Capítulo 33: Sonhos

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POV: REGULO

Olhei para Hermione sentada na grama pintando algo, a roupa era o mesmo vestido de morangos que ela usava quando a conheci, o rosto calmo, e os longos fios loiros que refletiam no sol. Sorri, e me sentei ao lado dela. 

- Oi. - Ela disse calmamente. - O dia não está lindo hoje? 

- Sim. - Concordei. 

- Falei com Marlene hoje, ela disse que Aelin não está ansiosa para ir para Hogwarts, mesmo faltando tempo, ela está com medo de sentir saudades. - Hermione disse com o sorriso mais lindo do mundo, em seu rosto. 

-  Ela é uma criança, ainda vai amar Hogwarts como qualquer outra. - Falei, a beijei, deitando na grama. O dia estava perfeito, nem muito quente, nem muito frio, o pior era, que eu sabia estava sonhando, pois nunca me senti tão leve, e Aelin nem sabia falar.

- Verdade. - Hermione disse. - Me traz um copo de água? 

- A cozinha é perto. - Falei rindo. 

- Eu estou cansada. 

- Ok. - Sorri e beijei sua testa. Fui em direção da cozinha, porém no exato momento em que eu atravessei a porta o cenário mudou completamente. Eu estava em uma espece de Bosque, uma criança que aparentava ter 4 anos, pintava calmamente em uma mesa. 

- Desculpe-me, está perdida? - Perguntei, a garotinha se virou para mim, não poderia perceber seus olhos escuros vivos, e amáveis, o rosto tinha o forma amável igual a alguém que eu conheci, e amei a muito tempo, o mesmo olhar me olhando com a cara feia, irritada, por instante esqueci que era apenas um sonho, de certa forma, queria ficar lá com ela, proteger ela, como não havia feito da ultima vez. Pensei como séria tudo se fosse diferente. Me sentei ao seu lado na cadeira, mesmo a cadeira sendo pequena para mim. - O que está pintando? 

- Não vou te falar.

- Por que não vai? 

- Você esqueceu da mamãe. - Ela disse, olhei no papel e tinha um borboleta azul. 

- Não esqueci da sua mãe, nunca vou esquecer. - Respondi. 

- Por que está com aquela garota loira agora? 

- Por que eu amo ela. - Isso não poderia negar, eu amava ela, mas ainda não a disse isso. 

- Viu, você esqueceu da mamãe. - Ela disse, não estava brava, aparentava tristeza. - Esqueceu de mim...

Engoli seco, queria sair logo daquilo, era horrível ouvir isso de uma criança tão pequena. 

- Nunca. 

- Você está querendo sair. - Ela colocou as pequenas mãozinhas no papel, e fez a borboleta que a desenhava ficar real. - Você está vivo, eu não.

- Eu sei. - Falei.

- Por que se lembra tanto de mim, sendo que nem me conheceu? 

Segurei uma das mãozinhas, pela primeira vez havia tocado na minha filha...

- Por que tem coisas que não dá para esquecer. - Respondi. 

A garotinha me abraçou, e sussurrou no meu ouvido. 

- Acorda papai, você pode ter esquecido da mamãe, mas a sua não esqueceu de você, e o outro vai crescer com magoa. - Ela disse, aos poucos o local foi desmontando. 

"O outro irá crescer com mágoa?" O que aquilo significava, quem seria o outro? 

Abri meus olhos, e respirei fundo. Me levantei, e fui até banheiro, lavei o rosto, me acalmei. 

- Minha mãe adora ela, não sabemos ainda como ela consegue criar a formar da idade que ela teria agora, mas é muito divertida. - Disse uma voz masculina, me virei era Arkell, ele estava na porta. 

- O que está fazendo aqui? 

- Tive que tira-la de lá, não pode fazer isso, tecnicamente ela nem deveria estar lá. - Ele dissse. 

- Por que estava lá? 

- Meu querido, eu nem sei direito por que estou aqui, acha que vou saber por que o espirito da sua filha invadiu a sua cabeça enquanto dormia? Tipo, cuidar de bolinhas que tiveram a vida interrompida não é fácil, e ainda penso: Por que não reencarno? Aí eu lembro que a minha irmã é um projeto de Celaena Sardothin, só falta ser uma assassina, por que impulsiva, loira, ama chocolate, e só faz besteira já é. 

- Esqueceu dos livros. - Falei. 

- Verdade. 

- Não sabia que gostava de ler. 

- Não gosto, mas ouço ela falar, e se ouvir o nome Rhysand de novo, eu morro, de  novo. - Ela disse evaporando. 

Me troquei, sabia que iria passar o resto da manhã em tribunal, mostrando coisas que façam a minha mãe ser presa, resumindo, mas um dia normal na minha vida? 

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