꒰ Jeffrey Dahmer ꒱

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.assassino em série.

Jeffrey Lionel Dahmer (21 de maio de 1960 – 28 de novembro de 1994) foi um serial killer americano, que assassinou 17 homens e garotos, entre 1978 e 1991, sendo a maioria dos assassinatos ocorridos entre os anos de 1989 e 1991. Seus crimes eram particularmente hediondos, envolvendo estupro, necrofilia e canibalismo.

Embora diagnosticado como portador de transtorno de personalidade borderline, transtorno de personalidade esquizotípica e transtorno psicótico, Dahmer foi considerado legalmente são em seu julgamento. Condenado por 15 dos 16 assassinatos que cometeu no estado norte-americano de Wisconsin, foi sentenciado a quinze penas de prisão perpétua em 15 de fevereiro de 1992. Posteriormente, no estado norte-americano de Ohio, Dahmer foi sentenciado a uma 16ª pena de prisão perpétua, dessa vez pelo homicídio de Steven Mark Hicks, ocorrido em 1978.

Em 28 de novembro de 1994, Dahmer foi espancado até a morte por Christopher Scarver, outro detento, com quem cumpria pena na Columbia Correctional Institution, uma prisão de segurança máxima no estado de Wisconsin.

Infância

Jeffrey era um menino típico sob a ótica de seus pais. Mais velho de dois irmãos, nasceu em 21 de maio de 1960, em Milwaukee, e agia naturalmente, até ser submetido a uma cirurgia de hérnia, aos 4 anos. Foi aí que se tornou recluso e solitário, mas, mesmo assim, não despertava maiores preocupações.

Os pais, Joyce e Lionel Dahmer, viam com naturalidade o hábito do filho de coletar cadáveres de animais na beira da rodovia e dissecar seus corpos. Para o pai, professor de química, separar os órgãos de bichinhos para "ver como funcionam" era natural para crianças interessadas por ciência.

Com o passar dos anos, Dahmer começou a consumir bebidas alcoólicas, tornando-se alcoólatra já aos 14 anos. Em entrevistas dadas anos depois, o rapaz assumiu que já tinha vontade de matar e praticar necrofilia nessa época, e apontou a separação dos pais como algo extremamente traumático durante sua juventude.

Depois do Ensino Médio, começou a frequentar a Universidade do Estado de Ohio, mas desistiu dos estudos e voltou para a casa do pai um anos depois do ingresso. Lionel Dahmer, contudo, tomou um susto ao encontrar o filho na residência quando retornou de uma viagem com a nova esposa.

O pai deu um ultimato em Jeffrey: ou arranjava um emprego, ou se inscrevia para o Exército. Dahmer optou pela segunda opção, mas não sem antes cometer seu primeiro assassinato, aos 18 anos.

Primeiros erros

Seis semanas antes de se alistar, Jeffrey convenceu Steve Hicks, de 19 anos, a fazer um "esquenta" antes de um show de rock. Mas o clima amigável do encontro acabou quando o colega disse que queria ir embora.

Jeffrey bateu na cabeça do rapaz até ele ficar inconsciente, o estrangulou e o matou. Então tirou as roupas do corpo de Hicks, se masturbou e ejaculou em cima do cadáver. No dia seguinte, o assassino dissecou o corpo e enterrou os restos mortais em uma cova rasa em seu quintal.

Semanas depois, quando parte do cadáver já havia se decomposto, desenterrou os restos mortais e dissolveu o resto da carne em ácido, descartando a "solução" no vaso sanitário. Já os ossos foram esmagados com uma marreta e espalhados na floresta atrás da casa da família.

Ninguém descobriu a autoria do crime até Dahmer confessá-lo, em 1991. Portanto, o rapaz foi mandado para o Exército onde viveu uma vida relativamente "normal" durante um tempo.

Após se estabelecer nas Forças Armadas, passou a drogar e abusar sexualmente alguns de seus colegas de pelotão. À época, algumas vítimas denunciaram os assédios, mas nada foi feito até março de 1981, quando foi "liberado com honras" — afinal, ninguém achava que os supostos abusos de repetiriam fora do Exército.

Casa da vovó

No período entre seu retorno do exército e o momento em que voltou a matar, em 1987, Dahmer passou por diversos empregos e residências, finalmente se fixando na casa de sua avó. Foi lá que retomou os assassinatos, sendo sua primeira vítima o jovem Steven Tuomi.

A dupla se encontrou em um bar e começou a beber, indo parar em um quarto de hotel, onde acabaram dormindo. Na manhã seguinte, Dahmer encontrou o parceiro morto, sem nenhuma lembrança das atividades da noite anterior. Em relatos posteriores, o assassino afirmou que não queria matar Tuomi, mas apenas drogá-lo e assediá-lo: "Não podia acreditar no que havia ocorrido", disse aos investigadores.

Como estava em um quarto de hotel, comprou uma mala grande para transportar o corpo de Tuomi até o porão de sua avó, onde ele desmembrou e se masturbou no cadáver antes de descartar os restos mortais — menos a cabeça, que manteve em casa por pelo menos 2 semanas.

Tempos depois, a avó de Dahmer se cansou das noites de embriaguez e "promiscuidade" do neto, e resolveu expulsá-lo de casa. Ela também chegou a se queixar de um cheiro estranho vindo dos cômodos da casa habitados pelo familiar, mas não podia imaginar que os corpos de dois jovens se decompunham ali, em sua propriedade.

Então, Dahmer arranjou um apartamento e passou a seduzir e matar os rapazes que tinham o azar de cruzar seu caminho. Até 1991, quando foi pego, o serial killer fez 17 vítimas — que não foram apenas assassinadas a sangue frio, mas estupradas e violentadas, além de esquartejadas e devoradas.

O Canibal

Jeffrey Dahmer se tornou um dos assassinos em série mais famosos da história, não apenas pelo extenso número de assassinatos, mas também pelos requintes de crueldade e loucura que apresentava às vítimas.

De acordo com biógrafos e criminologistas que estudaram o serial killer, ele saía para beber em algum bar local, onde demonstrava interesse, seduzia e convencia a vítima em questão a ir para seu apartamento. Lá, drogava e estuprava os rapazes antes de estrangulá-los. Em alguns casos, sadomizava os corpos ou se masturbava, ejaculando sobre os restos mortais.

Depois, Dahmer costumava desmembrar os cadáveres ritualisticamente, tirando fotos de cada etapa do processo e guardando os registros em uma espécie de "altar". Após alguns assassinatos, ele passou a guardar parte da carne e dos órgãos internos de sua vítima em sua geladeira, o que levou os investigadores a concluírem que o rapaz praticava canibalismo.

Para se desfazer do corpo, Dahmer colocava os membros em barris com ácido, mantendo-os na casa por semanas até sua decomposição total, quando despejava os restos no ralo ou no vaso sanitário.

O "Canibal de Milwaukee", contudo, tinha um ritual particular para a cabeça de sua vítima. O homem a matinha no congelador por um período, usando-a para se masturbar ou "praticar seu beijo na boca". Depois, fervia o membro em água e "descolava" a pele do cadáver, mantendo o crânio exposto sobre sua mesa de cabeceira, ou outros móveis.

Quando foi preso, Dahmer confessou ter variado seu método com o passar do tempo, principalmente porque "não queria que os rapazes morressem". Um desses casos foi o de Konerak Sinthasomphone: Dahmer fez um furo no crânio do garoto enquanto ele dormia e jogou água fervente no orifício. De acordo com ele, estava tentando mantê-lo vivo, mas garantir que a vítima "jamais o abandonaria".

Outro fato importante sobre o assassino é que suas vítimas eram majoritariamente homens negros (quando não, latinos). Apesar de nunca ter dito escolher os rapazes pela cor da pele, o padrão chamou atenção e foi fruto de estudos por diversos criminologistas. Para alguns, o fato é apenas uma coincidência, dada a região dos Estados Unidos em que Dahmer vivia, para outros, o perfil escolhido demonstra o racismo — direto ou velado — por parte dele.

Após sua captura, Jeffrey Dahmer confessou os crimes, detalhando os eventos e explicando gráfica e precisamente o que havia feito com cada vítima. Para surpresa da Justiça, entretanto, ele se declarou inocente por insanidade.

O assassino foi analisado por diversos profissionais, tanto pela defesa quanto pela acusação, o que acabou atrasando o julgamento. Ao fim do processo, contudo, a Justiça não aceitou a alegação de insanidade de Dahmer, e ele foi condenado a 15 prisões perpétuas.

Sua vida na prisão foi pouco movimentada. De acordo com relatos, o serial killer se voltou para a religião e tentou viver uma vida pacata. Em 2015, Christopher Scarver, que esteve preso com Dahmer, relatou ao New York Post que o assassino organizava sua comida no prato para parecerem órgão humanos, o que o perturbava. Segundo ele, foi por isso e pelos crimes cometidos pelo "Canibal" que, em novembro de 1994, Scarver espancou Dahmer até a morte.

† 𝐇𝐨𝐫𝐫𝐨𝐫 †Onde histórias criam vida. Descubra agora