Capítulo 18

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Madison não precisou abrir os olhos para constatar que tinha algo molhado se movendo por sua barriga, do umbigo para cima, lentamente

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Madison não precisou abrir os olhos para constatar que tinha algo molhado se movendo por sua barriga, do umbigo para cima, lentamente. Os braços estavam dormentes, colocados sobre a cabeça desconfortavelmente, com pulsos unidos, presos. A garganta estava seca de forma dolorosa e a menina tentou protestar, mas o ar quente que entrou em contato com a sensação molhada na barriga a fez congelar.

Como se finalmente seus sentidos tivessem sido recobrados, Madison se lembrou da cachoeira e do carro parado em meio ao breu. Seu coração falhou uma batida, pois, de repente, ela sabia o que estava passeando por sua barriga. Os arrepios que correram por toda a pele – que agora notava estar despida – despertaram seus instintos de perigo e ela finalmente abriu os olhos.

O estômago revirou.

O homem estava sobre ela, com o rosto áspero roçando na pele macia de sua barriga enquanto a língua passeava suavemente por ali, criando um caminho imaginário entre uma pinta e outra, marcando uma trilha com a saliva fria.

Madison gritou, a voz alta e rouca pareceu despertar o homem de sua tarefa, mas ele não se mostrou incomodado ou surpreso. As lágrimas brotaram dos olhos verdes conforme constatava que de fato estava despida e a única peça de roupa que usava era a calcinha branca com a qual havia saído. O rosto queimou de vergonha e nojo enquanto ela chorava.

— Shhhh...- Ele a repreendeu. Os olhos azuis seguiam gélidos, mas algo em sua atitude a assustou. Ele parecia fora de si, uma pessoa completamente diferente. – Se continuar fazendo barulho eu vou ter que te calar, princesa. Então fica quietinha, sim?

Madison não conseguia responder, a garganta seca doía demais. Desviou os olhos embaçados para fitar o ambiente a sua volta, tentando não sucumbir ao desespero.

Estava deitada em uma cama, com os braços amarrados para cima e os pés amarrados às laterais da cabeceira. O quarto tinha uma decoração estranhamente feminina e infantil. As paredes eram pintadas de rosa pastel, repletas de adesivos das mais variadas formas, desde borboletas até estrelas; e os móveis eram brancos, porém estavam sujos e desgastados. Além da cama, havia um armário e uma estante de livros vazia. O cômodo era iluminado por uma vela.

Os soluços saíam intensos de seus lábios. Sabia que estava morta e não tinha esperanças de fugir, mas a ideia de sofrer nas mãos do homem que lhe prendia àquela cama era pavorosa demais. Madison, por fim, mordeu os lábios, sabendo que não podia fazer muito mais barulho, mas os fungados e soluços baixinhos não cessaram.

O homem subiu pelo seu corpo, para encará-la mais de perto, encostando seu nariz nos dela. Madison congelou, sem conseguir sequer respirar. Estar presa debaixo do corpo do diretor era repulsivo e angustiante.

Ele segurou seu queixo devagar, olhando no fundo dos olhos.

— Isso querida... – Sussurrou, quase tocando os lábios dela com os seus. – Shhh...

O Que Fizemos Naquele VerãoOnde histórias criam vida. Descubra agora