A Marca de um Alfa

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Acasalar, por muito tempo, era a principal função de uma união entre os lobos. Gerar descendentes era tradição para os pais, que quase sempre não se importavam com o desejo dos filhos, pois no fim das contas procriar era uma prioridade para o bando em um mundo devastado.

A maioria dos relacionamentos impostos tem um final infeliz. Jimin muitas vezes imaginou um futuro onde seria cortejado pelo alfa que entrou na sua vida em uma bela manhã de outono.

Seu primeiro amor platônico.

Jungkook, quando mais novo, esperava ano após ano ansioso para sua primeira caçada chegar. Sonhava em trazer uma bela presa para um certo ômega de bochechas rosadas que conheceu na aldeia. Sabia que sua família seria muito rígida, no entanto, ninguém o impediria de cortejar aquele baixinho.

O primeiro amor às vezes é algo meloso e sem maldade. Muito diferente do desejo carnal e da excitação lasciva do sexo. Não importa o quanto se planeja, no fim, alfa e ômega encontraram um jeito nada convencional de ficarem juntos.

...

O que eles tinham era puro instinto. Como qualquer outro ser vivo que é movido por impulso. Não precisavam de muita experiência para sentir e dar prazer um ao outro. Teriam muitos anos pela frente para aprender formas diferentes de satisfazer seus desejos.

Nada que um livrinho ilustrativo, escondido no guarda-roupa do alfa, não pudesse ensiná-los mais tarde. Relíquias de uma época em que o mundo não era tão severo com os seres-viventes.

— Faça amor comigo, Jungkook — Jimin sentia suas bochechas esquentando.

Porém, não era o momento para se envergonhar. Estava com o seu alfa. Jungkook o escolheu e como todo ômega adulto, Jimin sentia a necessidade de seduzir mais o lobo que o marcou.

Jeon tentava não parecer um louco, afoito. Mas ao ouvir um pedido daqueles lábios pecaminosos, era impossível controlar o seu lobo. Ele se afastou do corpo menor para retirar o próprio casaco e a camisa que cobriam o tronco.

O jovem Park o observou com os olhos carregados de malícia.

Jungkook conhecia aquele olhar. Mesmo que Jimin tentasse passar despercebido. Era inevitável fugir da visão sagaz do alfa. Sempre que andava pela casa sem a parte de cima das roupas, era analisado minuciosamente pelo ômega curioso.

— Gosta do meu corpo, Jimin? — Jeon tentava controlar o seu tom rouco. Porém, sua voz estava mais grave que o normal. — O treinamento dos alfas é bom para manter a forma, mas a verdade é que treinei muito pensando em você.

— Por quê?

— Imaginava que você ia gostar de olhar para o meu corpo se eu fosse mais forte — sussurrou.

Jimin mordeu o lábio inferior sentindo o gosto metálico de sangue.

— Você sempre foi gostoso aos meus olhos. O que mais você fez pensando em mim?

Jungkook segurou a mão do ômega, levando-a até o meio de suas pernas, pressionando os dígitos do mais velho sobre seu falo ereto.

— Eu imaginei tantas vezes essas suas mãozinhas me tocando, Jimin — seu pau estava pulsando dentro da calça. — Veja como você me deixa duro, só de pensar que logo eu vou estar dentro do seu cuzinho apertado... eu fico doido.

Jungkook rosnou.

— Jungkook... — o ômega gemeu sentindo seu corpo vacilar, mas reuniu suas forças para trocar posições. Se levantou do sofá, ficando de frente para o moreno que o mirava com expectativa.