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Acordei com uma luz forte na minha cara, olhei em volta e do lado da cama de hospital que eu estava Renata mexia no celular despreocupada

- diz que ninguém avisou pro meu tio...- falei me mexendo um pouco e ela se assustou virando pra mim

- oi coisinha - ela sorriu - avisamos o seu tio sim, você desmaiou com a pancada na cabeça, como está se sentindo? - perguntou me olhando

- com dor - respondi olhando pra minha mão, meu braço estava arranhado e provavelmente meu joelho também, e minha cabeça estava dolorida

- vou chamar o médico - falou e eu concordei vendo ela sair

Depois de alguns minutos o médico apareceu, me olhou e disse que eu poderia ser liberada depois que alguém assinasse uns papéis, entregou pra Renata uma receita com um remédio pra dor e uma pomada e depois saiu da sala

- não acredito que apanhei na rua - falei incomodada

- fica de boa, você não conseguiria se defender, elas eram duas e cá entre nós, são umas das mais briguentas do morro, caçam briga com qualquer pessoa - falou - já está tudo resolvido, fica tranquila - sorriu pra mim tentando me deixar mais na boa

Mas eu não fiquei, era ridículo ter apanhado na rua, estava morrendo de vergonha, um tempo depois meu tio entrou

- oi princesa, como você está? - perguntou se aproximando

- estou bem tio, vamos pra casa? - perguntei fazendo bico, Renata riu e meu tio também

- vamos sim, acabei de assinar os papéis e a enfermeira vai vir tirar essas coisas de você - concordei e ela logo chegou

Fomos saindo devagar porque a enfermeira disse que eu ainda poderia me sentir um pouco tonta por causa das dores na cabeça, fomos até o carro do meu tio e Renata me ajudou a entrar, eu estava totalmente bem pra entrar no carro, mas ela insistiu

- aqui o seu celular - ela me entregou, a tela estava toda arrebentada pela pancada e pelo chute da biscate

- vou precisar de um novo - reclamei fazendo careta e ela riu

- qualquer coisa que precisar é só me ligar ok? - ela falou fechando a porta do carro

- não quer uma carona? - meu tio perguntou

- valeu tio, minha casa é aqui do lado - ela sorriu pro meu tio que apenas concordou

- obrigada - falei encarando ela que sorriu dizendo que não era nada e que éramos amigas, e amigas são pra essas coisas

Meu tio ligou o carro e foi subindo o morro devagar, mexi no meu celular e ele estava normal, só a tela que estava só o bagaço da laranja, tinha uma mensagem

Mensagem

Ítalo: Desculpa não estar no hospital quando você acordar, tive que resolver uma coisa com aquelas garotas, ninguém machuca minha ruivinha e fica por isso mesmo

Ítalo: Vou na sua casa mais tarde pra ver como você está, se cuida

**

Sorri vendo as mensagens e reparei que estávamos chegando em casa, meu tio parou na garagem e eu fui descendo devagar

- ajuda? - TH se aproximou segurando minha cintura e me dando apoio

- eu estou bem, mas obrigada - falei olhando pra ele

- fiquei sabendo, se eu fosse mulher dava um pau nas duas por você foguinho - falou me colocando sentada no sofá

Ri

- foi vergonhoso, quero nem ver o que as pessoas vão falar na rua - falei colocando a mão no rosto

- e você liga? - ele me olhou e eu concordei - deixa comigo que eu resolvo isso, ninguém falar merda nenhuma de você valeu? - concordei de novo e ele sorriu - agora eu vou lá pra porta que eu tenho que ficar de vigia, qualquer coisa me grite - falou beijando minha testa e saindo

Morro do alemãoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora