Reconciliação

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Oi gente, voltei.

Desculpem qualquer erro de ortografia ou algo do tipo do capítulo anterior, não foi eu que escrevi foi o Peu.

Desculpem também se o capítulo não tem nada haver com minha forma de escrita ou com o desenvolver da história, mas eu pedi para ele colocar sua visão sobre tudo...

Vamos dar continuidade a partir daqui ok?

Há, e tenho uma notícia para dar, com certeza vocês iram ficar muito felizes...

O Pedro e o João estão namorando, tipo na vida real tlgd? EU TÔ SURTANDO!!!

***

O tempo inteiro nos sujeitamos a exposição, humilhação, arrependimentos. Até se não for intenção, sempre saímos magoados.

Pedro era sensível, desde criança caso alguém falasse em um tom mais alto ele acabava por chorar, e não era sua culpa, as lágrimas apenas caiam de seus olhos sem permissão, e o tomava em um desespero profundo de solidão e rejeição.

Ninguém o entendia. "Vira homem, aonde já se viu um garoto ficar chorando por tudo igual uma garotinha?" Era o consolo que recebia.

Amor... O que seria essa palavra? Renegação? Punição? Castigos? "Eu faço isso porque eu te amo, e quero o seu bem" dizia mamãe. "Eu te criei para ser forte" dizia papai.

Querendo ou não, Pedro teve que crescer mais rápido, trabalhar mais cedo, virar homem para ser o orgulho da família... Acontece que não foi bem assim.
Seu pai sempre foi presente em sua vida, no entanto ele vivia viajando para negócios então sua criação do inteiramente com sua mãe. Levava-o para a igreja, arrumava para a escola, o alimentava. Amor... Não, isso era trivial demais. Obrigação.

"O mundo está perdido mesmo, onde já se viu esse negócio de homem com homem, e mulher com mulher? É o fim dos tempos que se aproxima meu filho." Falava sua mãe enquanto assistia a uma novela que aparece um casal gay.

Acho que por isso ele criou essa barreira ao seu redor, para que não causasse decepção.
Mas aos poucos João conseguiu atravessá-la, e mostrou-lhe que o amor não depende de gênero, e a cada momento que viviam juntos ele se apaixonava ainda mais.

"Que decepção com vocês" Era o que sua mãe disse quando descobriu.

Decepção? Porque seria? Ele só estava apaixonado, o que há de errado nisso?

Seu pai quando soube falou um monte para aquela mulher que havia expulso seu tão amado filho de casa, e mandou a mesma pedir desculpas por suas ações.
E ela o fez.

-AMOR!!!- Gritou João enquanto cortava alguns temperos para preparar o almoço.-SEU CELULAR ESTÁ TOCANDO!

-JÁ VAI!!- Responde do quarto enrolando uma toalha em sua cintura para cobrir sua nudes.

-Mãe?- Pedro pergunta confuso ao ouvir a voz da mulher do outro lado da linha.

-Oi Pedro... Preciso falar com você. -Dizia ela.

-Claro mãe, o que a senhora quer conversar?- Ele pergunta com um tom receoso de ouvi-la.

-Melhor pessoalmente, venha aqui em casa hoje a tarde. Tchau. -Desligou.

-Quem foi?- Perguntou João olhando a expressão de medo no rosto de seu amado.

-M-minha mãe...- Respondeu ele.

-O que ela disse?- Pergunta.

-Ela quer conversar comigo hoje...-Pedro se aproxima de João e o abraça fortemente.- E-eu tô com medo...-Sussura.

João então se afasta do abraço para o olhar nos olhos.-Medo? Eu já te falei, sempre irei te proteger, não importa o que aconteça.

Isso foi partida para um beijo lento e carinhoso, com seus corpos colados em completo sentimento.

-Vamos para o quarto?-Pedro fala enquanto descia sua mão para a bunda de João e apalpou-a.

-Menino? Tu não tava quase chorando agora pouco?- Ele dá um sorriso.- mas que fogo, transamos ontem a noite inteira, cê não cansa não?

-Mas ontem foi você quem comeu...-Pedro responde com um tom manhoso.

-Não. Vou tomar um banho, olha o arroz para não queimar.- João responde.

-Posso tomar com você?-Ele fala.

-Olha o arroz Pedro, deixa de fogo!-Se vira em direção ao banheiro.

***

-Se acalme, eu tô aqui com você...- João fala acariciando suas costas para acalmar Pedro, já estavam na frente de sua antiga casa.

Eles entraram no local e logo viram que Márcia estava no sofá, esperando pelos dois.

-Sentem-se.- Disse ela.

-Boa tarde tia...- João disse com receoso.

-Boa tarde mãe...- Pedro fala.

-Tarde.- Ela responde secamente.

-Seu pai veio aqui ontem... E depois de uma longa conversa, tomei a decisão de permitir que você volte para casa Pedro. Mas com a condição de que vocês dois irão acabar com essa palhaçada agora mesmo.-Diz Márcia.

-Oi??? Não acho que eu não ouvi direito! Não é possível que sua mente continue a mesma tia Márcia.- João fala exaltado pelo que ouviu.

-Respeite os mais velhos, não te dei o direito de falar assim comigo.- Diz- E é isso mesmo que você ouviu.

-Sinceramente nem sei porque eu vim aqui amor, eu sabia que iria ser assim...-Pedro diz com o rosto vermelho, talvez de raiva, talvez de pré choro.

-Amor? Isso é patético mesmo.- Márcia fala.

-Vamos embora, eu não quero que você derrame uma lágrima sequer pelas palavras malditas dessa mulher.- João puxa Pedro pelo braço e o leva para fora daquele local, Márcia apenas observou de longe e deu os ombros, como se ela tivesse comprido sua parte.

-Não chore Peu... ela não merece uma lágrima sua!- João diz secando uma gota de lágrima que rolava na bochecha do maior.

-Eu... eu não consigo controlar.- Fala aos soluços.- Está doendo tanto, meu peito... Meu peito queima.

João odiava vê-lo daquela maneira, seu olhar pesava e sua fúria subia, se podesse arrancava toda dor que o maior sentia o colocaria em si. Não se importava, só queria vê-lo bem, vê-lo sorrindo, feliz, fazendo suas brincadeiras bobas enquanto dava um sorriso inocente e travesso.

Esse é o preço do amor. Compartilhar a dor.

Abraçados e juntos, era a única forma que João via de consolo naquele momento. Ficar juntinho a ele, enquanto ouvia seus suspiros e soluços.

Existe uma linha tênue entre o amor e a dor, entre a felicidade e a tristeza, entre a fúria e a paz.
Entre você, e eu.

Brincando de Colorir 🏳️‍🌈Where stories live. Discover now