Capitulo Trinta e cinco

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                        Will

   — Você conseguiu destruir o meu coração e eu jamais irei te perdoar por isso.

  O impacto de suas palavras martelaram por uns segundos em minha mente. Taylor olhava para mim de uma forma que nunca vi antes. Ela levou as mãos ao rosto limpando as lágrimas que ousavam a escorrer.
  Assim que ela deu um passo para se afastar segurei o seu braço, as emoções eram evidentes. Confusão, dor, raiva, tristeza. Totalmente abalada, nossos  olhares ficaram presos um ao outro junto a um silêncio que se findou por alguns segundos.

   — Baker.
 
   Supliquei para que ela ficasse. 

  — Doutor Brasart.

   Não tinha um sorriso nos seus lábios , nenhum calor na sua voz. Ela levou uma das mãos a boca e se desmoronou por completo. Um choro descontrolado a dominou, soltei seu braço. Respirei fundo, e a abracei. Toquei sua cabeça e escutei baixinho ela dizendo: " Não pode ser. "
   Ela rapidamente me empurrou.
   Parecia um gatinho assustado.
   Nunca pensei que para protegê-la, teria que quebrá-la da forma que fiz.
   Taylor se virou para o espelho, olhou seu reflexo e respirou fundo, em seguida colocou um sorriso belo ao rosto.

  Quando acontece algo que a faz passar por algum tipo de desconforto o que faz?

  Perguntei na nossa segunda consulta. Taylor sorriu e respondeu:

  Eu respiro fundo, puxo todo ar e o solto na mesma intensidade. E coloco um sorriso no rosto. Enquanto eu estiver sorrindo vai ficar tudo bem.

   Taylor olhou para mim novamente, e depois simplesmente pegou a sua bolsa e disse:

  — Não venha atrás de mim, porque juro que vou acabar com você.

  Ela disse e saiu.
  Dei um passo na sua direção, mas fui paralisado com o seu olhar ofuscante. Passei a mão entre os cabelos, em seguida por um momento de raiva soquei a parede com toda a minha força chutei a porta. O meu celular vibrou, era uma ligação do cafajeste do Otávio.
  Aceitei a ligação na mesma hora.

  — Seu desgraçado! — gritei sem ao menos pensar.

  Escutei sua risada estridente.

  — Tínhamos um acordo. — falei irritado. — Eu te entreguei o áudio.

  — E de brinde mandou a polícia bater na minha porta?

  Questionou com sarcasmo.
  O plano de Thomas deu errado totalmente.

  — Você já tinha o áudio, não queria vê-la arrasada? Não está satisfeito?

  — Não. — respondeu em um tom sarcástico. — Quero ver Taylor Baker humilhada. E um coração partido não será suficiente.

  — Deixe a Baker em paz se não...

  — Se não o que? — perguntou de imediato. — Eu disse que faria você se arrepender.

  — Afinal o seu problema é comigo ou com ela?

   Ele respirou fundo e após um minuto respondeu:

  — Se quer vê-la bem, fique longe dela.

  Otávio desligou a ligação.
  DROGA.
  DRO
  GA.
  O meu celular começou a vibrar com as inúmeras notificações do Twitter, Instagram, Facebook e mensagens no Whatsapp.
  

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