Capítulo 15

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Com o cair da noite, June enfiou o canivete no bolso e saiu do quarto para encontrar Madison

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Com o cair da noite, June enfiou o canivete no bolso e saiu do quarto para encontrar Madison. Apesar de a festa seguir a todo vapor, ela preferiu voltar para o quarto no fim da tarde para terminar de planejar os últimos detalhes da invasão à sala do diretor e da procura na cachoeira.

— Amanhã. – Concluiu baixinho, enquanto caminhava pelos corredores tumultuados.

A música eletrônica seguia intensa, levando as pessoas perto do lago à loucura e June balançou a cabeça, sorrindo, enquanto via a bagunça generalizada de adolescentes dançando molhados, seminus e gritando.

Caminhou com mais cuidado quando começou a se aproximar do prédio da administração, cujas luzes estavam todas apagadas e olhou rapidamente à sua volta, em busca do olhar que lhe perseguia nos últimos dias, mas não o encontrou, o que a fez soltar um breve suspiro de alívio.

Fez o caminho até o bicicletário e de lá conseguiu ver a pequena construção da garagem. A porta velha que havia na lateral estava encostada, mas era possível ver uma singela iluminação vinda de dentro. Com as sobrancelhas levemente fincadas e o coração um pouco mais palpitante do que o normal, June se aproximou da porta e empurrou devagar.

A luz amarelada de uma lâmpada velha iluminava o pequeno cômodo empoeirado e June franziu mais a testa ao notar um carro estacionado, com aparência deplorável. No entanto, a repulsa logo deu lugar ao pavor ao perceber que o carro do diretor estava ali, estacionado.

Automaticamente sacou o canivete. O primeiro pensamento que teve foi que Madison estava em perigo e aquilo espalhou uma descarga poderosíssima de energia por seu corpo, mas logo a adrenalina baixou, quando a garota apareceu em seu campo de visão.

— Calma, ele não está aqui. – Disse Madison, com um sorriso brincalhão nos lábios.

June soltou a respiração, mas sem conseguir responder ao sorriso que recebia. Madison lhe encarava com curiosidade, aguardando uma resposta, mas depois revirou os olhos e caminhou garagem adentro, deixando-a na porta.

Com um suspiro, June a seguiu devagar, com olhos espertos correndo pelo ambiente estranho. Além do carro do diretor, havia outro muito mais velho, aparentemente abandonado. Nas paredes estavam pregadas algumas prateleiras cuja cor era indecifrável embaixo da grossa camada de poeira.

— Surpresa. – Anunciou Madison, abrindo os braços sem muita empolgação.

De início, June não entendeu, estava mais ocupada torcendo o nariz para o sofá apodrecido que jazia no canto, apertado perto dos carros. No entanto, com a voz de Madison, ela despertou de sua avaliação e fitou uma série de itens coloridos dentro de uma cestinha que, infelizmente, estava em cima do sofá imundo, junto com algumas latas de refrigerante.

Bombons e refrigerante, uma mistura estranha aos olhos de June. Além dos chocolates, havia também uma pequena caixinha de som, que estava próxima do celular de Madison.

O Que Fizemos Naquele VerãoWhere stories live. Discover now