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Maratona 2/4

(...)

- vou descer pra boca central, você quer que eu te deixo em casa ou vai ficar mais um pouco sendo paparicada pela minha mãe? - perguntei brincando quando entrei no meu quarto e Maria Alice arrumava as roupas

- por mais que eu ame ser paparicada pela sua mãe, quero ir pra casa - ela falou sorrindo pra mim

- então bora, to atrasadão - falei, ela se levantou pegando as coisas dela e eu fiquei olhando ela do batente da porta

- tudo aqui, te devolvo sua camisa depois tá? - ela foi se aproximando

- uhum...- falei olhando pra cada detalhe do rosto perfeitinho que ela tem

- que foi? - ela "torceu" o nariz me olhando

- nada...- sorri balançando a cabeça e espantando qualquer pensamento que tenha vindo na minha cabeça naquele momento

Ela despediu da minha mãe e a gente desceu o morro rapidamente até a casa dela, parei na porta tirando o capacete e desligando a moto

- obrigada por tudo - ela falou me esticando o capacete

- me agradece dormindo mais vezes comigo - falei olhando pra cara dela que paralisou me olhando, ri

- só dormir? - ela falou se aproximando e me olhando nos olhos

- essa Maria eu não to reconhecendo...- falei sorrindo e puxando sua cintura para mais perto de mim - podemos dormir, mas também podemos fazer algo mais divertido...- falei tocando sua bochecha e olhando nos seus lindos olhos verdes

- me chame pra dormir na sua casa mais vezes - ela sorriu de um jeito sapeca, retribui o sorriso e juntei nossos lábios que se encaixavam muito bem juntos

Nos beijamos por um tempo até o ar faltar e atrapalhar nosso beijo, eu tenho que admitir, a cada beijo parece que eu to me enrolando mais e mais, e a questão é que eu não quero me livrar disso

- vou te deixar ir, mas vem me ver mais tarde - ela falou me olhando

- vou pensar no seu caso... - falei e ela fez cara de deboche me fazendo rir - até depois ruivinha - beijei sua boca uma última vez antes de ver ela se soltar e ir entrar em casa

(...)

Terminei de organizar tudo que tava faltando na boca central, os documentos foram guardados e eu fiz a conferência de todas as drogas que tinham chegado

Parei na porta da boca pra descansar depois da manhã corrida e fumei um pra relaxar um pouco, fiquei observando a calmaria do domingo e a molecada brincando de bola tranquila

Vi Fernanda subindo com várias sacolas de mercado, até pendendo pro lado

- Quer ajuda pra levar isso em casa tia? - perguntei vendo ela pelejar com as sacolas

- vou aceitar viu? - ela fez uma cara de alívio - to custando subir esse morro com esse tanto de sacola - ela falou me olhando enquanto eu me aproximava

Carreguei a maioria das sacolas e fomos subindo o morro, três ruas pra cima era a casa dela, ela foi abrindo o portão e entrando, Bianca tava jogada no sofá

- oi primo - sorriu pra mim 

- eae bia - sorri de volta pra ela

- Obrigada viu Ítalo, se não fosse você eu ia morrer carregando isso tudo enquanto essa desavisada ficava de cu pra cima aqui em casa - ela fez careta pra Bianca que riu - fica a vontade viu? - falou comigo e foi pra cozinha com algumas sacolas

- a água de salsicha desgrudou do seu pescoço? - Bianca fez piada me olhando

- engraçadona você em? - falei olhando pra ela sério

- ah qual é Ítalo, você mal conhece a garota e já tá dando toda essa moral pra ela! - ela revirou os olhos

- já que tocou no assunto, o que você foi falar pra ela na loja? - olhei pra ela

- nada de mais - ela falou sem graça

- nunca tivemos nada Bianca, você sabe disso - olhei pra ela

- ela não precisa saber disso, qual é...- debochou - foi divertido fazer esse joguinho com ela - riu pra mim

- não to vendo graça nenhuma - me aproximei dela - crescemos juntos e eu te considero, mas a Maria e eu estamos juntos, e se você fizer algo com ela eu vou ser obrigado a cortar suas asinhas - falei olhando em seus olhos

Ela fechou a cara.

Morro do alemãoWhere stories live. Discover now