Capítulo 2

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Ryan

Estou rabiscando algumas coisas no caderno enquanto ouço meu professor falar sobre a economia e explicar o que deu errado em 29.

Meus pais não eram muito rigorosos, eles só queriam que eu escolhesse um curso e economia pareceu muito bom para mim já que sempre entendi dessas coisas.

Realmente era um curso fácil para quem levava a sério, eu estava sempre prestando atenção nas aulas e estudando. Mas tinha vezes que eu apenas desligava. Nessas vezes eu escrevia muito.

Não era poesia nem nada, mas também não queria usar como música, achava tudo que eu escrevia bem ruim. Nossa banda cantava músicas conhecidas e as vezes algumas que eu achava boa para mostrar a eles.

-Bom! Quero que venham próxima semana com o capítulo sete em dias cabecinhas.- meu professor finaliza.- Boa sexta-feira a todos!

Me levanto rapidamente pegando a bolsa e o casaco, quero estar bem apresentável para a garota que vai fazer a entrevista comigo. Talvez até dê a ela um divertimento para escrever algo bom.

Bato em uma ou três pessoas antes de chegar no Porsche, abri a porta rapidamente e ouço um assovio que só uma pessoa sabe fazer.

-Dá carona?- Adam se aproxima com as roupas pretas e feias.

Não sei qual era a desse cara de sempre usar preto, mas parece que as meninas ficam com pena e dão em cima dele aos montes.

-Achei que tinha grupo de estudos.- apoio meus braços na porta enquanto ele vem até o carro.

-É, desmarcaram.- abre a porta e entra.

Reviro os olhos e entro também, jogo as coisas para trás assim como ele e dou a partida. Logo o rádio liga e o meu CD começa a tocar uma música do Nirvana.

-Merda, Ryan, você tem um gosto terrível.- ele começa a trocar a música.

-Se não quer ouvir minha música, então tenha o seu próprio carro.- bato na mão dele e acelero.

-Claro, é só comprar um carro pra mim.- ele bate na minha mão e muda para uma do U2.

-Só faço caridade aos sábados.- falo e ele ri aumentando o volume.

Com Adam sempre é fácil conversar, ele parece fechado no início e é difícil de saber o que pensa. Mas depois que fica amigo dele e vê o quanto ele é bom em tocar baixo é mais fácil de fazer amizade.

Ele só não gosta de falar da família, então eu e os outros ficamos meio longe do assunto. Ele fica meio irritadinho e não toca por alguns dias.

-Olha, uma garota vai lá em casa me entrevistar.- explico e ele para de batucar os dedos na coxa.- Pode ajudar a banda...

-E você.- ele sorri.

-Eu só quero que você mantenha os garotos fora da garagem.- peço.- Ok?

-Sem problemas, loiro.- ele respira fundo.- Só não deixa ela escrever uma matéria ruim.

-Eu vou me certificar de que ela não tenha nada ruim para escrever ou lembrar.- sorrio de lado.

-Nas pesquisas ficou que Charlie tinha o melhor oral.- ele explica.- Você devia pedir pra ele...

-Charlie pagou pra receber mais votos!- eu explico e ele ri.

-As garotas responderam sinceramente...

-Eu não me importo! Eu tenho o melhor oral!- toco o peito e ele tenta não rir.

-Não se contenta com a melhor bunda?- pergunta.

A Entrevista - Miami BoysNơi câu chuyện tồn tại. Hãy khám phá bây giờ