Capitulo Trinta e um

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                              Taylor

   FINALMENTE com o autorização do doutor Edward voltei para o meu trabalho. Claro que ele deu algumas restrições, teria que reduzi meus horários e repousar para evitar novas convulsões. Acordei com o Will dormindo ao meu lado, passei a mão no rosto e bocejei. Ele estava sem a camisa e dormindo como uma pedra, fiquei alguns minutos o encarando. Afastei alguns cabelos que estavam caídos na sua testa, os jogando para o lado. O quarto estava totalmente escuro, cortinas fechadas e o ar-condicionado ligado. Abri a gaveta da cômoda da cabeceira e tirei um pote com comprimidos, peguei um e tomei com água. Estava seguindo a risca a minha agenda de medicamentos.
   Deitei novamente na cama e fiquei olhando para o Will. Enquanto o olhava, a minha mente me guiava para uma vida futura feliz, uma casa grande, duas crianças correndo pelo jardim e nós dois abraçados e felizes. Suspirei chateada, parecia ser um sonho tão distante. Will se mexeu, em menos de segundos ele abriu os olhos.

  — Bom dia.

  Falei, ele se virou para mim um pouco confuso.

  — Bom dia. — sorriu. — Está acordada há muito tempo?

  — Poucos minutos.

  — Você está bem?

  Afirmei com a cabeça.

  — Como você está? — perguntei. Era evidente que ele estava com ressaca, já que implorou para manter as cortinas fechadas e por um café forte.

  Depois de um bom banho, desci para tomar café. Thomas não tinha passado a noite em casa, então seria apenas Will e eu. Nana preparou um pequeno café da manhã no jardim para nós dois.  Waffles, ovos, bolo, bacon, café, suco e entre outras opções.
 
  — Não vai comer? — Will perguntou.

  — Não estou com muita fome. — sorri. — Como foi na cirurgia?

  Ele fez uma expressão triste e fez não com a cabeça.

  — Sinto muito. — coloquei a minha mão sobre a sua. — Você está bem?

  — Um pouco. — sorriu. Ele apertou a minha levemente e agradeceu pela preocupação. — Hum, você está muito linda. Vai em algum lugar?

  Dei um risinho e respondi:

— Irei avaliar as lojas da Space Black que abriram aqui em Nova Iorque.

  — Não quero que se esforce muito.

  — Não vou. Mas confesso que estou com muito ânimo para andar por toda a cidade. — de fato, era verdade. Estava parecendo um pão velho esquecido no armário, depois de ficar dias em casa sem trabalhar, apenas olhando para o teto.

  Ele sorriu.

  — Isso me deixa feliz. Você tem andado muito sombria esses dias.

  — É, desculpa. — suspirei. — Estava deprimida. Agora que o Thomas sabe de tudo, sinto que estou traindo a  Makayla. E ela já está magoada comigo, e existem muitas possibilidades do Thomas ficar chateado comigo também.— coloquei a xícara na mesa. — E sinto que tô pesando você.

  — Amor, não está me pesando. — disse, rapidamente. Os seus olhos cresceram e ele ergueu uma das sobrancelhas. — Por que você não conversou comigo?

— Porque nós dois sempre falamos sobre o tumor, aí o assunto se torna dramático e melancólico.

Ele riu.

  — Mas por que você sente que está me pesando? — perguntou preocupado.

  — Bem, você é neurocirugião e está namorando sua paciente que tem um tumor. Sei que não está dormindo muito e se esforçando em pesquisas.

Um Amor Lindo Demais Where stories live. Discover now