Capítulo 12

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(POV S/N) 

Meu despertador soou mais cedo que o normal, me levantei da cama sem ao menos pestanejar, todo caminho para escola, para mim, era especial, pois eu dividia cadeira com ela. O que também gerava impacto na minha quantidade excessiva de perfume ou até mesmo em quantas vezes penteava e olhava meu cabelo no espelho, tudo isso para, nem que por poucos segundos, eu fosse o foco da vista dela. Clara era seu nome, éramos melhores amigas desde que me entendia por gente, e tinha uma grande paixonite nela desde da idade que consegui entender o de fato era estar apaixonada. 

V: Clara, oi? -Exclamei fingindo surpresa, como se não soubesse que ela estaria ali, como sempre. -Como  vai? 

Clara: Ah, oi, mini (S/s). -Falou tirando a atenção da sua conversa com  algumas garotas, elas eram as mais populares do colégio. -Vai tudo bem. 

V: Você vai no ônibus? -Indiquei o mesmo. 

Clara: É...sim. 

V: Eu tenho algo para você. 

Clara: Você viu o Dylan por aí? 

V: Ah, o Dylan. Ele vai com alguns amigos de carro. -Comentei sem graça. 

Sua feição mudou e um sorriso magnífico se instalou em seu rosto simétrico. 

Clara: E aí, Dylan? -Falou com um tom de voz muito mais fino do que o real. 

Ele parou de olhar o cabelo  no espelho do carro e simplesmente disse: 

Dylan: E aí. -Com um desanimo surreal. 

Não entendi o porquê daquela resposta mal dada, ter tirado suspiros românticos de Clara e suas amigas. Apenas ignorei o fato e segui até o ônibus. 

Clara: (S/a). -Disse vindo atrás de mim, com dificuldade, por conta do peso da mochila. -O que você tinha para me mostrar. 

Ignorei sua pergunta apenas até chegar ao banco, onde ela sentou ao meu lado. 

 Clara: Eu gostaria muito de ver.

Sem falar nada, eu estendi uma pequena foto para ela. 

Clara: São esquilos...da água? 

V: Lontras. 

Clara: Lontras, isso!-Falou rindo. 

V: Elas são amigas, Andy e Judy, lontras muito famosas. Sabia que elas dormem de mãos dadas? Para a correnteza não separar elas. Isso é para você sabe, que como a Andy, sempre vou está segurando sua mão, independente do momento. 

Ela segurou minha mão e sorriu. 

Clara: Obrigada. -Falou e depois beijou minha bochecha. Me deixando com parapaná na barriga. 

(...) 

Clara: Oi. -Falou abraçando meus ombros, atrapalhando minhas escrita em uma das mesas solitárias no refeitório. -Eu estava pensando se você poderia me ajudar na tarefa de literatura, estou com sérios problemas. 

V: Claro. 

Clara: O que é isso? -Apontou para meu caderno. -Poemas? Que bonito. Me deixa ler? 

"Eu diria que você tinha a chave do meu coração, mas você nunca precisou dela. 

      desde o começo eu sabia que podia deixá-lo aberto para você." 

Clara: Isso é lindo. Você é boa garota. 

V: Obrigada. -Falei sentindo as maçãs do meu rosto ficarem vermelhas. 

Clara: Eu te vejo mais tarde, mini (S/s). -Falou indo até seu grupinho de sempre. 

(Flashback off) 

V: Naquela tarde, eu a vi beijando o Dylan. Recitando meus poemas para ele, a verdade é que eu nunca importei para ela, ela desejava apenas ele. Eu amava ela, confiei nela, e dependia tão intensamente dela e morri por isso. 

Charli me olhava atenta, e suas mãos não abandonavam meu ombro. 

V: Eu perdi uma parte de mim, e simplesmente parei de sentir. Sabe, no fundo eu sempre soube que ela nunca iria me amar, e que era dele que ela gostava, mais eu estava tão apaixonada que deixei ela partir meu coração, apenas para que ela  ficasse por mais algum tempo. 

Ergui a carta. 

V: Agora, ela simplesmente manda uma carta me pedindo desculpas e dizendo que me quer de volta? Como um monstro que só se importa com si. 

Charli: Eu sinto muito. 

V: Por um tempo, meus poemas, todos, eram destinados a Clara. Por um tempo, eles nem tiveram um destinatário. Mais agora, Grace, todos eles, são sobre você, e sobre como o meu coração dispara quando eu te vejo. Então, não, a resposta é não quando você me pergunta se eu ainda sinto algo por ela. 

Charli: Desculpe, fui rude. Eu não deveri...

V: Amor, não se desculpe. Tá tudo bem. Só nunca, nunca duvide do que sinto por você. Eu estou apaixonada por você, Grace. Por todas suas formas, por todos seus ângulos, por todos seus detalhes, desde suas sardas à seu jeito gracioso de mexer no cabelo. E talvez eu não esteja totalmente livrada de um coração partido, mais você vale a pena. Você vale...-Minha frase morreu com os lábios dela de encontro com os meus. 

Charli: Eu amo você.

V: Eu amo você. -Falei sorrindo, e encarando os olhos castanhos. 

Nos beijamos novamente, antes da minha vó literalmente enfiar a cabeça pela janela. 

(S/v): Oi, minhas queridas. -Falou com um tom bem maliciosa- Minha neta, entendo que você só queira ficar com sua namorada extremamente bonita, eu com uma namorada dessa também não iria querer ficar com um bando de velhos chatos, mais realmente precisa descer para bater fotos. -Falou fazendo eu e Charli rimos. 

V: Ok, vó. Estamos indo. -Falei ainda segurando o rosto de Charli. 

(S/v): Onde já se viu, menina. Uma namorada bonita dessa, tem que se gabar para os vizinhos. -Falou resmunando enquanto saia. 

Charli: Eu amei sua vó sério! -Falou rindo. 

V: Ela é uma figura. Mais, precisamos descer. 

(...) 

Mulher: Você está bem bonita, garota. 

Sorri para a mulher que nem ao menos sabia o nome, e muito menos o que ela estaria fazendo no meu aniversário. 

(S/v): Querida, venha aqui. Aqui está seu presente. 

V: Uau, outro envelope. -Falei rindo. 

(S/v): Seu vô me pediu para te entregar nessa exata idade. 

Meu avô tinha morrido quando eu ainda era um bebê. 

V: E o que é? 

(S/v): Eu não sei, ele não me disse. A única coisa que ele disse, foi que, eu não deveria abrir. Somente você. 

Dylan: Eu estou bem contente com a moto que ele deixou para mim.

(S/m): Calado, Dylan. Esse não é seu momento. 

Abri o envelope, e dei de cara com um papel de carta bonito. 

Bruce: Me perdoe, mais eu sou curioso demais. -Falou levantando da cadeira e vindo até mim. -O que é isso? 

V: Coordenadas. 

Bruce: O seu avô queria te levar a algum canto? 

V: Bom, acho que tenho um tesouro para achar. -Falei sorrindo feliz e impressionada pelo o que meu vô era capaz de fazer. 




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