A batalha em Argos - Parte II

14 5 2
                                    

19 de maio de 849 da 10° Era do mundo – Base Argos



— Fiquem alertas — falei enquanto andávamos pelos corredores. As luzes piscavam, algumas falhavam. Nós havíamos entrado por uma comporta que dava para o hangar das naves de carga. Estavam todos tensos. Até mesmo Nero deixava transparecer sua preocupação enquanto caminhava.

Estávamos num grupo de 14. Quando desembarcamos das naves, estávamos num numero muito grande, e por isso decidimos nos separar em pequenos grupos; cada um com uma planta da base, mas é provável que as plantas estejam desatualizadas.

— Eu não gosto disso... — falou Cacio. Ele parece ser mais novo que eu. Em suas costas repousava sua lança. Ele vestia um traje preto como uma ombreira de aço em seu ombro. Eu e Clarys usávamos o mesmo que ele; obviamente, assim como todos ele estava nervoso.

— Sim... está calmo demais — disse Nero. Ele usava um machado de duas mãos que também repousava em suas costas, mas não estava com aquela armadura azul, muito menos a espada e escudo. Eu até perguntei onde estava a espada e escudo que ele usara para lutar contra mim; ele respondeu com um "O que importa não é a arma, mas sim quem a usa". — Já faz tempo que entramos e ainda não aconteceu nada.

— Já estamos perto do centro de energia... — falei. Eu caminhava na frente guiando todos. Em minhas costas estava a espada na qual lutei contra Nero, e em minha cintura um blaster pequeno que usarei como arma secundária. Todos exceto Clarys estavam com alguma arma. — Se o desabilitarmos, eles não conseguiram "saltar"... mantenham a calma!

— Adam... — Clarys chamou. Virei para trás para vê-la, ela parecia preocupada. — Tem algo errado... sinto... sinto uma distorção estranha...

— O que quer dizer com "distorção"? — perguntei parando de andar, todos fizerem o mesmo e a encararam. Ficamos parados na entrada de outro corredor que forma um T.

— Acho que ela quis dizer aquilo — Roth, que estava do lado dela apontou para frente. Olhei para onde ele havia apontado e... do lado de uma das luzes que piscavam, havia uma distorção no espaço sempre que as luzes piscavam.

— Ah, merda! — exclamei ao perceber o campo de distorção ótica. Desembainhei minha espada e entrei em posição defensiva. Todos empunharam suas armas e se prepararam. O campo de distorção ótica começou a oscilar revelando um grupo de silhueta a nossa frente. O campo de distorção ótica finalmente desapareceu; as luzes se acenderam revelando Bronn. Ele estava acompanhado de um grupo do que pareciam vampiros.

— Você nunca aprendeu a perceber a distorção, não é Adam? — ele disse enquanto sorria.

— Nero... guie todos — falei entregando-lhe a ultima das plantas da estação.

— Tem certeza? — ele perguntou preocupadamente. Por essa eu não esperava... Nero preocupado comigo...

— Sim. Encontro vocês lá — falei enquanto encarava Bronn. Foram poucas as vezes que consegui vencê-lo numa luta... espero que esta seja uma delas.

— Não morra — disse Roth. — Precisamos de você — acenei para ele. Meus olhos se encontraram com os de Clarys. O olhar afiado dela dizia apenas uma coisa: "Não faça nenhuma tolice, seu idiota".

— Lutaremos ao seu lado Adam — disse um dos caras que vieram conosco. Olhei para trás surpreso ao ver que cinco ficaram para trás para me ajudar. Acenei para eles em agradecimento e golpeei um painel na parede com a espada. Uma porta de emergência fechou o corredor que Clarys e os outros seguiram.

As Crônicas de Zesrhirya: GuerraWhere stories live. Discover now