Falando de sentimentos.

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Quando saíram da cabine do banheiro tomaram um susto ao ver um aglomerado de alunos, todos olhando com um olhar de descrença para eles. Parecia que a escola inteira tinha parado para ouvir seu espetáculo. E o pior é que eles não gemeram baixo, os dois estavam tão entretidos no que estavam fazendo que sequer perceberam que estavam praticamente clamando o nome um do outro.

Ao perceber isso, não demorou para o banheiro lotar para entender o que estava acontecendo, e ficaram surpresos ao ver quem era as duas pessoas que estavam causando tamanho tumulto.
Tudo que queriam era caçar um buraco e afundar a cara para esconder a vergonha que sentiram naquele momento. Pedro e João não queriam chamar tanta atenção, era um momento  só deles que infelizmente no quesito discreto, falharam miseravelmente.

-VOCÊS ESTAVAM FODENDO NO BANHEIRO DA ESCOLA???- Disse um Tiago abismado.

-Caralho, me convidem pra próxima vez, seria uma honra participar...-Falou Carlos.

-PORRA KKKKKKKKKKK, EU SABIA QUE TU ERA DO VALE CARLOS- Henrique se pronunciou também, e começou-se uma conversa desregulada a seguir onde todos falavam ao mesmo tempo.

Pedro e João não sabiam o que fazer. Que desculpa dariam? Era impossível dar uma coerente que todos fossem engolir.

-Gente...- Iniciou João com o rosto completamente vermelho procurando as palavras certas.- não é o que vocês estão pensando... não é mesmo e-eu j-juro.- PORRA PARA DE GAGUEJAR AÍ TU FODE TUDO.

-E o que estamos pensando João??- Nay perguntou com um tom de cinismo.

-NÃO É DA CONTA DE NENHUM DE VOCÊS- Disse Pedro enfurecido pelo flagra puxando João pelo braço e o tirando de lá, eles poderiam lidar com toda aquela bagunça depois.
Como ainda faltava duas aulas para irem para casa, eles resolveram matar as últimas. Não suportariam todos os olhares, muito menos queriam virar o assunto daquela aula. Que provavelmente seriam, porém não estariam presentes para ouvirem.

Ao sair da escola, eles decidiram que precisavam de um tempo para conversar sobre tudo. Tudo o que sentiam, o que iria acontecer com a amizade depois de tudo. Ambos necessitavam se entender. Foi aí então que surgiu a brilhante idéia de dormirem juntos, Pedro havia sugerido que seria melhor já que teriam a noite inteira para resolver tudo, então ofereceu sua casa. Seus pais tinham viajado então seria mais privacidade e mais confortável a conversa. João concordou com um balançar de cabeça.

-Pode entrar, não liga para a bagunça.- Falou Pedro convidativo. Sua casa era pequena, estava um pouco fora de ordem, mas geralmente era bem organizada. A sala tinha uma Tv antiga e um sofá cama, o a cozinha tinha uma mesa de madeira no centro com quatro cadeiras um fogão, armário de parede, pia e máquina de lavar, que estava alí por falta de espaço, tinha dois quartos, um de seus pais, e o outro dele, e um banheiro. Seu quarto era médio, tinha uma cama de casal só pra ele, uma escrivaninha com alguns livros em cima e um notebook, um guarda-roupa pequeno que aparentava guardar apenas o necessário, e só.

João se acomodou na cama de casal tentando absorver o que tinha acontecido naquela tarde, e se concentrar no que iria falar para Pedro. Como iria olhar na sua cara?

Pedro ficava com a expressão séria a maior parte do tempo, tinha aquela fatídica pose de bad boy, mas ele era o contrário disso, nunca se viu um palhaço tão chato e difícil de aturar com suas birras e brincadeiras fora de hora. Ele era negro, com 1,85 de altura, seus lábios eram carnudos, um sorriso de desestruturar qualquer um com covinhas nas bochechas e um olhar profundo e misterioso. Já João pelo contrário era branco, com 1,77 de altura, seus lábios eram róseos e bem desenhado o que combinava perfeitamente com seus olhos verdes e cabelos grisalhos.

Eles sempre foram melhores amigos, nunca aconteceu algo parecido antes, por isso era tão confuso. Talvez na verdade só vieram a perceber esse sentimento agora, mas já estava alí, sempre esteve, só precisava de um empurrão ou melhor dizendo uma queda para que viessem notá-lo.

-E então, como vamos fazer isso acontecer?- Pedro começa.- Isso me fazendo pirar. Meu peito está queimando João, isso não pode ser normal.

-Eu não sei... tudo está tão confuso pra mim quanto pra você. Porra, somos melhores amigos desde os doze, e eu não quero que nossa amizade acabe por esse tipo de coisa.- Disse João com os olhos colados no chão.

-Para falar a verdade... Isso já vem acontecendo a um tempinho...- Respondeu Pedro com certo receio em sua fala.- eu não sei o que significa, mas sempre que eu te via, meu coração acelerava, sentia minhas bochechas queimarem sempre que você chegava mais próximo, mas você é o caralho do meu amigo, e homem, me sinto indo contra todos os meus princípios, mas sabe o que é pior? Quando você começou a demonstrar que sentia algo também tudo que eu mais temia, e tudo mais queria se tornou realidade... Mas agora que começamos com isso, não tem como negar João.

-E-eu gosto de você Pedro, eu também gosto de você... E pode apostar, a intencidade dos meus sentimentos é forte... Forte até demais.

Isso foi o suficiente para que começarem um beijo alí mesmo.
João jogou Pedro em cima da cama e subiu nele, voltando a beija-lo ferozmente e dando mordiscadas em seus lábios fartos.
Com essa atitude intensa o membro de Pedro subiu na hora, fazendo com que raspasse na bunda de João que soltou um gemido ao sentir, começando a rebolar em cima.

-C-continua..- Pedro falou tentando incentivar o menor com os movimentos.
Aquilo já estava enlouquecedor.

João desabotoa a camisa do mesmo e começa a traçar uma trilha com a língua em seu corpo, começou mordendo o lóbulo da orelha, depois deu alguns chupões suaves no seu pescoço sem deixar marcas, e começou a descer para os botões enrijecidos de Pedro, fazendo movimentos circulares com a língua em um, e com a mão em outro, enquanto o Pedro se contorcia na cama em puro prazer, e soltava gemidos roucos clamando o nome de João, fazendo que o mesmo se arrepiasse dos pés a cabeça.
Depois ele começa a descer até a calça e tenta tirar com a ajuda de Pedro que estava entregue completamente em seus braços.

Depois que arrancou ambas as roupas ele virou Pedro de quatro e abaixou até seu ouvido, e gemeu as seguintes palavras:

-Eu vou te foder com tanta força que você vai esquecer como se anda minha putinha.- Ao ouvir aquilo Pedro não conseguia se conter, ele estava almejando aquilo, ele estava completamente hipnotizado com as palavras sujas e eróticas que saiam da boca de João, então empinou a bunda em sua direção dando permissão para que o fizesse.

-Então você quer isso, hm? Seu pedido é uma ordem.- Esticou os braços em direção a escrivaninha do lado da cama, abriu a gaveta e pegou uma camisinha e um lubrificante, colocando e molhando seu membro duro, depois passou o lubrificante em seus dedos e lambuzou a entrada de Pedro. Sem mais delongas o penetrou e começou fazendo estocadas lentas e acelerando o processo de vai e vem, enquanto os dois arfavam e gemiam em puro êxtase.

Fizeram mais cinco vezes, em diversas posições, até cansarem e pegarem em um sono pesado depois daquela noite maravilhosa e erótica.

Brincando de Colorir 🏳️‍🌈Where stories live. Discover now