꒰ Natascha Kampusch ꒱

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3096 dias de cativeiro
.caso real.

Em 2 de março de 1998, uma mulher ligou para a polícia de Viena, se apresentou como Brigitta Sirny e disse que sua filha de 10 anos, Natascha, havia desaparecido. Aparentemente, ela tinha voltado de férias da Hungria com o pai alguns dias antes. Na segunda-feira, foi para a escola e não voltou mais.

A mulher ligou para a escola, mas disseram que Natascha não tinha aparecido por lá naquele dia. Foi então que sua mãe decidiu falar com a polícia.

As autoridades começaram a busca imediatamente. A primeira coisa que fizeram foi inspecionar o trajeto entre a casa dela e a escola. Eles usaram cachorros treinados para fazer a busca, mas não acharam sinais dela.

Os policiais começaram a pensar que a menina tinha sido sequestrada e, por isso, começaram a entrevistar possíveis testemunhas. Uma aluna de 12 anos, ao se apresentar para a polícia, declarou que a viu sendo colocada de maneira forçada em uma van branca.

Os policiais, ouvindo a história da aluna, decidiram fazer uma busca que coincidisse com a descrição do veículo. Também foram feitas buscas na Hungria, de onde ela tinha chegado dias antes. Como ela estava com seus documentos, ela podia cruzar a fronteira, seja por vontade própria ou não.

Nesse momento, o ex técnico Wolfgang Přiklopil, da cidade de Strasshof an der Nordbahn e que tinha uma van branca, caiu na mira da polícia. O homem explicou que o carro fora usado para transportar material de construção. Os detetives realizaram um questionário normal e descobriram que no dia 2 de março ele esteve sozinho em casa.
Dado que a polícia teve que verificar aproximadamente 700 carros e entrevistar aproximadamente 700 pessoas, eles não deram tanta importância a Přiklopil.

Ele foi rapidamente esquecido e a polícia não descobriu que em um quarto secreto de 5 m², Wolfgang escondia uma garota de 10 anos, completamente aterrorizada.

O quarto onde Natascha se encontrava, ficava a 2,5 metros de profundidade. Ele não tinha janelas, apenas um ventilador, e era fechado por duas portas, uma delas muito pesada.

O quarto tinha isolamento acústico, por isso todas as tentativas de Natascha para fazer barulho e chamar a atenção dos vizinhos eram falhas.

A única maneira de entrar no quarto era através da garagem de Přiklopil. A primeira porta estava escondida atrás de um velho armário.

Durante 6 meses Natascha foi proibida de sair da prisão improvisada. Quando Wolfgang sentiu que ela estava começando a confiar nele, passou a permitir curtos passeios.
O quarto era decorado como ela queria: tinha uma televisão, uma lousa, uma mesa e uma cadeira. Todo esse tempo, o sequestrador trouxe para ela muitos livros, jornais e jogos.

Em 2004, os detetives encarregados da busca foram na direção errada. Eles pensaram que ela estava relacionada com o francês Michel Fourniret, condenado pelo mesmo delito. Mas não foram encontradas evidências que o ligassem a ela.

Enquanto isso, Přiklopil acreditava cada vez mais na perfeição de seu crime. Em 2005, ele relaxou um pouco e não apenas deixou que Natascha andasse pela casa, como também no jardim. Depois de um ano, ele permitiu que ela nadasse na piscina dos vizinhos.

Há boatos de que ele levou a menina, então com 17 anos, para esquiar, sempre com cuidado para que ela não escapasse.

Os objetivos de Přiklopil não eram certos. Segundo Natascha ele a sequestrou para que ela realizasse trabalhos em casa.

O sequestrador controlava seu horário e fazia o possível para que ela continuasse estudando. Ao mesmo tempo, ele dizia que a saída do quarto tinha explosivos, fazendo com que ela não saísse sozinha. Às vezes, ele a ameaçava de morte. Muitas vezes ele usou a força bruta para tranquilizá-la.

† 𝐇𝐨𝐫𝐫𝐨𝐫 †Where stories live. Discover now