Sim

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NOTAS DA AUTORA:

Oi clã. Como vocês estão?
Eu estou super feliz, eu nunca pensei que ia ser tão bem recebida aqui no Wattpad, 900 votos PORRA! MUITO OBRIGADA!
Vocês são incríveis demais.
Ei? Você já ouviu a palavra de Desiderium hoje? Pois se não, abra meu perfil e confira. Amém.
Hauahauha
(É só uma brincadeira, não se ofendam.)
Boa leitura.

)Boa leitura

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Dor.

Eu pensei que conhecia o significado da dor. Não somente a palavra; os sinônimos, às implicações, as vertentes de linguagem. E eu pensei que a conhecia por ser uma palavra que rompia as barreiras do vocabulário e materializava-se em algo literal na minha existência, afinal eu já havia sentindo a dor física, e também as dores da traição, do medo e da aflição. Dores da minha alma. Eu realmente imaginei que a conhecia, como uma visita de uma velha amiga, sabia que poderia fazer-me sofrer por algum tempo, pois estava de passagem, porém iria embora em algum momento. Eu estava errado. Eu apenas conheci a dor verdadeira quando um único choro de recém-nascido preencheu a cama de sangue e somente um aroma lupino cobriu o cheiro do líquido férreo.

Eu não pude lutar com aquela dor. Eu sucumbi junto dela, sendo arrastado para um buraco negro dentro da minha mente. Apenas a escuridão e o frio como companhia, por horas a fio.

A luz agitou-se ainda por baixo das minhas pálpebras fechadas. Meramente o som da minha respiração vacilante e de um outro par de pulmões quebravam o silêncio, oposto a horas anteriores quando meus gritos, as vozes de médicos e anciãos fundiram-se no ar daquele ambiente, minhas narinas inflaram, o ar límpido tomou minhas veias respiratórias. Nada de suor, sangue, tampouco pavor. Eu senti os tecidos por baixo da minha pele, macios e suaves. Trocados recentemente, pois se não estariam com as marcas dos meus dentes, das garras dos filhotes e da bolsa de água trucidada.

Eu senti dedos rolando ao redor das minhas orelhas, escondendo alguns dos fios do meu cabelo atrás da mesma. Afagando uma carícia na região. Eu reconhecia o calor e a delicadeza do portador daquele toque. Abri os olhos, dificilmente, o rosto de Kim Taehyung fora ganhando forma na claridade de pouco à pouco.

— Olá, príncipe. — a voz doce e gentil recebeu-me adornada de um pequeno sorriso de lábios fechados. Eu pisquei forte algumas vezes, tentando pôr sua face no centro da minha visão ainda embaçada. Como o mais natural dos reflexos, tentei mover-me no colchão de penas e o fiz, exceto por uma região no meu estômago, facilmente. Minha mão alcançou onde a minha barriga gigante que viera atrapalhando meus movimentos nas últimas vinte luas, deveria estar, mas não estava lá. É claro que não estava. Os filhotes tinham rasgando o caminho para fora dela. O que estava ali agora era meu ventre vazio e minha pele costurada com dezenas de pontos. — Os médicos costuraram sua barriga, para conter seu sangramento e selar as feridas. Disseram que nós tivemos sorte, seus órgãos estomacais não foram danificados pelas transmutações, os filhotes saíram a tempo. Tudo o que você terá será a cicatriz quando os pontos cicatrizarem. Fomos abençoados pelos deuses, ninguém esperou que seu corpo humano resistiria, porém fora tudo tão veloz e abrupto...

O último ômega (Kth+Jjk)Where stories live. Discover now