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Fiquei encarando aquela foto igual besta, depois terminei de almoçar conversando com Renata que não parava de falar o quanto o HR estava na minha, porque segundo ela o mesmo não costumava demostrar muito e nem ficar postando fotos com garotas, eu já me iludo sozinha, ainda me junto com ela

- a propósito meu dia ontem foi bem meia boca - ela falou me olhando - o boy do asfalto tava um saco querendo relacionamento sério e sei lá o que, ele é legal mas não rola relacionamento, pelo menos não ainda - explicou - e você sabe como é macho quando a gente dá um chega pra lá né? Ficam uó - ri da careta que ela fez

Conversamos e eu lavei os pratos, não ficaram com gordura e nem sujos então acho que fiz um bom trabalho

- eu tava pensando, você nunca foi na minha casa né? - ela me olhou

- não - respondi

- vamos lá então gata, assim você consegue ir me visitar também e eu não preciso subir todo esse morro toda vez que a gente for se ver - falou animada

- isso tudo pra não ficar subindo o morro sedentária? - perguntei e ela concordou rindo

Peguei meu celular e deixei uma mensagem pro meu tio dizendo que estava indo na casa da Renata, descemos o morro devagar e passamos pela porta da boca

GR estava sentado tranquilo fumando um baseado e acenou pra gente, retribuímos o aceno e eu me perguntei se HR estaria ali dentro, mas não falei nada, apenas continuei o caminho

- aqui a loja que eu te falei - ela falou apontando pra uma loja que ficava um pouco mais abaixo da boca

- é bonitinha - falei olhando a entrada, era roxa e parecia a fachada de um sex shop que tinha no segundo andar do shopping, sorri com o pensamento

- vamos entrar e conversar sobre a vaga - ela me puxou entrando na loja, era bem organizada e tinha umas roupas bonitas até, me surpreendeu

Uma garota apareceu sorrindo

- oi, em que posso ajudar vocês? - perguntou

- oi, a gente viu o anúncio para a vaga de vendedora - Renata falou me dando uma cutucada

- é sim, eu gostaria de me candidatar - falei por livre e espontânea pressão, já que Renata tinha me dado um cutucão para que eu falasse

- ah sim, vamos até o balcão fazer a sua ficha, você tem um currículo? - ela perguntou andando na nossa frente

- não tenho e também não tenho experiência - falei logo, ela concordou parecendo não estar nenhum pouco interessada se eu tinha experiência ou não

- tudo bem, quando eu entrei aqui também não sabia nada, mas se você tiver vontade de aprender e disponibilidade de horário pra gente já está beleza - ela falou e eu concordei

Passei meus dados e ela disse que me ligaria durante a semana para fazer uma entrevista, concordei e agradeci, depois disso continuei descendo o morro com Renata falando da vida de cada pessoa que aparecia na nossa frente, parecia que todo mundo conhecia todo mundo

Paramos na frente de uma casa simples com o muro meio beje e o portão vermelho, Renata pegou uma chave e abriu me chamando pra entrar

- é simples, mas conquistei com meu precioso e suado dinheirinho - ela falou quando entramos na sala

- é linda Renata - falei

Realmente eu estava sendo sincera, como ela disse, era simples e não muito espaçosa, mas dava aquela sensação de aconchego sabe? Tudo era organizado e tinha a cara dela, eu adorei isso.

Morro do alemãoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora