Capitulo 41: Sonhos pt2

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POV: HERMIONE

Saí pela porta, e caí em uma floresta, uma linda floresta, não era algo assustador ou algo que poderia temer um dia. Uma criança de cabelos escuros estava sentada em uma mesinha virada de costas para mim. 

- Oi.  - Perguntei. - Está fazendo algo? 

- Bom, sempre estou fazendo algo. - A garotinha respondeu, não deveria ter mais de 4 anos, pensei. Me sentei ao seu lado. 

- Que bonita, a sua pintura, é uma borboleta? - Perguntei, de novo, uma coisa que aprendi durante toda a minha vida, perguntar não matava. 

- Claro, o que achou que poderia ser sem ser uma borboleta? 

- Nada, qual é seu nome? 

- Eu não tenho um nome, não fui nomeada antes morrer. - Ela disse. - Me mataram quando eu estava na barriga de minha mãe, não tenho nome. 

- Tem algum goste que gostaria de ser chamada, ou sua mãe a chama por um nome? 

- Minha mãe, é uma guardiã, nunca a vejo do outro lado, mas tenho um guardião para mim...Ele ficaria bravo ao saber que invadi a cabeça de outra pessoa, mas ele voltou a vida. 

- Como ele fez isto? 

- Ninguém sabe. - Ela disse. - Seus pensamentos tem cheiro de baunilha, e creme de manteiga. 

- Obrigada...? 

- Quantos anos tem? 

- Farei 18 em uma semana.

- Ah sinto muito...Vamos andar? Estou cansada de ficar sentada. 

- Ah, ok. - Falei, aquela criança me assustava.

- Não precisa ter medo de mim, obviamente não gosto de você, mas o papai me explicou que nunca substituíram a mamãe, ele apenas tinha que seguir em frente. - A garotinha fez a borboleta que desenhava sair do papel. 

- Isto é incrível. - Falei. 

- Eu sei, eu geralmente mando para meu irmão  e para as minhas primas, eles estão vivos. 

- Legal...Tem algum nome que goste de ser chamada?

- Não, mas gosto Mia, Poppy, Elizabeth também, tem tantas opções. - Ela disse saltante, e fez sinal para segurar sua mão. Segurei, e sorri para ela. 

- São nomes muito bonitos. - Entramos em direção do caminho, me aproximei de algumas flores, Amélias. - Olha, Amélia. 

- O que é isso? 

- São flores, se chamam Amélia, são muito bonitas não? 

- Sim, são...- Ela abaixou a cabeça. 

- O que houve? 

A garotinha ficou pensativa. 

- A tia Celeste não gostava de você por causa da mamãe, mas você é bem mais legal do que pensei. 

- Tia Celeste? 

- Ops...Olha, as flores. - Ela disse. - Me chame de Amélia. Amélia Greengrass. 

- Amélia Greengrass Black, eu presumo não é mesmo?

A garotinha de cabelos escuros colocou as mãozinhas para traz, por que Regulo não havia me dito que havia perdido a filha e a namorada para mim?Ok, ele fala que me ama, transa comigo, mas não fala de um trauma? Qual é o sentido disso? 

- Não fica brava, nem passou pela cabeça dele que você iria descobrir...

- Pior ainda. - Falei, e me sentei em uma pedra, e a olhei. - Você disse que tinha um irmão, quem é ele? 

- Eu não posso dizer, mas ele é filho da garota. 

- Qual? 

- Aquele machucou o papai...Por isso tá grávida.

Peguei uma pedrinha do chão e joguei em árvore.

- Ele só me disse que ela tentou matar a irmã dele.

- Você está brava? Melhor acordar.

Abri os olhos, estava em meu quarto. AMÉLIA! Minha cabeça gritou, peguei meu celular e liguei para Regulo, estava nervosa, com ódio, e pena, não sabia distinguir.

- Oi amor, não está cedo?

- Amélia invadiu a minha cabeça enquanto eu dormia.

- Quem é Amélia?

- Sua filha, sua filha com Nyx Greengraas...- Minha voz saiu rouca. - A melhor amiga de Celeste, por isso ela me odeia, mesmo eu não tendo feito absolutamente nada, tudo faz tanto sentido agora!

- Calma...

- Estou calma. - Engoli algumas lágrimas.

- Mais tarde nos falamos.

- Quer saber, foda-se. Eu sei que você sofreu, eu sei, mas tudo gira em torno de todo mundo menos de mim, agora que eu preciso de um pouco do seu precioso tempo, você fala mais tarde? Sério mesmo Regulo? Eu descobri mais coisas sobre a sua vida com a sua filha morta invadindo a minha cabeça por que não gostava de mim! ENTÃO ESPERO QUE COM TODAS AS MINHAS FORÇAS SE FODA! - Gritei, tia Euphemia me olhou na porta. Desliguei o celular.

- Está tudo bem? - Ela disse sentando ao meu lado.

- Não...- Falei caindo em lágrimas.

- Quer alguma coisa? - Apenas a abracei.

- Minha mãe.

Ela passou a mão pelos meu cabelos.

- Sinto muito querida.

Se As estrelas soubessemTempat cerita menjadi hidup. Temukan sekarang