Capítulo 7

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(POV S/N) 

MERDA, ela estava tão perto e sentir o perfume dela fazia a todas as sensações do beijo voltarem. Eu estava surtando, se eu já tinha surtado somente quando ela segurou minha mão na roda gigante, imagine agora com ela literalmente cara a cara comigo. 

V: O que está fazendo? -Perguntei engolindo seco. 

Charli: Tentando beijar você. -Disse rindo. -Não é óbvio? 

V: Sim, quer dizer não, eu não sei. 

Ela sorria com meu nervosismo. 

V: Está rindo de mim, D'amelio? -Perguntei rindo. 

Ela ainda estava com o rosto perto do meu, com uma das mãos apoiadas na parede. Agora, minhas mãos em sua cintura são inevitáveis. 

Charli: Não estou rindo de você, é que você é muito fofa. -Falou sorrindo, desviando seu olhar para o chão. 

V: Eu sou fofa? Olha para você D'amelio. Você é tão fofa, tão...linda. -Falei fazendo ela me encarar-Caramba, e quero tanto beijar você...

Ela sorriu mordendo o lábio inferior. 

Charli: E eu quero muito que você me beije...

Coloquei as mãos em sua nuca e a puxei para um beijo.  O tempo parecia parar e sei que isso é clichê, mais fazer o quê? Era como eu me sentia. Ela agora segurava minha jaqueta com força, enquanto nos beijávamos. 

Teríamos ficado ali nos beijando, se não fosse uma batida na porta. 

Dylan: (S/n)? Tá tudo bem? 

V: An...sim. Já estamos descendo. 

Ouvi o barulho de passos se afastando. Me surpreendi com sua desistência fácil. 

V: Precisamos voltar. -Falei finalmente saindo do espaço entre ela e a porta. 

Charli: É, precisamos. 

Abri a porta, mais antes de sair, ela deixou um selinho em meus lábios. E óbvio, me deixando com um sorrisinho no rosto. 

Quando descemos, minha mãe estava em um ótimo diálogo com a mãe de Charli. 

Heidi: Pois é, Charli está com um sério problema com matemática. -Falou enquanto minha mãe colocava mais vinho na sua taça. 

Charli: Mãe! -Repreendeu a garota, sentando na mesa. -Não precisamos detalhar meu histórico escolar. 

(S/m): Sem problemas, querida. Já pensaram em professores particulares? 

Dylan: Eu sou até bom em matemática, se quiser ajuda. 

Bruce riu ao meu lado. 

Dylan: Estou com cara de palhaço para você? 

Bruce: Não, nunca acharia um gênio da matemática com "cara de palhaço". 

Dixie: Já que é um gênio. Pode me dizer para que serve a bhaskara? 

Dylan: An...somar os números. 

V: É para resolver equações de segundo grau, gênio. 

Dylan: Eu sabia, só estava testando vocês. 

Bruce: Isso era porque eu estava testando ele. -Falou baixo no meu ouvida, me fazendo ri. 

(S/m): A (S/n), ela é ótima com números, se quiser ajuda. Ela ficaria feliz em ajudar, né filha? 

V:Sim, mãe. 

Charli: Eu adoraria. -Falou com um sorriso de lado. 

Bruce: Vocês se pegaram , né? -Perguntou no meu ouvido. 

V: Talvez...

Bruce: Meu deus, eu shippo muito. 

(...) 

O jantar havia acabando, estava organizando tudo na cozinha, quando minha mãe entra. 

(S/m): Oi, querida. -Falou surpresa ao me ver. -Não precisava fazer isso. 

V: Não, mais eu quis. 

(S/m): Obrigada. 

V: Tudo bem, mãe. Só quis ajudar. 

Ela afirmou, e se encostou na ilha. 

(S/m): Será que agora você vai me contar do seu envolvimento com a filha da vizinha? 

MERDA, DROGA, PARALISEI. Não fica nervosa, ela pode não saber de nada. Faz a egípcia. 

V: Somos amigas. 

Não era um total mentira. 

(S/m): Acha que não estranhei sua conversinha com o senhor Bruce? Ou o tempo que você demorou com a garota na biblioteca. Eu não sou cega, querida. 

V: Bom, a gente se beijou.

Ela sorriu. 

V: Duas vezes, três se contar um selinho. -Falei fazendo ela sorrir mais ainda. 

(S/m): É...bem melhor do que eu imaginava. Querida, por que não me contou? 

V: Eu só não queria deixar a senhora preocupada. -Falei encarando ela. 

(S/m): (S/a), estava fazendo isso porque queria me proteger, ou porque queria SE proteger?

Abaixei o olhar. 

(S/m): Meu bebê- Falou pegando em meu rosto com as duas mãos- Charli é uma garota educada, parece ser legal e uau, super linda. "Cê" tem bom gosto, viu? -Falou me fazendo ri. 

V: É.

(S/m): Não é porque Clara  machucou você, que você não possa ser feliz novamente. 

V: Você tem razão. Eu havia me sentido assim, com um lindo e vago "nada", depois da Clara foi que isso se tronou normal. Estava a tanto tempo vivendo assim que já era habitual. Quando ela se foi, disse a mim mesma que nunca deixaria alguém me fazer senti assim novamente, como um "nada", então eu construí imensos murros em minha volta. 

V: Mais ela é tão incrível, tem uma criatividade gigante e é tão linda...Que bastou um sorriso dela e uma mexida no cabelo para derrubar em um instante meus imensos murros. 

(S/m): Eu esperava ansiosa por ela. 

Olhei para ela com dúvida. 

(S/m): Pela pessoa que iria derrubar seus murros. -Falou e me abraçou- Eu amo você. 

V:Eu também te amo, mãe. 

(S/m): E nunca mais me deixe fora das suas paqueras. -Falou saindo da cozinha. 

V: Ninguém mais usa o termo " paquera", mãe. 

(S/m): Eu uso. -Gritou, me fazendo ri. 

(...) 

Estava pronta para dormir quando meu celular vibra notificando uma mensagem. 

Charli: 

Será que é assim que começa aquelas histórias clichês, da atração e romance da aluna e a professora? 

Isso veremos nos próximos capítulos. 

E temos a mesma idade, mocinha. Isso não vai ser toxico como nos filmes. 

Concordo, mais quem não queria uma Simone Bradley?

Grace, você assistiu esse filme? 

Eu tenho que dormir. Tenho aula com uma garota super sexy e preciso descansar. 

Não mude de assunto, Grace.

Espera aí, me acha sexy?


Unlikely lovesWhere stories live. Discover now