Kim-Jeon Parte II

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NOTAS DA AUTORA:

Oi clã.
Não irei me prologar aqui, apenas dizer que eu estava com saudades de fazer att e que eu estou quase pulando de alegria, estou amando as interações de vocês, eu rio tanto com os comentários, continuem assim princesas e príncipes do meu coração.
E pedir mais uma vez para vocês darem uma chance a #Desiderium (é só da uma olhando no meu perfil para achá-la) e fazerem essa autora aqui muito feliz.
Espero que gostem.
Boa leitura.

— Min Yoongi

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— Min Yoongi. — falei devagar, as sílabas resvalaram para fora dos meus lábios em um tom mórbido e satírico. — Você nem sequer se deu o trabalho de esconder suas origens. Usou durante todo o tempo o sobrenome de sua dinastia. — exalei como um suspiro pesado.

— Por que eu esconderia? Ninguém fora das paredes desse castelo sabia da minha existência. — o cavalheiro sentou-se na borda da banheira, apoiando as mãos acima dos joelhos. Sua postura relaxada e feliz estava irritando-me a ponto de um nó se formar no centro da minha garganta. — Min Zhan, o grande lobo, o imperador, ou qualquer outro nome por qual aquele desgraçado era conhecido, escondeu-me como seu segredo mais obscuro e vergonhoso.

— Você assassinou seu próprio progenitor. — vociferei quando aquela informação ressurgiu nas minhas lembranças. A descrença estava nítida na minha entonação e moldada no meu semblante de sobrancelhas franzidas.

— Um ômega tão perspicaz. — zombou.

Yoongi pendeu a cabeça para o lado, um pequeno sorriso doce estendeu-se por seus lábios. O homem não se deu o trabalho de responder, pois, não havia o que responder. Todos, em qualquer reino asiático, tinham o conhecimento de que a existência do último imperador chinês fora findada pelo cavalheiro andante, de nome Min Yoongi. O que ninguém imaginou é que tratava-se de alguém que possuía sangue do seu sangue.

— É sobre isso que tudo isso se trata? — questionei, sem ocultar meu tom genuíno de curiosidade. — Vingança? — a sugestão pareceu ser cuspida dos meus lábios crispados.

— Eu não direi que não fora satisfatório mandar aquele velho alfa para o sétimo inferno, porque honestamente, aquela lua em que senti o sangue do grande lobo correr entre os meus dedos, fora uma das melhores noites da minha existência. No entanto, se fosse sobre isto, eu estaria saciado naquela noite, mas eu não estava. Andando pela Ásia, eu vi a realidade dos reinos, atrás das muralhas dos castelos, ou como no caso da China, atrás das muralhas da capital. Plebeus não vivem entre o mármore, os móveis de madeira nobre e as camas confortáveis. Suas mesas não recebem banquetes todas as noites e manhãs. As crianças não possuem hanfus, hanbonks, quimonos. Nem sequer sonham com alta alfaiataria, pedras preciosas, vinhos das melhores safras; pois tais coisas não fazem parte da realidade de nenhum aldeão. Mas sabe qual a pior parte? — Yoongi questionou de modo retórico e desdenhoso. — Quando camponeses veem lobos vestidos a fio de ouro, com coroas sobre suas cabeças e taças abastecidas a qualquer momento, eles acreditam que seja justo que as coisas aconteçam deste modo. E por que? Porque lobos são seres espirituais, a prova da existência divina e da regência da natureza no controle da vida. — cuspiu as palavras torcidas em ironia ácida. — Essa manipulação e alienação está enraizada como uma erva daninha dentro das mentes humanas. As pessoas não conseguem perceber que não é justo que os lobos tenham tudo para si. O ouro e a glória. — esbravejou.

O último ômega (Kth+Jjk)Where stories live. Discover now