Capítulo 24

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Explicando algumas coisas: Leonard=(S/p)  e Clarissa= (S/m), eu só usei os nomes para ser mais fácil de escrever.

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(POV AUTORA) 

As grandes e ásperas mãos de Leonard se enlaçavam brutamente com o braço de (S/n), tentando puxa a mesma para a grande picape. 

(S/n): Você pode não me tocar? Quem te deu esse direito? -Falou tentando se soltar dos apertos. 

Leonard: Você vem comigo! -Gritou, impondo uma masculinidade que não era necessária. 

Dylan: Pai, parou. -Falou entrando no meio dos dois. -Larga ela. 

Leonard: Eu sou o homem aqui, Dylan. Pare de se meter em assuntos do qual não desrespeitam a você. 

Clarissa: Solta minha filha. -Surgiu da cozinha, ainda com suas crocs e uma postura exausta do plantão que havia acabado a poucos minutos. -Eu vou falar mais uma vez, Leonard. SOLTA MINHA FILHA. 

O homem ficou estático diante da médica, e talvez ele temesse a mulher...ou talvez não. 

O barbado soltou uma risada debochada, e olhou a mulher, apoiando os braços sobre o quadril. 

Leonard: "Filha" -E riu mais um vez. -Nunca ouvi coisa mais hilária. 

Clarissa: Cale-se, Leonard. Poupe o pouco de dignidade que te resta. -Olhou ele de cima a baixo. -Se é que ainda existe alguma.

Leonard: Diga a ela, Clarissa. -O nome dela dito por sua boca pingou deboche. 

Naquele momento as dúvidas invadiram os pensamentos de (S/n), como um mar ao anoitecer. 

(S/n): Mãe, do que ele está falando? 

Clarissa: Nada importante, querida.  

Leonard: Nada importante? -O riso prepotente não deixava de modo algum seu rosto. - Clarissa, você diz ou eu digo.

(S/n): Deus! -Exclamou agoniada. -Sobre o que vocês estão falando?

A mulher puxou uma respiração, e voltou sua expressão ao teto. Soltou a profunda respiração, e os momentos passaram em sua cabeça como um filme retro.

Dylan: Mãe?!?!? -Apressou a mulher para que prosseguisse logo.

Clarissa: À alguns anos atrás, eu vivia em casamento do qual me submeteram. Eu era nova e sentia medo, eu tive que viver uma vida como as de mais imaginavam ser a certa para mim, casar e ter uma família, esse era o plano.-Ela olhou com raiva para Leonard. -Então assim eu fiz, em alguns anos de matrimônio, descobri que estava grávida...

Ela fez uma pausa.

Clarissa: De um feto que tinha um órgão reprodutor masculino.

Os pulmões de (S/n) estavam totalmente incapazes de fazer a troca gasosa entre o seu próprio organismo e a atmosfera, a mesma estava em estado de choque.

Dylan: Então, quer dizer...

Clarissa: Me deixe terminar, Dylan. -Respirou novamente. - Em uma das "Reuniões" urgentes do meu marido, eu resolvi seguir ele. Algo não estava certo, eu suspeitava e não costumava me enganar.

Todos da sala estavam atentos nela.

Clarissa: Foi aí que descobri que ele tinha uma amante, naquele dia em voltei para casa e agi como se nada tivesse acontecido, como uma boa esposa que a sociedade me obrigava a ser. No dia seguinte, fui onde essa mulher trabalhava, estava determinada a orientar ela para que se afastasse o mais rápido daquele idiota que machucava nós duas, mais já era tarde, ela estava grávida. De uma garotinha para ser mais exata.

Os olhos de (S/n) relaxaram como se no fundo, mesmo sem imaginar, ela já soubesse daquilo. 

(S/n): A garotinha era eu, não era? -Perguntou sendo atingida por um tristeza profunda que imediatamente molharam seu rosto. 

Clarissa: Quando eu contei para ela sobre a verdade, ela ficou muito triste, e me disse que queria se recompensar por tudo que ela havia me feito, e eu disse que ela não precisava, e que a culpa não era dela, era desse imbecil metido a homem. Depois desse dia ela me chamou pra tomar um café, nós encontramos mais vezes depois, e eu nem sei como aconteceu tudo mas nós...- Ela soltou uma risada feliz, mesmo com algumas lágrimas marejando seus olhos. -nós nos  apaixonamos. Eu vivia em uma vida decepcionante, com uma tremenda lacuna no peito e em um buraco do qual nunca imaginei que iria sair, mas ela me tirou. 

(S/n): Isso não pode ser verdade. -(S/n) levou as mãos até o rosto, na finalidade de conter as lágrimas. 

Clarissa: Querida, olha para mim. -As mãos seguraram firme o rosto da garota. -Isso não muda nada. 

(S/n): Isso muda tudo. Na verdade, eu não sei como pude ser tão ingênua. Para ser sincera, agora tudo faz sentido, o por quê de sempre ter me sentido tão deslocada , o fato de não bater com os padrões estéticos da família, eu não ter seu sobrenome, estava tão na cara...

Clarissa: Não, querida, nada disso importa. VOCÊ É MINHA FILHA, (S/a)! 

Leonard: Na verdade, ela não é não, o único sangue que bate com o dela é o meu, então, ela vem comigo. -Avançou em direção a (S/n), porém é impedido por Dylan. 

Dylan: Você não vai tocar nela. Sai daqui. -Nessa hora, ele apelou pelo tom forte. 

Leonard: Vai em bater agora, Dylan? 

Dylan: Se necessário? Sim. 

A cabeça de (S/n) estava transbordando de pensamento e a qualquer momento ela poderia explodir. 

(S/n): Eu preciso respirar. -Falou em um fio de voz e visando o único ponto de luz no seu alcance. 

Clarissa: (S/a), espera aí. -Disse seguindo a garota. -Onde você vai? 

(S/n): A qualquer lugar no qual eu não me sinta traída. 

Charli: Amor? -(S/n) não pode ver o rosto de Charli, graças aos pontos ser formando em sua vista por conta do sol. -Tá tudo bem? 

(S/n): Não, não tá nada bem. -Sua voz era bizarramente calma. 

Charli: E o que eu posso fazer? 

(S/n): Só pega na minha mão e me tira daqui. 

Assim ela fez, segurou forte a mão da garota e a levou para algum lugar longe de tudo daquilo. 

(...) 

Charli: O que ouve, meu amor? -Perguntou após minutos em um silêncio mortal. 

(S/n): Eu simplesmente descobri que tudo sobre mim é uma grande mentira. 

Charli: Isso não é verdade. 

(S/n): Eu queria que fosse, Grace. Como eu queria. 

Charli: (S/a), eu sei conheço a garota que eu amo, e ela pode ser tudo, menos uma mentira. Ela é intensa, amorosa, magnífica, mais mentira não. 

(S/n): Como eu posso ser tão idiota? -Não havia mais nada ao que chorar. 

Charli: Amor, você não é. Sua mãe...-Ela não pode terminar pois foi interrompida. 

(S/n): Descobrir que ela não é minha mãe de verdade. 

Charli: Vai me desculpar, amor. Mais não importa se ela não te deu a luz, ela te deu amor e carinho durante toda sua vida, para mim isso que é uma verdadeira mãe. 

(...) 

(S/n) abriu a porta dos fundos da  casa, com a somente uma finalidade, entrar no quarto e mofar por lá um bom tempo, mais seus planos foram interrompidos. 

Clarissa: Que bom que chegou. -Falou enquanto desferia uma bebida destilada sobre um copo de cristal, era estranho aquela imagem, já que a matriarca nunca bebia.  -Tem um lugar que você precisa conhecer.


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E essa foi minha primeira tentativa de plot twist, se não foi a gente procura melhorar❤
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Unlikely lovesOù les histoires vivent. Découvrez maintenant