Capítulo Seis

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Os astros informam: Me apaixonei pelo doutor bonitão

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Os astros informam: Me apaixonei pelo doutor bonitão

  — Por que me trouxe aqui?

 Disse terminando de passar um pouco de tinta no rosto. Will e eu decidimos nos pintar como caveiras mexicanas. Já que a maioria das pessoas estavam fantasiadas de mortos.  Ele grampeou no meu cabelo um pequeno ramo de flores ao lado da minha orelha.

  — Passo a minha vida dentro de salas fechadas. Quando não é alguma cirurgia é o trabalho do escritório. Não tenho tempo para me divertir. — suspirou. — Pensei que gostaria de um lugar assim. Diferente do que está acostumada.

  — Eu gostei muito. — lhe entreguei um dos meus melhores sorrisos. — Por onde vamos começar? O túnel da morte? Casa assombrada? O circo dos horrores?

  Estava muito empolgada, outro fato intrigante.

  — Tem medo de altura? — perguntou olhando para o folheto.

  Neguei com a cabeça. Coloquei as mãos para trás e impinei minha parte superior para frente e fiquei nas pontas dos pés esperando que ele fizesse alguma sugestão.

  — Montanha-russa? — disse sorrindo. — Podemos ir nela e a fila não está muito grande.

  — Não acho que seja uma boa idéia. —  fui obrigada a discordar apesar que ele estava tão animado quanto eu. — Meu estômago é fraco, não seguro comida por muito tempo quando fico muito ansiosa.

  — Posso dar um jeito nisso. — piscou e  levou sua mão na minha me puxando para a fila do brinquedo.

  Enquanto esperava pela nossa vez Will voltava de uma das barraquinhas com saquinhos de pão só que vazios.

  — O que é isso? — quis saber.

  — Eu disse que daria um jeito. — sorriu convencido.

  No carrinho apertei o cinto e segurei a barra de ferro como se estivesse segurando a minha própria vida. Não tinha medo de altura, porém depois de ter assistido premonição nunca mais havia ido a um brinquedo mais alto que dois metros.
 
  — Não se preocupe. — Will colocou sua mão sobre a minha. — Estou aqui.

  — Você sabe que caso esse carrinho estrague e estivermos no alto, nós dois já éramos não é?

  Minha preocupação era nítida igual meu amentrodamento.

  — E você sabe exatamente como estragar o clima. — disse com indignação. Não resistir e dei uma risada leve.

  — Me desculpa. — pedi, o encarei. — É que não estou acostumada com as pessoas cuidando de mim.
 
  Ele acariciou minhas mãos.

— Posso te dar um desconto. — zombou.

  Cinco voltas foram suficientes para a minha alma e a do Will saírem dos nossos corpos e cruzarem o além. Eu não entendia porque ele estava tão pálido e para completar eu havia vomitado nele quando o carrinho parou. Depois de dizer o quanto sentia muito decidir questionar se ele tinha medo de altura.

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