Capítulo 11

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Era exatamente meia-noite quando o celular de June tocou bruscamente a despertando do sono pesado

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Era exatamente meia-noite quando o celular de June tocou bruscamente a despertando do sono pesado. Com um resmungo abafado e coçando os olhos, ela verificou a tela do celular. O contato com o nome "Mãe" brilhava.

Com a voz rouca, atendeu, lutando para manter os olhos abertos:

"Alô?"

"Olha só quem acabou de completar quinze aninhos!"

O grito de Izumi fez June afastar o celular do ouvido. "Oi mãe, você tá bem?"

"Que voz murcha filha... Não está feliz com seu aniversário?"

"Eu tava dormindo, só isso."

"Desculpa, eu não consegui segurar a ansiedade. Feliz aniversário!"

June se sentou na cama. Imaginou Izumi e seu sorriso alegre, quase sorriu também.

"Obrigada mãe. Como você está?"

"Eu estou ótima, mas isso não importa, hoje é o seu dia! Queria poder entregar seu presente, mas vou deixar no seu quarto pra você ver quando voltar."

A garota tremeu quando escutou aquilo. De repente, a ideia de não voltar para casa e de algo ruim acontecer parecia assustadora demais.

"E o que eu vou ganhar?" "É surpresa, querida!"

Revirou os olhos.

"Tá bom, mãe"

"Você anda meio distante do celular, June. O que está havendo? Alguma paquera?"

Izumi terminou com um riso baixo.

"Não mãe, só estou meio ocupada ultimamente. Você sabe...com as atividades e os jogos."

"Sei, sei. Eu já disse que mesmo a distância estou de olho em você?"

"Disse sim, mãe. Mas não se preocupa, não é nada disso."

"Tudo bem então, se divirta hoje filha. É o seu dia!"

"Vou aproveitar."

"Vou deixar você dormir."

Se despediram rapidamente, sem muitas cerimônias e June deixou o corpo cair na cama novamente. Com um riso sem humor ela concluiu que a única coisa que faria em seu aniversário seria buscar um cadáver.

Em sua mente, a imagem da garota apareceu. Pensou no corpo magro enterrado sem cuidado algum no meio das árvores. Uma de suas mãos arroxeadas estaria para fora na terra, em um clamor silencioso para ser encontrada. Colocou as mãos sobre o rosto, sentindo o coração acelerar. Em seus pensamentos urgentes, viu o rosto da menina inerte.

Alguém deveria estar sentindo falta dela, em algum lugar, mas onde? Quem era a garota morta, afinal? O diretor a conhecia? E por que a polícia não estava fazendo buscas na região?

O Que Fizemos Naquele VerãoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora