pelos fios de cabelo já penteados, os bagunçando um pouco.

Termino de arrumar minha mochila, onde carrego só uma pequena quantidade de roupas, e o livro que minha mãe me deu quando fiz meus dezoito anos, ela dizia que esse livro iria me explicar o que sou.

Nem mesmo eu sei o que eu sou...

Saio do quarto colocando a mochila nas costas e passo pela recepção recebendo o olhar malicioso do garoto alí parado, seu olhar vagando descaradamente pelo meu corpo me faz revirar os olhos.

Depois de ignorá-lo completamente saio dali, vou até o pequeno estacionamento ao lado do hotel, pego a minha moto e sigo meu caminho em direção a minha nova alcateia.

🐺|O terno que eu imaginei o Jimin correndo foi o terno vermelho que ele usou para performance de filter.

🐺|Muito obrigada por lerem esse capítulo!!

🐺|Espero que tenham gostado! Não se  esqueçam de dar a estrelinha ⭐.