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De longe vi Ítalo se aproximar ainda com os braços enfaixados e com uma dificuldade para andar, ele me procurou desesperado e eu gritei o chamando, tigre estava no chão ainda com dor, corri na direção de Ítalo

- Tirem todos daqui agora - ele falou me observando correr em sua direção, me joguei em seu peito e ele gemeu quando eu o apertei 

- Eu achei que você tivesse morrido - chorei 

- Eu jamais deixaria que ele te levasse mim, eu iria ao inferno por você maria - ele falou me abraçando apertado 

- Preciso de ajuda, meu pai está ferido - avisei voltando a olhar pra eles

Meu tio estava ajoelhado abraçando minha mãe e chorando, tigre estava imobilizado por dois vapores, em menos de segundos ele se soltou, não raciocinei, puxei a arama de italo da cintura e apontei para tigre que mesmo se soltando estava desarmado 

- Olha só... - ele riu me olhando - Vai querer bancar a durona Maria? - ele perguntou ainda rindo - Todos sabemos que você não pode fazer isso porquê você é fraca demais - riu

- Você entrou na minha casa - falei seria sentindo as lagrimas descerem em meu rosto - Você me ameaçou, ameaçou minha família, mandou espancarem o meu melhor amigo, você abusou de mim fisicamente e mentalmente me fazendo acreditar que você mataria qualquer um que eu contasse o que estava acontecendo - olhei pra ele - Você merece sofrer, ser torturado da maneira mais cruel possível, mas eu estou tão farta e tão esgotada que eu não ligo que você morra agora, porque você nunca mais vai estar em minhas memorias - falei engatilhando a arma 

- Maria você não precisa carregar esse fardo, me deixe terminar isso - Ítalo falou preocupado comigo 

- Adeus - falei observando tigre 

- Você não seria... - ele começou mas não deu tempo de finalizar suas palavras, eu atirei em sua cabeça fazendo o sangue espirrar e ele cair no chão 

- Vamos embora - falei saindo da sala e indo pra fora da casa 

Precisava respirar ar puro, sai vendo o matagal em nossa frente, a casa parecia afastada de tudo e de todos, não sei como me encontraram aqui, observei a arma em minha mão e vi que não teria mais volta, as pessoas foram saindo e colocaram meu pai em um carro junto com a minha mãe para irem juntos ao hospital, observei eles se afastando e me senti tão insegura e tão ruim por não ter ido com eles 

- Você fez o que pode, não se culpe por não reagir tão bem, você velou o corpo deles e chorou dias por suas mortes, ver eles aparecerem do absoluto nada não foi fácil - Meu tio falou me abraçando 

- Me sinto tão bem mas ao mesmo tempo tão mal... - falei sentindo seu abraço apertado 

- Tudo vai ficar bem maria, já acabou... - ele falou beijando minha cabeça 

Ítalo se aproximou 

- O que vai ser feito com o corpo? - ele perguntou 

- Deixem que ele apodreça ai, eu não me importo - falei indo ate Ítalo e o abraçando 

- Vamos pra nossa casa ruivinha, tudo esta bem agora - ele beijou minha cabeça e eu relaxei o corpo me sentindo em casa, ele é a minha casa, meu lar, e eu sabia que ao lado dele eu estaria segura para sempre.

Morro do alemãoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora