Escuridão

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NOTAS DA AUTORA:

Oi clã. (eu morro de fofura com as leitoras que respondem meu "oi" hsushsus)
Boa leitura.

— Você! — Jae esbravejou ao surgir na ponta oposta do corredor principal da ala sul

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— Você! — Jae esbravejou ao surgir na ponta oposta do corredor principal da ala sul. O longo vestido lilás que a beta trajava parecia formar um tornado de sedas ao redor de suas pernas longas à medida que ela andava pisando alto na minha direção. — Você, seu tolo egocêntrico e mesquinho alfa. Como é capaz de fazer isso com ele? — A garota interrogou, dando-me um empurrão através do tórax. Honestamente, a força depositada em seu gesto apenas feriu ela mesma, pois eu não saí um único centímetro do lugar.

— Dongsaeng... — Eu tentei começar a falar, mas os praguejos que saltaram dos lábios da beta não transmuta, impediram-me.

— Como você pode fazer isto com o Hobi oppa? Por que ordenar que ele case-se comigo? Por que humilhá-lo desta maneira? — Jae não seria capaz de atos contrários à boa etiqueta, como o de gritar no meio do castelo e em frente aos guardas que acompanhavam-me, se não estivesse evidentemente fora de si. Ela estava tão pálida, que parecia prestes a desmaiar.

— Humilhá-lo? — Minha voz oscilou de espanto. — Do que estais falando, dongsaeng?

— Sabes do que eu estou falando. Você ordenou que Hoseok casasse com a beta defeituosa de sua alcateia, eu suportei a humilhação a minha existência inteira, estou acostumada a ela, porém outra pessoa não precisa sujeitar-se a isto também. — A mais jovem pareceu não aguentar mais as emoções que tentava comportar dentro de si, e entregou-se às lágrimas. Ela escondeu a face entre as palmas das mãos, fazendo com que o som de seus soluços saíssem asfixiados.

Um desconforto pesado subiu pela minha espinha dorsal, deixando minhas costas rígidas. O peso da culpa apossando-se do meu corpo. Era um dos preços que eu iria pagar.

— Não necessito mais de seus serviços, senhores, tenho companhia agora. — falhei para os cavalheiros da guarda real que faziam minha proteção na ausência de Yoongi. — Venha, Jae, vamos conversar. — Puxei-a suavemente pela cintura adentrando a biblioteca, que por sorte estávamos em frente. Jae não ofereceu resistência em vir junto a mim.

A biblioteca ocupava um andar inteiro na ala sul, o local armazenava dezessete mil exemplares de livros e exigia o cuidado de quarenta bibliotecários, e vinte mestres das palavras para manter-se em funcionamento. Naquele instante o lugar estava banhado pelas luzes fortes das velas e pelo silêncio absoluto, exceto, pelo vento noturno batendo nas venezianas fechadas. Guiei a garota até uma das longas mesas de carvalho postas entre os corredores demarcados pelas colossais estantes de livros. Sentei-a sobre o móvel frio e posicionei-me próximo a suas pernas. Peguei o rosto da beta entre as mãos, obrigando-a olhar para mim:

— Jae dongsaeng, o quê você quer dizer com humilhá-lo?

— Tae, os meus genes lupinos não despertaram, e possivelmente nunca irão, como eu poderei gerar filhotes assim? Se a intenção deste casamento é as crias que devemos gerar juntos então, eu somente trarei desonra aos Jung e aos Hangul. Por favor, Tae, não faça-me passar por isso. Não quero ser ainda mais discriminada por não conseguir dar filhos com genes lupinos para o Hoseok, ou pior, dá-lo herdeiros com genes defeituosos como os meus. E ele não precisa sofrer com a minha incapacidade. — Jae encarou-me por alguns segundos com um olhar aflito. As lágrimas brilhavam friamente em seus olhos cor de mel. Eu podia ver o medo de ser outra vez rejeitada e ignorada aumentando progressivamente, moldando-se em um desespero nítido em seu semblante delicado. As lágrimas umedeceram os meus próprios olhos de forma considerável. Eu não suportava assistir o sofrimento dela, sem poder fazer nada para pausa-lo.

O último ômega (Kth+Jjk)Where stories live. Discover now