† 𝐇𝐨𝐫𝐫𝐨𝐫 †

꒰ Tem um monstro no meu armário ꒱

Devia ser cerca de 3:45 da manhã, quando acordei ao ouvir os gritos de minha filha. Imediatamente, levantei e fui até seu quarto. Quando cheguei lá, vi que ela estava escondida debaixo da coberta. Me aproximei lentamente e tentei acalma-la com minha voz. Sentei-me ao seu lado, e de forma calma, retirei o lençol que cobria seu rosto. Ela estava muito assustada.

Mesmo antes de perguntar o motivo dela estar assim, apenas a abracei e deitei sua cabeça em meu peito, fazendo carinho em seus cabelos e a beijando na testa. Após ver que ela estava um pouco mais calma, questionei o motivo de estar tão assustada. Ela se aproximou de minha orelha e sussurrou:

— Papai... Tem um monstro no meu armário.

Soltei uma breve risada e a peguei no colo, levando ela até meu quarto e a colocando deitada junto de minha esposa, que ainda estava dormindo.

Dei mais um beijo em sua testa e voltei até seu quarto. Achei que fosse melhor conferir se algum guaxinim tinha entrado na casa e invadido seu guarda-roupa. Pode parecer algo bobo, mas é uma situação comum aqui. Peguei um taco de beisebol que estava pendurado na parede e me aproximei lentamente do guarda-roupa, pronto para acertar o guaxinim.
Porém, quando cheguei mais próximo do móvel, percebi uma poça de sangue, cuja origem vinha de dentro do guarda-roupa. Sinceramente, fiquei amedrontado no momento, mas não podia ser nada demais, pois monstros não existem, não é?

Juntei o máximo de coragem que pude e, com um movimento trêmulo, abri a porta do móvel lentamente. A cena que eu presenciei era a única coisa que eu não esperava: o corpo de minha filha estava jogado no guarda-roupa. Seu pescoço estava cortado e seus ossos dos braços estavam quebrados. Eu estava totalmente pálido, sem reação, mas por um instante, voltei à consciência.

— S-se essa é minha filha... Quem eu deixei deitada com minha esposa?

Meu corpo inteiro estremeceu, mais do que eu achava que era possível. Foi quando eu ouvi barulhos de ossos sendo quebrados e alguns gritos vindo do meu quarto.