Jogo

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NOTAS DA AUTORA:

Oi clã.
As att ocorrerão todas as quartas e sábados.
Boa leitura.

Boa leitura

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Jung-kook.

Sussurrei o nome como se fosse parte de uma canção. Ressalvei o dedo sobre o pergaminho amarelado que anciã Dae havia entregado a mim quando a reunião acabara. Era quase um dossiê sobre o ômega: Dezoito anos. Alfabetizado. Não tivera o primeiro cio. Saudável. Virgem. As informações prosseguiam ao longo do documento.

Meu olhar fora atraído para o nome marcado no topo do pergaminho outra vez, Jung-Kook. Se eu acreditasse em destino, diria que nós éramos predestinados um para outro. O último ômega criado especificamente para o último alfa a nascer no reino da Coreia do sul, porém a realidade é simplesmente cruel e havia jogado Jung-kook no meu caminho. Azar o dele.

— Amo-te mais que minha própria existência. — Meu pai proclamou no instante em que adentrou meu aposento particular, sem se anunciar. Seu aroma natural de topázio penetrou em cada parede e fez minhas narinas inflarem, o cheiro amadeirado era tão poderoso quanto sua presença. — Não duvide disso nem por um segundo.

— Como eu duvidaria, afinal vossa majestade somente ameaçou executar-me uma única vez. — enfatizei minhas palavras com sarcasmo e não me dei o trabalho de desviar o olhar do pergaminho para enviá-lo em direção ao monarca.

— Minhas palavras foram de um rei, mas guiadas pelo coração de um pai. Estou tentando ganhar tempo, para que você tenha um longo reinado, para que seu futuro herdeiro cresça em paz e quando ele atingir a maior idade você tenha sabedoria o suficiente para lidar com o problema que ele enfrentará, filho.

— Não importo-me. — confessei-lhe soltando todo o peso do meu corpo na cadeira acolchoada por almofadadas carmesim, no mesmo momento em que apertava os dedos contra minhas têmporas fechadas. — Eu faria mesmo sem a ameaça.

— Faria? — Uma ruga de curiosidade se formou entre suas sobrancelhas.

Kwan puxou a cadeira que estava posta do outro lado da pequena mesa e tomou o acento para si. Olhar para ele era como ver meu reflexo no espelho do futuro. Eu herdara dele o mesmo cabelo negro, pele levemente dourada, lábios vermelhos. Até nos detalhes minúsculos como a manchinha sobre o nariz, as sobrancelhas grossas e o sorriso quadrado éramos semelhantes. Pouquíssimos traços nos diferenciavam, além da idade; mesmo eu sendo muito alto, meu pai ainda possuía uma estrutura maior que a minha, entretanto seus ombros não eram tão largos quanto os meus. E, enquanto a pele do meu rosto era completamente lisa a dele era coberta por uma barba negra rente as bochechas, maxilar e queixo.

Eu percebi que haviam sombras escuras embaixo de seus olhos, sua pele estava com aspecto doentio e seus lábios ressecados. O rei lobo parecia completamente exausto. Quantas noites de sono os meus futuros problemas estavam retirando-o?

O último ômega (Kth+Jjk)Where stories live. Discover now